-->

sábado, 16 de outubro de 2010

Acer Aspire 4540 - Drivers XP

A Acer não dá nenhum suporte a XP para esse modelo e deu um certo trabalho encontrar todos os drivers, por isso reuni todos aqui:

Para instalar o XP

Se você configurar SATA MODE no setup do BIOS para IDE MODE, o XP deverá instalar sem problemas (funcionou com o meu SP3). Para o caso de você precisar instalar em AHCI MODE é necessário o slipstream (ou o uso de um disquete) com um driver modificado que vou colocar depois online.

Demais drivers

Atheros AR928X Wireless Network Adapter (Acer Nplify)
Se o link não funcionar, procure na página de suporte do Acer Aspire 4810T

Atheros AR8131 PCI-E Gigabit Ethernet Controller
Se o link não funcionar, procure na página de suporte do Acer Aspire 4536G
Possível bug: Eu configurei para sempre exibir o ícone de rede, mas às vezes você dá boot e o ícone não aparece. Entretanto a rede continua funcionando.

Realtek High Definition Audio (incluindo driver HDMI)
Apesar da versão ser 6.0.1.5807 no link, para o XP será instalado o driver 5.10.0.5807
Se o link não funcionar, procure na página de suporte do Acer Aspire 4536G

ATI Mobility Radeon HD 4200 series
Procure o link "8.702.0.0000" (O site não aceita links diretos para arquivos)
O arquivo que você precisa é o "8.702.0.0000-WinXP-2003-Vista-2008-7-x86-AMD64.zip"
Este driver é um "hack". Não existe um "setup.exe". Você precisa instalar via "atualizar driver" e apontar para a pasta onde estão os arquivos .INF. Mais sobre isto aqui
Testei inclusive a porta HDMI e ficou muito bom. Sem "lag", "stuttering", etc...

HDAUDIO Soft Data Fax Modem with SmartCP
Este é o driver "VistaX86" do próprio 4540.
É normal ficar um longo tempo (quase dois minutos) exibindo a mensagem "Iniciando aplicativo" ao clicar em setup.exe.

ATI SMBUS (Barramento SM)
Se o link quebrar, clique aqui e procure a versão para XP do "ATI Chipset Driver Package".
Você precisa instalar via "atualizar driver" e apontar para a pasta SMBUS.

Outras informações
  • O Aspire 4540 suporta DXVA. Você pode assistir a filmes 1080p usando pouquíssima CPU. Eu medi uns 10% nos minutos iniciais de Star Trek 2009.
  • O desempenho da rede com fio é bom. Consegui entre 80 e 90% sustentados transferindo arquivos grandes do meu desktop para ele.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Não, eu não abandonei o blog.

Alguns leitores tem entrado em contato (obrigado pelo interesse!) perguntando sobre esse longo período que passei sem postar nada aqui.

A explicação curta: 

Eu continuo blogando, e até tenho escrito mais que o habitual, mas no Google Buzz.

A explicação longa:

Como meus leitores de longa data devem saber, o que me diferencia de muitos "blogueiros" por aí é que eu não copio os outros. A maioria de meus posts é fruto de pesquisa e experimentação própria. Uma pequena quantidade é baseada fortemente no trabalho de outras pessoas, mas eu sempre acrescento alguma coisa e dou o devido crédito ao trabalho original.

Mas pesquisa e experimentação própria levam tempo (muitas vezes, tem até um custo em dinheiro). Eu tenho uma centena de posts neste blog em rascunho há meses ou anos que estão assim porque falta alguma informação que não pude obter ou experiência que não pude fazer. Alguns eu nunca irei concluir, mas a maioria tem informações que seriam úteis assim mesmo, incompletas.

No Buzz eu faço diferente. Desde o primeiro dia eu uso o Buzz como "rascunho"; e deixei isso mais ou menos claro quando anunciei que estava fazendo testes com ele (leia meu post sobre o twitter também). Uma boa parte dos posts que fiz no Buzz, principalmente os que tem análises "em tempo real" de produtos, acabará virando posts aqui no Geringonças e Gambiarras. O Google Buzz é terrivelmente limitado e nunca passou pela minha cabeça usá-lo para hospedar o resultado final do que eu faço e penso.

Assim, este blog não está morto. Está apenas "em sono criogênico" enquanto espera por mim :)

Os que não me seguem ainda no Google Buzz apenas porque "perderam minha deixa" meses atrás e por isso não sabiam que eu estava ativo lá, tem agora a oportunidade de engrossar minha lista de 105 seguidores.

Isso não chega nem perto dos 700 e tantos (quase 800) que assinam meu feed aqui, mas eu asseguro que não me esqueci de vocês :)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

MyBinComp: comparação simples de arquivos binários.

No meu post sobre o Treediff o leitor Nickfeio perguntou sobre o que fazer quando Treediff aponta que dois arquivos tem CRC diferente, para saber que diferença é essa. Afinal, é um byte só ou milhares deles? Existem vários programas que fazem isso, mas como nenhum dos que eu conheço atende inteiramente minhas necessidades eu já vinha preparando o meu próprio utilitário com essa finalidade. E decidi que poderia ser útil para outras pessoas.




Em comparações realmente complexas (quando eu estou estudando hacks em firmwares, por exemplo) eu uso o modo binário do UltraCompare Professional, mas esse tipo de programa falha miseravelmente quando os arquivos a comparar são muito grandes, por causa da forma complexa com que tentam comparar.  MyBinComp opera do mesmo jeito com arquivos de alguns KB ou vários GB, porque apenas faz uma comparação byte-por-byte, sem tentar sincronizar diferenças.

Mais informações e download no site.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Como assistir H.264 consumindo tão pouco quanto 0% de CPU (DXVA).

E sem precisar da ajuda de Hermione Granger. Mas você precisa do hardware adequado, pois não se trata  de magia, nem de milagre.

Notas:
  • Com o hardware indicado abaixo serão 0% de CPU sem legendas e uns 16% com legendas externas/embutidas ativadas. Isso independe, até onde sei, da complexidade ou bitrate do filme;
  • Cuidado para não se perder: H.264 é um termo genérico que, para os fins deste post, é sinônimo de x264 e MPEG-4 AVC. A diferença entre x264 e H.264 é a mesma que existe entre XVID e DivX (para os fins deste texto, nenhuma). Leia os artigos na en.Wikipedia para entender melhor.

Essa façanha pode ser realizada se sua placa de vídeo tiver suporte nativo a H.264 e puder ser acessada através de DXVA. Por default todos os codecs/filtros instalados no Windows sempre tentam fazer a decodificação por software, mesmo que sua GPU (a placa de vídeo) tenha suporte e esteja completamente livre e que sua CPU esteja engasgando com a carga. É preciso ativar manualmente o DXVA, que é o que explico neste post.

O hardware

Estou usando uma Geforce 8200, embutida na minha motherboard ECS GF8200A. Supostamente toda a série 8xxx e 9xxx de GPUs Nvidia decodificam H.264. Mesmo as onboard, como a minha.

Minha CPU é um Athlon X2 5200+.

O software

Basta usar o ffdshow * revision 3305 ou superior. Como se trata de um filtro DirectShow o benefício fica disponível para quase todos os players no Windows que não estejam usando filtros próprios.

* Baixe a versão SSE do ffdshow porque é improvável que você tenha uma GPU compatível com H.264 mas não tenha uma CPU compatível com SSE. E se sua CPU é compatível com SSE você vai perder desempenho se usar qualquer outra versão do ffdshow.

