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sábado, 10 de fevereiro de 2007

Mais um prego no caixão do blu-ray

Nota: Notícia velha. Confira no meu próximo post.

Não, não vou falar (pelo menos não agora) dos problemas que a Sony está tendo para emplacar o PS3. O mais recente golpe no blu-ray foi dado pela própria Sony (pode dar risada) ao proibir a indústria pornográfica de lançar títulos em blu-ray!

Não bastava o fato do blu-ray ser muito mais caro para produzir (uma fábrica custa US$3 milhões, enquanto a de HD DVD custa US$100 mil). Esse é um empecilho sério, mas a indústria pornô poderia fazer uma forcinha só para não ficar de fora (sem trocadilhos) de nada.

O problema é que nenhum fabricante de blu-ray aceita prensar discos com pornografia, receoso que a Sony cancele sua licença (fechando suas portas). Naturalmente, a bilionária indústria do entretenimento adulto "escolheu" o HD DVD como sua mídia de alta definição.

Mas o mais engraçado ainda está por vir: talvez seja a segunda vez que a Sony comete o mesmíssimo erro!

Desde a adolescência eu conheço a disputa VHS x Betamax, que sabidamente foi perdida pela Sony não por incompetência técnica (muitos concordam que o Betamax era superior), mas por "erros estratégicos" diversos. O que eu só fiquei sabendo hoje é que um desses "erros estratégicos" que ela cometeu há mais de duas décadas pode ter sido justamente esnobar a indústria pornô. Talvez até mesmo tenha imposto a mesma proibição.

No início eu achei que isso fosse conversa fiada, mas quanto mais eu lia este artigo do Inquirer, mais as coisas iam fazendo sentido. Se não existiam títulos pornô (ou existiam em muito menor número) em Betamax, adivinhe que aparelho o macho adulto ia querer levar para casa? :)

Na época, qualquer dos dois aparelhos custava uma nota preta.

Os tempos são muito diferentes hoje, é claro. Mesmo que a indústria pornô não tivesse acesso a nenhum dos dois formatos iria continuar muito bem com o DVD e a Internet, ao contrário da época do lançamento dos primeiros VCRs, quando os filmes pornográficos tinham que disputar bilheteria em cinemas (óbviamente) mal freqüentados. O "macho adulto" (às vezes, nem tanto) da época agradeceu aos deuses da tecnologia por poder levar umas fitas para casa em vez de mentir para a mãe/namorada/esposa dizendo que ia jogar bola com os amigos e ir pegar um "cineminha".

Mas saber que a Sony, do alto de sua infinita arrogância, está repetindo um erro em vez de (e além de) cometer erros novos, não inspira confiança no futuro do blu-ray.

Um comentário:

  1. Anônimo7/3/07 00:12

    Esse tipo de burrada da Sony é genética. Quando a Philips lançou a fita cassete, a Sony logo lançou a fita L-cassete, mlhor do que a da Philips.

    Contudo, com essas estorias de proibição e direitos ela foi para o brejo. Quando veio o Betamax, pensei, "bem agora eles já sabem o caminha das pedras". Sim das pedras furadas e foram para o Brejo de novo.
    Parece que é genético esse problema

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