Eu testei com os seguintes players:
Atenção para o fato de que alguns desses players vem com seus próprios mecanismos de decodificação, que precisam ser desativados. O mais "fácil" de funcionar é o WMP (embora ele não goste da extensão MKV).

Testes feitos no Windows XP SP3. É preciso um procedimento especial para rodar o ffdshow no Seven, caso queira tentar com essa versão do Windows.


Configurando DXVA no ffdshow

O ffdshow tem um atalho específico para isto no Menu Iniciar:



Em tray, dialogs and paths, selecione Modern. Isso é dispensável, mas muito útil enquanto durarem os testes.




Esta é a configuração para assistir sem legendas externas/embutidas (CPU zero):



E esta é a modificação para habilitar as legendas:




Clique em OK e execute um H.264 para testar.

Como saber que está sendo usado o DXVA

O ffdshow mostra um icone distinto na bandeja. Tem que ser este, marrom, com o texto "FFVA" (requer que você tenha configurado o padrão "Modern").


Para funcionar no WMP o trabalho de configuração acaba aqui. Vou explicar adiante o que é preciso fazer para que isso funcione também com outros players.

Configurando outros players

Atenção: excetuando o WMP, todos os meus players estão em inglês porque eu não suporto tentar decifrar o português da maioria deles. Todos tem o idioma definido em algum lugar nos menus.

KMplayer

Para abrir esta janela tecle F2. Desmarque os itens destacados.


GOM player

Para abrir esta janela tecle F5. Marque o item destacado.


Media Player Classic - Home Cinema

Para abrir esta janela tecle "O" (Options). Desmarque os itens destacados.



Problemas

Se seu sistema estiver configurado corretamente o Graphedit mostrará um gráfico como este para um arquivo cujo stream de vídeo seja H.264:

Nota: se você tentar abrir um MKV e o Graphedit acusar que o formato não é suportado, instale o Haali Media Splitter 



Somente nos importa o caminho do video, destacado em vermelho.

Se o Graphedit mostrar algo diferente, DXVA não funcionará para o arquivo H.264 especificado. Se estiver diferente disso para todos os seus H.264, você tem um problema na sua instalação. Geralmente o Graphedit lhe dará pistas suficientes no gráfico para você saber quem é o culpado. Leia meu texto sobre o Graphedit para saber um pouco mais sobre isso.



Nem todo H.264 é compatível.

Pois é. Alguns filmes não podem ser acelerados por DXVA e vão precisar ser decodificados por software. Mas o ffdshow se encarrega de determinar isso e ativar o decoder correto. O ícone mostrado na bandeja será diferente.

Eu ainda não sei ao certo o que causa a incompatibilidade, mas em todas as amostras incompatíveis que testei, Mediainfo reportou um profile High@L5.1 e pelo menos 6 reframes no stream de vídeo:



Isso possivelmente é um problema da mesma natureza que o causado por Packet Bitstream em XviD e à medida que as "fontes" forem tomando conhecimento de que o problema existe você verá menos filmes incompatívels, porque elas aprenderão a evitar as configurações problemáticas. Se você procurar por "DXVA x264" no Google verá que alguns na "scene" já estão marcando alguns "releases" como compatíveis.

O consumo de energia

Como eu disse antes, não se trata de magia. Você pode até usar 0% de CPU, mas sua GPU vai cobrar pelo esforço extra. O quanto ela vai cobrar depende exclusivamente dela, mas como GPUs são teoricamente mais eficientes que CPUs quando o assunto é vídeo, dá para esperar uma economia de energia ao usar DXVA, o que pode ser particularmente interessante em notebooks.

Eu fiz um teste de alguns minutos aqui e meu medidor de energia no pior caso mostrou um aumento de 10W em relação ao consumo em idle. Comparando com as medições que fiz em dezembro eu estou chutando um consumo pelo menos 10W menor do que fazendo a mesma coisa sem DXVA. Eu ainda preciso fazer testes mais elaborados mas uma coisa parece garantida: você consome menos energia usando DXVA.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Comentários do blog estão desaparecendo ao publicar.

Esta foi a terceira vez que aconteceu (pelo menos, que eu notei). Acabo de publicar um comentário de "Pedro" no post anterior e este nem chegou a aparecer no post. Simplesmente sumiu. Se eu tento publicar de novo o Blogger diz que já foi moderado.

Encontrei outro usuário com o mesmo problema. Mas ainda nenhuma explicação.

Edit: só porque agora eu reclamei, o comentário apareceu!

domingo, 9 de maio de 2010

Mais um software "byRyan": MyPlay

Esse é destinado a usuários testando idéias para HTPC.



Mais informações no site.

domingo, 2 de maio de 2010

O consumo de energia de um Sempron 3000

Hardware
  • PCChips M861G V1.6a;
  • Um módulo DDR de 512MB;
  • Gravador LG GSA-H12N;
  • HDD SATA 7200RPM 160GB Western Digital WD1600JS;
  • Fonte vagabunda "300W" Clone cod.15048;
  • Nenhum overclock;
  • Nenhuma ventilação extra.
Windows XP SP3

Medições

Comum
  • Parado no post - 70W
  • Iniciando Windows - 80W
Cool'n'Quiet desabilitado (gerenciamento de energia default do XP)
  • Em idle no XP - 60W
  • Em idle no XP com drive de DVD aberto - 70W *
  • CPU a 100% (SuperPI) - 80W
Cool'n'Quiet habilitado (no BIOS e no Windows)
  • Em idle no XP - 50W
  • CPU a 100% (SuperPI) - 70W
  • Rodando um X.264 720p a partir do drive de DVD (90-100%) - Entre 80 e 90W
* Descobri isso por acaso. Preciso investigar por que esse drive de DVD consome mais energia quando está aberto do que fechado sem disco. E verificar se acontece com outros drives.


Notas:
  • Não faz diferença (mensurável) o Cool'n'Quiet enquanto o driver não estiver carregado

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mais um software "byRyan": MyEject

Assim como os meus utilitários para MT13x9, este tem um público alvo limitado.



Mais informações no site

terça-feira, 27 de abril de 2010

Perdi a paciência com o Firefox 3.6.

Mas como eu tenho ainda menos paciência com os concorrentes, instalei a versão 3.5.5 e desliguei sua função de atualização automática do programa.

Eu vinha usando a versão 3.6 desde o final de janeiro, mas ela trouxe um grande inconveniente: é incompatível com o Direct Folders, um programa que eu considero indispensável.

O Direct Folders opera fazendo um "hook" nas janelas de diálogo "Abrir" e "Salvar" dos programas; mas algo que os desenvolvedores fizeram na versão 3.6 do Firefox quebrou até mesmo a detecção da janela de diálogo. De todos os programas Windows que uso (que não são poucos) apenas dois não funcionam com o Direct Folders:
  • Treediff - Uma de suas janelas de diálogo "Abrir" não funciona, mas você percebe de cara que a janela é "fora do padrão".
  • Firefox 3.6.x.
O problema já foi informado no fórum da Mozilla, (09/09/10: Parece que acharam mais fácil apagar o tópico no fórum do que resolver o problema.) mas passados três meses nada foi feito nem há qualquer sinal de que os desenvolvedores irão fazer alguma coisa. Que se dane a suposta "segurança", pois eu prefiro a enorme conveniência proporcionada por Direct Folders.

terça-feira, 30 de março de 2010

A lambança do QUIPTXT: Lições de (não) privacidade e (in) segurança.

Para quem não conhece (eu não conhecia até ontem), QUIP é (ou era) um programa de um dólar para iPhone que tinha como finalidade permitir que os usuários do telefone pudessem mandar fotos uns para os outros (possivelmente para qualquer telefone com browser), já que pelo menos em algumas redes (ou modelos de iPhone) não havia como usar MMS.Edit: Mesmo telefones com suporte a MMS podiam tirar proveito do QUIP.

Pelo que eu entendi, funcionava assim:
  • O usuário tira uma foto com o QUIP (ou escolhe uma qualquer em sua biblioteca);
  • Usando qualquer conexão à internet disponível no telefone (3G, WiFi, etc), o QUIP posta essa foto em um endereço "criptografado" no site QUIPTXT (já está fora do ar), com o nome cadastrado do remetente;
  • O QUIP envia uma mensagem para o destinatário com o endereço "criptografado" da foto. Basta clicar e ver no browser do iPhone.
O gigantesco problema estava na "criptografia".

Para "criptografar" o endereço, o serviço simplesmente gerava um nome de 5 caracteres alfanuméricos para a foto. Digamos que o nome gerado fosse "sfffb". A foto então era hospedada desse jeito:

http://pic.quiptxt.com/sfffb (era um cachorrinho, mas não adianta mais clicar)

Um leigo pensa (se der tempo de pensar alguma coisa) que não há como alguém adivinhar esse endereço. Mas qualquer um com algum conhecimento de programação percebe imediatamente que há algo potencialmente muito errado aí. E havia.

Os (mais óbvios) erros dos programadores:

  • Não criaram senha para acessar a página;
  • Não criaram um "digito verificador" (o último caractere deveria depender do checksum dos quatro anteriores). Assim qualquer pessoa que recebesse um link para "sfffb", poderia tentar "sfffa" ou "sfffc" que esbarraria numa foto de outra pessoa, porque todas as combinações estavam disponíveis. Em sistemas com dígito verificador apenas algumas combinações são válidas;
  • Não criaram nenhum mecanismo de proteção contra download massivo das imagens. Assim quando a falha acima foi descoberta e criaram scripts para gerar todas as combinações possíveis de strings com cinco caracteres para baixar as fotos, o servidor de QUIPTXT não notou nada de errado e permitiu que milhares de fotos fossem baixadas pelo mesmo endereço IP, como se fosse possível isso acontecer no uso real.
Alguns apontam o fato de que eles usaram "apenas" cinco caracteres como parte do problema, mas não é bem assim. Eles poderiam ter usado trinta, mas se atribuíssem as combinações seqüencialmente como fizeram com cinco e/ou não bloqueassem tentativas sucessivas de download de fotos diferentes vindas do mesmo IP, não iria fazer qualquer diferença.

O resultado disso tem potencial para ser (não sei quantas fotos vazaram) a maior coleção "pública" de pornô amador não-intencional da história.

Como se não bastasse, cada página de foto mostrava também o nome do usuário que a enviou. Assim essa já é a maior violação de privacidade da história do iPhone e, quem sabe, da história da telefonia. Sabendo os nomes das pessoas e com alguma pesquisa, muitas fotos constrangedoras foram linkadas aos perfis do Facebook de quem as tirou. Alguns desses perfis já saíram do ar por conta disso.

Os erros dos usuários:
  • Confiar em uma aplicação de telefone qualquer para postar fotos de sua privacidade. Ainda que isso não tivesse sido descoberto, os criadores de QUIP e qualquer pessoa com acesso ao servidor podiam a qualquer tempo observar cada foto postada no serviço, com nome de quem enviou. Os criadores de QUIP adicionalmente sabiam até o telefone. Ainda que o serviço tivesse alguma segurança contra observadores externos, seus criadores ainda teriam acesso a isso tudo.
  • Não perceberem que as fotos estavam em servidores web. Não era uma coisa "de ceular para celular" como um MMS autêntico; 
  • Provavelmente, muita gente achou que o programa era "seguro" e seus autores "confiáveis" porque baixaram o programa da Apple Store. Grande erro. 
Se todo mundo retratado nas fotos que vazaram fosse adulto eu pensaria. "Ahhhhh... que manda fotos de si mesmo pelado é exibicionista mesmo e a maioria nem deve ligar muito para isso". Mas várias fotos lá são evidentemente de adolescentes. E aí o bicho pega. Vai pegar com certeza para os autores desa m**da colossal.
 
Esse tipo de "excesso de confiança" dos usuários não é incomum. A cada rede social nova que aparece, não faltam usuários que voluntariamente fornecem nome de usuário e senha de suas contas de e-mail para "facilitar" o envio de convites para todos os seus contatos. Uma comodidade que pode lhes custar muito caro um dia, como aconteceu agora para muitos usuários do QUIP.

sábado, 27 de março de 2010

Gmail implementa "detecção de atividade suspeita" nas contas.

Mas isso está longe de ter a utilidade que poderia ter.

O nome é enganador. Na verdade a Google agora monitora se as contas são usadas fora de sua região geográfica habitual e dispara um aviso na própria conta (esse é o problema). Isso obviamente depende da pessoa que teve acesso à minha conta não ter mudado minha senha.

O que realmente me deixaria confortável seria poder optar por bloquear qualquer atividade na minha conta fora de minha região geográfica. Caso eu fosse viajar, removeria o bloqueio antes. Adicionalmente a Google me avisaria dessas tentativas de acesso. Então se eventualmente eu fosse vítima de um keylogger qualquer, o safado precisaria estar em Recife para tirar proveito e eu saberia que em algum lugar minha senha foi comprometida, tendo algum tempo para mudá-la antes que o %$#@$ arrumasse um cúmplice em Recife.

Eu gostaria que isso também existisse para cartões de crédito e bancários.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Cuidado: SmartDevicesBrasil.com.br é fraude.

Um esperto registrou o domínio SmartDevicesBrasil.com.br


Vejam que ele até pegou a logomarca original e apagou o ".com.cn". Vejam como é a original hoje:


Apropriar-se da logomarca é um passo natural. Afinal ele afirma no site que representa a Smart Devices (fabricante do SmartQ5 e SmartQ7) no nosso país:
Somos uma representação da SmartDevices no Brasil.
Iniciamos nossa atividades muito discretamente no MercadoLivre, consulte nossa reputação: http://perfil.mercadolivre.com.br/BUTAH

Reputação essa de apenas 38 pontos (eu tenho mais de 200 e não represento PN!) e no anúncio do SMARTQ V7 que a "empresa" faz no Mercado Livre, há o seguinte texto (o negrito é dele):

1) VENDA DIRETA: Produto IMPORTADO direto do fabricante. Vem muito bem embalado e protegido. Após a confirmação do pagamento você receberá um número de rastreio pela Internet para saber onde está o produto.

2) Existe um probabilidade de imposto de importação. Caso seja necessário pagar, é de resposabilidade do COMPRADOR.

3) Pagamento é antecipado, ou seja não trabalhamos com empréstimos nem pagamos juros bancários. Motivo pelo qual o pagamento deve ser antecipado

Representante apenas intermediando importação? Imposto não é incluso no preço e se ocorrer é por conta do comprador?

E tem mais:
Garantia 6 meses direto com o fabricante. produto novo, testado.

Garantia direto com o fabricante na China? Mesmo com representante no Brasil?

Tudo que ele faz é pegar o seu dinheiro e comprar o produto por você. O produto custa US$274 na Dealextreme. Juntando com um cartão SD de 4G custando US$14 (o brinde que ele oferece) ele desembolsa US$288 (cerca de R$520), tendo embolsado R$740.

São R$220 de lucro só para emprestar o cartão de crédito internacional. Edit: esqueci de levar em conta a comissão do ML, que no pior caso é de 10% (R$74). O lucro dele é de pelo menos R$150.
  
É preciso ser otário para cair nessa. Mas como não faltam otários no mundo...

O SPAM em blogs

O artista tem usado pelo menos duas identidades diferentes para fazer propaganda de sua operação em blogs. Eu consegui identificar duas personas que vou chamar aqui de "Persona M" e "Persona G"  A certeza disso pode ser obtida nas duas imagens seguintes. Veja como dois minutos após "Persona G" escrever no primeiro blog, "Persona M" escreveu exatamente a mesma coisa no outro blog.



Eu removi os sobrenomes propositalmente e não vou usar os nomes por extenso aqui, por causa do nome que aparece no registro.br, mas basta clicar nas imagens para você conferir o nome completo na origem. Não cite os nomes diretamente nos comentários, ou terei que vetar.

Clicando aqui você poderá constatar que "Persona M" se cadastrou no eletronicoblog só para fazer propaganda.

Outros exemplos:



Neste o nome "Norio" tem um link para smartdevicesbrasil.com.br (para conferir, clique na imagem):


Aqui, as duas "personas" do artista novamente se manifestam no mesmo blog:

quarta-feira, 17 de março de 2010

Um cliente meu é vítima do "Golpe da Lista Telefônica".

Esse golpe é uma variação do Golpe da Publicidade Não Solicitada, que denunciei aqui

Eu estava de passagem pela empresa do cliente quando entrei na sala da secretária para ver se ela precisava de algo e fiquei esperando enquanto ela terminava uma ligação telefônica. O que eu a ouvi falar me deixou alerta, então eu comecei a gesticular para ela que "era golpe".

Ela terminou a ligação e me explicou o ocorrido. Tinha sido convencida por uma empresa que dizia representar a Listel (ou assim ela entendeu) de que ela precisava confirmar uma figuração em lista telefônica de R$198 em 12 parcelas cobradas na conta telefônica. Figuração esta que segundo os pilantras já havia sido paga, por isso não havia com o que se preocupar.

Convenceram-na a fazer o dono da empresa assinar um fax com o contrato e passar de volta. Eu olhei o contrato assinado rapidamente e está lá escrito que são doze parcelas mensais de R$198 (R$2376).  O danado é que o contrato é confuso, propositalmente difícil de entender. E os pilantras apontaram uma cláusula que falava de gratuidade, só que essa cláusula falava de gratuidade de distribuição da lista. Estelionatários, assim como os mágicos, sempre sabem como fazer a pessoa prestar atenção a algo enquanto a mágica ocorre em outro lugar.

A empresa se apresenta como BRList, com endereço em São Paulo.

A secretária estava agoniada, porque havia convencido o chefe a assinar, dizendo que estava tudo bem. Eu disse a ela que não fizesse nenhum pagamento (por sorte, não tinham pago nada ainda) e ignorasse as ameaças da tal BRlist. Mostrei para ela um site falando sobre o assunto, com recomendações do Procon também para que não fosse feito nenhum pagamento. E que o modus operandi da operação é mesmo agir com grosseria (a pessoa estava sendo grosseira com ela) e fazer ameaças de protesto da dívida.

Aliás, essa era a maior preocupação da secretária (os golpistas sabem disso), porque seria ruim para os negócios da empresa estar com um título protestado. Eu disse a ela que desse queixa na delegacia do consumidor e deixasse que eles a orientassem, mas que não pagasse de jeito nenhum. Também avisei que o próximo passo deles poderia ser pedir um cancelamento com firma reconhecida, para conseguir uma assinatura ainda melhor.

Mais aliviada, ela disse que na próxima ligação ela ia mandar eles tomarem no [beep]

segunda-feira, 15 de março de 2010

Doideira no Google Buzz: Leitor de cartões e striptease.

Eu estava dando uma olhada nos posts do meu Buzz quando me deparei com isto:


WTF?!

Então eu abri o Buzz pelo Google Chrome e estava normalizado:


Erro do cache do Firefox? Se foi, é a primeira vez.

sábado, 13 de março de 2010

Experimentando novos templates para o blog.

Nos próximos dias o blog pode mudar selvagemente de aparência de uma hora para outra e ficar esquisito por horas ou dias. Sou eu testando opções com minha "pressa" habitual (ou seja: nenhuma).

Depois de "Everything" suas buscas de arquivos nunca mais serão as mesmas.

Pode acreditar: você vai ficar impressionado. Eu até agora estou de boca aberta.

Desde o Windows XP a capacidade de buscar arquivos embutida no Windows só vem piorando. O mecanismo de busca do Windows 9X era (ou é) 100% confiável e foi substituído pelo mecanismo do XP (burro, mas aprendi a consertar) e em seguida pelo mecanismo do Vista (estúpido) e pelo do Seven (patético).

Eu sou um caso complicado para mecanismos de busca. Eu tenho online (isto é: nos meus HDDs e não em backups) centenas de milhares de arquivos, que mudam de lugar freqüentemente. E semanalmente outras dezenas de milhares vem e vão, de HDDs de clientes, CDs de drivers, etc. Nunca consegui aguentar o mecanismo de indexação embutido no Windows (que eu regularmente desligo) e o Google Desktop Search, pelo menos na última vez que dei uma chance a ele (faz tempo), não valia o incômodo. Qualquer busca em todos os meus HDDs costuma ser algo que eu só faço quando não tenho pressa, porque demora bastante.

Foi por isso que quando o leitor BSD, neste post do meu blog Seven, recomendou o Everything, eu fui conferir armado do meu habitual ceticismo. Inicialmente eu não vi nada de diferente na descrição do programa, mas quando eu li no FAQ que ele supostamente podia indexar 1.000.000 de arquivos em um minuto (isso mesmo: um milhão) eu pensei: "HA! Isso eu tenho que ver!".

E é verdade. Quando rodei o programa pela primeira vez ele passou cerca de um minuto e meio indexando e no final disse que tinha indexado um milhão e meio de objetos.

Eu continuei sem acreditar, claro; porque a diferença para o habitual é espantosa. Então fiz alguns testes para me certificar de que todos os meus arquivos realmente estavam no índice, porque não adianta nada ser rápido e não ser preciso.

E estavam. Estou testando há cinco dias e Everything ainda não falhou.

E sabe o tempo que leva para achar um arquivo no índice? Instantâneo. Quando você termina de digitar a última letra, a busca já terminou.

Eu preparei uma comparação. Procurei por "netmeter" no mesmo computador usando os seguintes mecanismos:
  • A busca padrão do Windows XP, com indexação desligada,
  • A busca padrão do Seven, com indexação default;
  • Everything, depois da indexação de 1min30s no XP;. 
Veja os resultados:
  • Windows XP: 13min24s - Localizou 135 objetos;
  • Windows Seven: 14min49s - Localizou 137 objetos (a busca do Seven também olha conteúdo dos arquivos indexados e não dá para desligar isso);
  • Everything: 0min0s - Localizou 135 objetos.

Limitações de Everything:
  • Só indexa partições NTFS. Isso quer dizer que ele também não faz buscas na rede;
  • Não faz busca por conteúdo, data, etc. Só encontra arquivos pelo nome. Mas com essa velocidade, você vai ver que isso se torna irrelevante.
Mas apesar de Everything não fazer buscas em drives de rede se você instalá-lo nos outros computadores da sua rede pode fazer buscas remotas através do recurso "servidor ETP/FTP" do programa. Você simplesmente se conecta ao programa rodando no outro PC e faz uma busca instantânea no conteúdo dos arquivos que estão lá.

Problemas

  • O programa por default refaz seu índice toda vez que o Windows é iniciado, mas isso pode não ser boa idéia, pois ele vai provocar um acesso intenso ao HDD justamente quando normalmente já está ocorrendo acesso intenso ao HDD (inicialização). Você pode desligar isso mas então ele fará a indexação na primeira vez que for evocado. No meu PC (que é anormal) isso leva 1min30s, mas ainda é muito melhor do que buscar usando outros mecanismos. Um meio termo ideal seria atrasar a inicialização de Everything durante o boot para que ele só crie o index depois que a atividade de disco tiver acabado, assim há uma chance de que o usuário nem note o que está havendo.
  • O fato de que Everything não faz busca por conteúdo pode ser um grande problema, mas como o programa pode exportar a lista de arquivos encontrados (instantaneamente) para um arquivo texto eu estou tentando localizar um programa de busca em conteúdo que possa aceitar essa lista e informarei em outro post quando encontrar.

Lembre-se de que estou usando um Celeron E3200 com 2GB de RAM. Computadores mais modestos podem não mostrar resultados tão bons.

Edit: Não deixe de ler a página de suporte do programa. Algumas possibilidades da busca não são evidentes e requerem que você saiba como "redigir" a busca. Por exemplo, se você escrever "*.jpg" o programa vai mostrar cada arquivo com a extensão *.jpg em cada HDD seu. Para buscar apenas os arquivos jpg no drive D: você busca por "D:\ *.jpg" (sem as aspas).

domingo, 7 de março de 2010

Como imprimir em impressoras USB a partir de programas DOS.

Nota: Este post começou a ser rascunhado em 24/06/08. Vou publicar sem dar os "polimentos" que eu queria na época (e não encontrei tempo para fazer nestes meses todos) porque pode ser útil para alguém assim mesmo.

Eu recebi essa "missão" de um novo cliente. Ele deixou claro que não aguentava mais os transtornos provocados por suas impressoras matriciais, a saber:
  • Viviam com problemas mecânicos;
  • Custo alto de manutenção;
  • Já voltavam do conserto com problemas;
Nem mesmo pagar cento e poucos reais de aluguel mensal por uma impressora LX-810 estava servindo de refresco, porque a impressora alugada vivia apresentando problemas também.

Isso sem contar com o barulho irritante e a lentidão, que hoje são difíceis de aguentar depois que você se acostuma com laser e jato de tinta.

Em geral uma empresa só fica presa a impressoras matriciais quando emite notas fiscais em múltiplas vias, mas esta empresa está presa a um burocrático sistema DOS também (até hoje) para imprimir etiquetas e relatórios.

Depois de muita pesquisa (em 2008) eu encontrei duas soluções por software. Infelizmente não gratuitas:

  • DOS2USB - É o mais fácil de instalar e configurar, mas não oferece o ajuste fino no posicionamento de impressão que Printfil tem.
  • Printfil - Mais complicado para instalar, se você estiver usando Windows 9X. Porém tem recursos de ajuste na impressão, preview e reimpressão que valem a pena.

Os dois programas funcionam muito bem e tem resolvido o problema do cliente nos últimos 20 meses. DOS2USB está instalado em várias máquinas rodando Windows XP com impressoras USB variadas. E Printfil está instalado em um K6/2-500 rodando Windows 98 conectado pela USB a uma HP P1018. É usada basicamente para imprimir etiquetas e relatórios.

P.S. Na época eu comecei a estudar o funcionamento de Printfil para ver se não dava para fazer pelo menos uma parte do trabalho (ou uma gambiarra) com programas gratuitos, mas fiquei sem tempo para estudar isso.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O brasileiro não tem o direito de discutir e questionar as normas da ABNT?

Aparentemente, não.

Talvez você não saiba, mas é procedimento comum que normas técnicas sejam tratadas como material sigiloso, apesar de muitas vezes afetarem uma nação inteira. É assim com as normas da IEC e é assim com as normas da ABNT. Quer uma cópia da norma para poder analisar? Você pode adquirir, desembolsando uma quantia "modesta". O preço estipulado para a NBR14136, por exemplo, que afeta cada brasileiro que tenha energia elétrica em casa, é de R$68,80 ( é um valor quase simbólico para a renda do brasileiro médio, não?). Isso na versão para leitura online, porque se eu quiser impressa só de frete vou ter que pagar mais R$32 do Sedex (não há outra opção).

E isso porque a ABNT é uma entidade privada sem fins lucrativos.

Eu até tentei comprar a norma assim mesmo, de tão irritado que estou com ela e com seus defensores. A gota d'água foi um e-mail que recebi do leitor Tom T. com uma discussão entre ele e um representante da PIAL onde este afirma que a NBR14136 não determina qual é o pino neutro na tomada 2P+T.

O que disse o representante da Pial Legrand:
Até onde sei, não existe nenhuma norma vigente no Brasil que diga que o lado direito é do condutor fase e o esquerdo do condutor neutro. Caso você conheça alguma norma NBR que diga isso, por favor, nos avise.

Sou só eu que interpreta assim, ou isso foi bem desaforado?

Como assim? A norma não determina quem é o neutro? Então eu fui comprar a norma para tirar isso a limpo, só para desistir ao me deparar com o Termo de Uso da ABNT (copiei na íntegra, mas o importante eu destaquei em negrito):

------ Início do Termo de Uso ------------------------------------------

Por este Termo de Uso o USUÁRIO CONCORDA COM os procedimentos a seguir informados para adquirir e visualizar o produto ABNT Catálogo (Normas visualizadas e impressas via internet sob demanda) da ABNT - A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, com sede na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, na Rua Treze de Maio, nº 13 – 28º andar, inscrita no CNPJ/MF sob nº 33.402.892/0001-06, com sede administrativa na Rua Minas Gerais, 190 – CEP 01244-010, São Paulo, SP, associação civil, sem fins lucrativos, estabelece o presente TERMO DE USO para os USUÁRIOS conforme as condições abaixo discriminadas:


1. Das obrigações da ABNT:

a. A ABNT se compromete em enviar por Sedex as normas que forem adquiridas em formato impresso em até 05 dias úteis após a compensação bancária do boleto ou a baixa eletrônica do pagamento (no caso de pagamento com cartão de credito), no endereço cadastrado pelo usuário.

b. A ABNT se compromete em até 24h úteis após a compensação bancária do boleto ou a baixa eletrônica do pagamento (no caso de pagamento com cartão de credito) a possibilitar o acesso as normas eletrônicas adquiridas, através do site www.abntcatalogo.com.br utilizando o passaporte ABNT (e-mail e senha registrados no momento da efetivação do cadastro de usuário).

c. As normas adquiridas ficarão disponíveis para impressão até sua consumação. Após esse prazo o usuário terá apenas acesso de visualização das normas adquiridas por prazo indeterminado.

d. A ABNT não fornece o arquivo eletrônico das normas em formato PDF ou qualquer outro. Seu acesso para visualização e impressão somente se dá através da instalação do software “Visualizador ABNT” , de sua propriedade.

 
2. Das obrigações do USUÁRIO:

a. Requisitos técnicos

- Configuração mínima das estações: Pentium X, 1 Gb de memória Ram.

- Sistema Operacional Windows 2000 ou superior (versão 32 bits apenas), e internet explorer 7.0 ou superior.

- Acesso à Internet preferencialmente banda larga.

- Instalação da Plataforma Microsoft .NET Framework 2.0

- Será instalado um componente (software) abnt.dll no computador do usuário, por ocasião da primeira aquisição, com a função de permitir a visualização e impressão das normas adquiridas.

- as instruções para a instalação do “Visualizador ABNT” estão contidas no endereço http://www.abntcatalogo.com.br/instalacao.aspx

3. O USUÁRIO está ciente de que:

a. É vedado modificar, copiar, distribuir, transmitir, exibir, realizar, reproduzir, publicar, disponibilizar, licenciar ou criar obras derivadas a partir das informações coletadas nas Normas Técnicas da ABNT, bem como transferir ou vender tais informações, sob pena de violação do presente termo e infração legal;

b. É vedado fazer a distribuição de cópias das Normas;

c. É vedado utilizar de qualquer forma trechos, técnica de engenharia reversa no desenvolvimento ou criação de outros trabalhos a fim de se analisar sua constituição;

d. É vedado divulgar conteúdo ou arquivos sem autorização;

e. É vedado liberar acesso a terceiros de forma ilícita;

f. Deverá completar o formulário cadastral fornecendo dados e informações verdadeiras e precisas, responsabilizando-se civil e criminalmente por sua veracidade, devendo atualizar os dados e informações sempre que houver alterações.

4. As partes elegem o foro da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, como competente para dirimir quaisquer controvérsias decorrentes deste TERMO DE USO, independentemente de qualquer outro, por mais privilegiado que seja ou venha a ser.

------ Fim do Termo de Uso ------------------------------------------

Então eu pergunto: Como é que a população pode discutir as normas que afetam seu dia-a-dia engessada desse jeito?

Nos EUA a coisa também é assim, com uma pequena mas importante diferença: Normas que viram lei podem ser ao menos lidas de graça. Esse é o caso do "National Electrical Code", que tem 1000 páginas e pode ser visualizado de graça no site da NFPA através de um aplicativo java. Então mesmo que eu não possa copiar e colar trechos da norma, eu posso citar exatamente página e parágrafo que, nos EUA, qualquer um pode conferir de graça.

Na nação das/dos bananas qualquer um que queira acompanhar um raciocínio vai ter que pagar no mínimo R$68,80 à ABNT.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

O Interruptor Diferencial Residual expõe mais conversa mole da NBR14136.

Não, não é a "Rebimboca da Parafuseta". O título é sério mesmo. Eu não ia falar sobre isso agora, mas como o Luciano mencionou o assunto nos comentários do post anterior, aqui vou eu...

Poucos no Brasil sabem, mas existe um dispositivo elétrico que, pelo seu princípio de funcionamento, pode proteger as pessoas em uma casa inteira contra choques. O dispositivo é chamado de Interruptor de Corrente de Fuga (esse foi o termo que aprendi na Escola Técnica), Interruptor Diferencial Residual ou Dispositivo Diferencial Residual. A Pial abrevia para "IDR" e você também vai encontrar como "DDR", mas a sigla oficial é "DR" apenas.


 É importante notar que o DR não é (e não serve como) um "disjuntor", apesar de se parecer com um.

25/01/2024: Hoje é mais comum encontrarmos DR e disjuntor em um mesmo dispositivo do que um dispositivo que é apenas DR. Existem até dispositivos eletrônicos que tem as funções de medidor de energia Wi-Fi, DR, relé de sub/sobre tensão e relé de sobrecarga em um único dispositivo.

O princípio de funcionamento é simples: o DR é conectado em série com um circuito inteiro (ou a casa inteira) e passam por ele tanto o fio fase quanto o neutro. O DR então compara constantemente a corrente que passa pelo fio fase com a que volta pelo fio neutro. Se houver diferença, existe uma fuga para a terra. Se essa diferença for maior que a corrente de gatilho, o DR desarma (desligando a energia) em alguns milisegundos.

 Essa fuga pode significar duas coisas:
  1. Alguém está levando um choque;
  2. Existe um outro "vazamento" de corrente em algum lugar
O DR tem essas duas finalidades. Proteger pessoas e proteger patrimônio.

24/06/2014: É importante notar que o DR não impede o choque de acontecer. Você ainda vai "sentir o tranco". A finalidade do DR é fazer com que esse choque seja breve, evitando assim que você morra. Os efeitos da corrente elétrica no organismo humano dependem da intensidade (corrente) e da duração.

O problema de se instalar o DR em uma residência é justamente manter "2" sob controle (falarei mais sobre isso adiante).

Segundo o artigo na Wikipedia, nos EUA, dispositivos DR que tem a finalidade de proteger pessoas tem uma corrente de gatilho de meros 5mA. Aqui no Brasil só se encontra esse tipo de dispositivo no comércio com corrente de gatilho de 30mA, o que nos EUA só se aceita para proteger equipamentos e instalações.

Uma corrente de gatilho de 30mA basta para salvar uma pessoa? Não sei se basta (os americanos acham que não), mas pode, sim. 

Eu acabo de falar com meu ex-chefe, que é engenheiro eletrônico e ainda é chefe da manutenção da fábrica onde trabalhei e ele me confirmou que pela norma brasileira o DR de 30mA é o usado para proteger pesssoas.

E o negócio funciona. Uma vez um amigo me disse que tinha recebido um agradecimento entusiasmado de um cliente que ele convencera a instalar um DR, porque no dia anterior o filho dele saiu na chuva para abrir a garagem e na hora que enfiou a chave no portão a casa inteira desligou. O portão estava dando choque e o DR protegeu o menino.

Por que isso não é divulgado e usado em toda parte?

Boa pergunta. Eu só posso afirmar que existem dois problemas com o DR:
  1. É caro. Mas R$100 por circuito é irrelevante diante do valor de uma vida humana.
  2. A instalação elétrica e todos os seus equipamentos precisam ser livres de fugas, ou você vai acabar se irritando muito com desarmes "sem explicação".

Para tentar minimizar os transtornos ocasionados por "2" é preciso separar a casa por circuitos e usar vários DRs, evitando que um desarme ocasional deixe a casa inteira sem energia e facilitando a localização do culpado. Também não é possível usar DR no circuito que tem chuveiro elétrico, porque a fuga natural do chuveiro costuma ser maior que os 30mA (edit: estou desatualizado, leia comentários). Residências simples e com instalação bem feitas, entretanto, podem funcionar perfeitamente com apenas um DR.

Apesar dos problemas, por que o governo não incentiva o uso de DRs (supostamente obrigatório desde 1990), que realmente protegem contra (edit: quase) qualquer situação de choque, em vez de soluções "meia boca" como vender tomadas com buracos na frente? O DR te protege contra equipamentos "dando choque", te protege contra descuidos ao trabalhar com instalação ligada e te protege contra fios desencapados, entre muitas outras situações perigosas. As tomadas, não. Essa é mais uma questão a se colocar na mesa quando se discute a validade da já maldita NBR14136.

Meu melhor palpite, movido pela minha total descrença na seriedade do INMETRO com essa norma, é que este seja "o próximo passo". Daqui a alguns anos vai aparecer uma campanha revelando que as tomadas protegem, mas não de tudo. E finalmente vão divulgar os DRs. Nossa indústria lucra duas vezes em vez de apenas uma.

P.S. Diante do que expus acima dá para entender por que os norte-americanos tem um padrão de plug e tomada tão "inseguro" e parecem estar se lixando para isso. Com uma norma que obriga o uso (e lá normas são levadas a sério) de DRs de 5mA, quem precisa perder tempo se preocupando com tomadas?

A conversa mole dos defensores da NBR14136. 1a parte.

Veja esta imagem do site da Siemens, que exalta uma das supostas vantagens da NBR14136 (o padrão brasileiro de tomadas):



Esta imagem está sendo usada para ilustrar como o novo padrão acaba com uma confusão de sete modelos de tomada diferentes que existiam até então. Eu enxergo três mentiras nessa imagem:

Primeira mentira - As tomadas de 1 a 4 se resumem a apenas UMA (leia todo o texto).

Imagem Siemens - Correção 1

Segunda mentira - WTF? Eu nunca vi a tomada 5 em uso aqui no Recife. E a 7 se parece muito com um plug alemão que até hoje eu só vi na sala de aula da Escola Técnica Federal e em algumas máquinas alemãs da fábrica onde trabalhei. De qualquer forma, nunca vi nenhuma das duas em residências. Isso é certo.


Imagem Siemens - Correção 2


Terceira mentira - O novo padrão tem DUAS tomadas (20A ou 10A) e não apenas UMA como a imagem acima falsamente insinua. É verdade que o plug de 10A encaixa na tomada de 20A também, mas ninguém em seu juízo perfeito vai colocar tomadas de 20A na casa toda (são mais caras). Então essa tomada continua sendo tão "especializada" quanto a anterior.

Imagem Siemens - Correção 3


Note que eu estou propositalmente ignorando o fato de que o novo padrão tem uma terceira tomada, sem pino terra (mais barata), porque aí teríamos que contar com a tomada antiga sem o pino. Ficam elas por elas.


Sabe o que a imagem original da Siemens realmente representa? O número de modelos de plugs e tomadas que os fabricantes puderam parar de fabricar e estocar graças ao novo padrão!

A propósito, a mesma mentira está estampada no site do INMETRO, de uma forma ainda mais absurda (grotesca, até):


Notem como o mesmo tipo de plug é representado mais de uma vez em diferentes estampagens, só para fazer número. Se o INMETRO queria padronizar isso, poderia tê-lo feito sem criar novas tomadas!

Enxergando além do engodo do INMETRO, eu vejo isto:


Conclusão: Considerando apenas a conversa fiada de reduzir o número de tomadas diferentes, restringir a fabricação às duas tomadas antigas mostradas na figura "correção 3" já bastaria, sem a criação de novas tomadas. Temos ainda o quesito segurança, mas isso é tema para o próximo post.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Como ligar equipamento novo nas tomadas antigas.

Sem danificar ou modificar o equipamento.

O primeiro susto que eu tive com o padrão novo de plugs ocorreu quando eu comprei uma impressora HP Laserjet P1005 no mês passado e esta veio com um cabo de energia 2P+T no padrão novo:


%$%&#@%$$%##. Não existe uma única tomada na minha casa compatível com esse padrão! O susto foi breve, porque como o cabo da impressora é destacável e segue o padrão de cabos destacáveis para computador, bastou ignorá-lo solenemente e usar um dos muitos cabos de gabinete que tenho sobrando aqui.

Mas então um cliente me chamou para fazer a configuração básica em um notebook ACER que tinha acabado de comprar e aconteceu a mesma coisa, só que desta vez não era tão simples de contornar. Por sorte o meu notebook HP usava o mesmo tipo de cabo destacável que o ACER então eu pude usar o meu cabo para fazer o trabalho e o cliente ficou de comprar um adaptador depois.

Na hora eu concordei e, como percebi que eu iria encontrar mais casos que não poderiam ser resolvidos com uma simples troca de cabo, no dia seguinte eu fui procurar no comércio um adaptador desses para ter na bolsa. Para meu espanto descobri que, pelo menos aqui no Recife, eles não existem!

Isto é: existem adaptadores à vontade para você plugar um equipamento antigo nas tomadas novas, mas não o inverso.

Então eu parti para preparar uma gambiarra um artifício técnico:



O adaptador acima, que não existe pronto e também serve como extensão, foi montado por mim com um prolongador PIAL como este (R$5,90 no Atacado dos Presentes de Recife):


E um cabo de gabinete comum. O custo total deve ser inferior a R$10 na maioria das grandes cidades. Para mim isso cobre todas as possibilidades e se você é técnico de manutenção vai precisar andar com pelo menos um desses na bolsa.

Não encontra mais tomadas antigas? Rebele-se, pois ainda dá para contornar.

Aparentemente existe uma brecha na lei, porque pelo menos aqui em Recife a venda de filtros de linha com tomadas "normais" ainda é generalizada e a oferta parece até ter aumentado. A idéia é fazer algo assim:



A foto é de 2006. Na época a empresa onde eu trabalhava estava construindo um novo escritório para o Departamento de Manutenção e eu sugeri que em vez de instalar uma enorme quantidade de tomadas tradicionais, ficaria mais barato, mais simples e mais elegante instalar filtros de linha Clone F6. Minha idéia foi aceita e o escritório inteiro ficou como mostrado na foto acima, das tomadas da minha mesa. É claro que a mesma coisa pode ser feita mais próxima do rodapé. No nosso caso é que foi decidido que seria muito mais conveniente instalar as tomadas acima do nível das mesas.

Perceba que o plug original do filtro foi cortado e este foi conectado diretamente à instalação. A foto mostra uma tomada tradicional no local por bobeira do eletricista que fez o serviço, porque a idéia original era haver uma tampa cega ali. Edit: Leia os comentários.


Eu comecei a fazer isso por volta de 2005 ou mesmo antes, quando descobri que uma única tomada 2P+T custava R$11 no comércio e eu podia comprar um filtro de linha Clone F6 (seis tomadas, chave e fusível) por R$16. E esse filtro ainda pode ser encontrado por R$16 em Recife.

É claro que isso só serve para quem tem a mente aberta. Se você está preso à mentalidade tradicional essa solução vai parecer no mínimo esquisita.  Mesmo entre meus colegas técnicos em eletricidade e eletrônica eu encontrei resistência quando sugeri isso pela primeira vez.

Edit: A mesma idéia aplicada aqui em casa, em um lugar mais discreto: o fundo do rack da TV.


Estão conectados: TV, MicroSystem, DVD player e os carregadores de dois telefones sem fio.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Wallpaper para quem usa múltiplos monitores.

O Windows tem suporte a múltiplos monitores desde o Windows 98SE, mas pelo menos até o XP tem a absurda limitação de não poder exibir um wallpaper diferente em cada tela. Pelo menos não de forma nativa, pois como Raymond Chen explicou em seu blog, isso ainda pode ser feito por meio de um truque, que consiste em criar uma única imagem grande, cuidadosamente montada, que irá "vazar" pelos monitores extras. O Painel de Controle da Nvidia explora isso, mas se você não usa Nvidia ou quer ter um pouco mais de flexibilidade os programas a seguir podem ajudar, pois todos sabem como fazer isso. E eles também funcionam para quem tem apenas um monitor.

Todos os programas listados são gratuitos ou tem uma versão gratuita com a funcionalidade necessária.
  • John’s Background Switcher (JBS) - O melhor que conheço. Configure Change Every para "30 segundos" e experimente as opções em Picture Mode. Eu fiquei especialmente impressionado com Create Polaroid Pile e Create PostCard Pile. Não esqueça de explorar as possibilidades clicando em More. Edit: Tem o grande defeito de requerer o maldito .NET.

    Exemplos das montagens feitas pelo programa quando configurado para Create...Pile. O Programa gera um para cada monitor:









    Edit: Em um computador modesto JBS pode usar CPU demais. No meu Celeron E3200 o JBS dá uns surtos de 30% da CPU a cada vez que que muda o wallpaper. E montagens consomem mais CPU por mais tempo.Se o intervalo entre mudanças for alto o consumo pode ser considerado desprezível.

  • Display Fusion - Mesmo a versão gratuita já tem o suporte necessário para exibir um wallpaper diferente em cada monitor, mas tem um grande defeito: requer também o maldito .NET (v2.0). 
  • Random Background - O mais simples de todos. Bem simples mesmo.

Sites com papel de parede

O problema de papéis de parede "prontos" é que para o efeito funcionar corretamente é preciso que os monitores sejam do mesmo tamanho e resolução e estejam lado a lado. Se esse é o caso e você não quer instalar nenhum programa, dê uma olhada no que esses sites oferecem:

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O fórum está de volta ao ar.

Ainda não sei o que houve. Meu melhor palpite, que ainda assim não é muito bom, é que o mod para reCAPTCHA que eu estava testando ontem enlouqueceu. O mod, que não funcionara mesmo, foi desinstalado. E aproveitei para efetuar uma manutenção.

O fórum está sendo vigiado por mim e pelo suporte do meu host. Poderá ser desativado novamente se o problema voltar.

Testando o Google Buzz.

Amanhã o post onde eu expliquei por que não uso o Twitter completa cinco meses e de lá para cá minha idéia a respeito do serviço não mudou em nada, mas minha necessidade de ter mais um canal para expor as coisas em que estou pensando continua firme.  Eu ainda não sei se o Buzz é o meio ideal, mas de uma coisa eu já tenho certeza: para mim é muito melhor que o twitter.

Na ocasião alguns desocupados fãs dedicados disseram que me seguiriam se eu tivesse uma conta lá. Agora surgiu a oportunidade deles saberem se era um desejo sadio, pois aqui vai um exemplo das minhas ruminações:

Meu Buzz

O serviço ainda tem muitos defeitos e eu torço para que sejam corrigidos logo.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Fórum temporariamente fora do ar.

Meu host acaba de me informar que detectaram um problema no fórum e precisaram desativá-lo. Eu só vou poder checar isso amanhã.

Como montar drives VMware (.vmdk) no Windows.

Mais ou menos do mesmo jeito que usando o Daemon Tools, mas com acesso de escrita também.

Você precisa de dois programas:
  • VMware Disk Mount Utility - Só funciona por linha de comando.
  • VMount - GUI que facilta o uso do Disk Mount. Infelizmente requer o maldito .NET (v2.0).
Você pode baixar o Disk Mount aqui (avisem se o link não funcionar) e o Vmount aqui. Instale primeiro Disk Mount e depois Vmount.

Aparentemente Vmount não cria nenhum atalho no Menu Iniciar, mas você encontrará o executável em %ProgramFiles%\Abinsight\vmount\vmount.exe. Execute-o e aparecerá um ícone na systray. Daí você poderá usar de uma forma semelhante ao Daemon Tools.

Por default o drive é montado como unidade V:, mas isso é configurável.

Atenção: Você não pode montar discos que estejam sendo usados por uma máquina virtual. E snapshots automáticos podem apagar todas as modificações que você fizer.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Treediff: garantindo a integridade dos seus arquivos.

Eu já mencionei várias vezes o Treediff tanto aqui neste blog quanto em outros lugares, mas só agora arrumei disposição para criar um post sobre ele. Como o assunto é extenso e eu tenho pressa para publicar este post porque está "segurando" a publicação de outros, eu poderei editá-lo consideravelmente no futuro.

Explicando por alto, Treediff é um programa de comparação de diretórios. Nada de especial até aí, pois com essa finalidade existem programas aos montes. Porém Treediff tem características simples mas únicas (e relevantes para mim) que eu jamais encontrei juntas em nenhum outro software. Ele pode salvar "snapshots" na forma de arquivos ASCII de toda a estrutura do diretório analisado com data, hora, tamanho e CRC32 de cada arquivo. Esses snapshots podem ser usados a qualquer tempo para comparação com a mesma estrutura de diretórios ou qualquer outra supostamente semelhante.

Talvez fique mais fácil entender se eu explicar o que faço com ele:
  • 99% das vezes (nem sempre eu lembro) em que gravo um CD ou DVD, inclusive para clientes, gravo junto um snapshot de todo o seu conteúdo. Depois eu posso conferir o que foi gravado e ter certeza de que o conteúdo é 100% fiel ao que eu queria gravar. O primeiro teste eu sempre faço imediatamente após a gravação e assim me garanto contra qualquer susto provocado por gravador, software ou mídia quando um dia eu for precisar dos discos;
  • Também faço uma cópia do snapshot em outro lugar, porque caso eu perca a mídia eu saberei exatamente o que havia nela. E poderei comparar o snapshot com outras versões do mesmo conteúdo para saber exatamente o que preciso restaurar para reconstruir a mídia perdida. Isso é especialmente valioso com meus DVDs de drivers e ferramentas;
  • Eu faço snapshots de meus HDDs inteiros e deixo guardados. Se um dia eu desconfiar de uma possível infecção por file infector, posso comparar o conteúdo atual do drive com o snapshot para ter certeza. O conteúdo dos meus HDDs é mutante, claro, mas a ação de file infectors segue padrões do tipo: somente arquivos EXE estão diferentes, que são muito fáceis de flagrar quando se tem um snapshot;
  • Eu ando com um pendrive de 4GB (eu usava um DVD, mas é um saco manter atualizado) lotado dos programas e ferramentas mais usados, cuja integridade pode ser verificada em qualquer computador, porque ele carrega também o Treediff e seu próprio snapshot;
  • Quando eu troco o HDD e preciso mover meus dados, antes faço um snapshot da estrutura, copio os dados para o novo HDD e comparo a cópia com o snapshot. Só confio no novo HDD e apago a origem se estiver perfeito. Também faço um teste desse tipo ao trocar de placa-mãe. Mas a última vez em que eu flagrei dados corrompidos nesse teste ainda se usava drivespace/doublespace. A confiabilidade dos drives e interfaces atuais é fantástica; 
  • Eu posso pedir que alguém faça um snapshot de um disco que ele tem e me mandar por e-mail (dificilmente passa dos 100KB) para poder comparar com um disco meu;
  • Em teoria (ainda não precisei fazer isso) eu posso manter snapshots da partição de sistema e saber com certa facilidade se algo foi corrompido ou infectado. Isso só funciona, claro, com partições de sistema pequenas, organizadas e com o Windows Update desligado;
Eu gravo snapshots também nos DVD-Video, mas como o Nero 6.x (meu programa de gravação preferido) não permite que você adicione em um DVD-Video nada mais que os arquivos normatizados, me impedindo de colocar um snapshot no disco, eu só uso o ImgTool Burn (que não tem essa frescura) para fazer esse tipo de gravação.

Treediff é capaz de ler os headers de diversos compactadores (ZIP, RAR, ARJ, etc), assim você consegue comparar um certo grupo de arquivos com o que está dentro de um arquivo compactado sem precisar extrair o conteúdo.

O relatório do Treediff usa um esquema de cores muito fácil de entender para mostrar as diferenças:

Como o Treediff mostra a velocidade com que lê os arquivos e seu algoritmo é muito rápido, eu também o uso como ferramenta para medir a velocidade de HDDs. No exemplo abaixo o Treediff está lendo arquivos a 90MB/s.




Como usar, em poucas palavras

  • Para apenas criar o snapshot de uma estrutura, abra-a clicando em New Dir e depois tecle CTRL+T. Terminado o processo, salve com File Set -> Save New set as Snapshot.
  • Para comparar, use os botões correspondentes no topo da janela. Você precisa abrir um "New...", um "Old..." e depois clicar em Diff.

Configurações
(por alto)

Options - Status: É assim que configuro o meu. Selecionar Checked Move FIles fará com que Treediff tente encontrar arquivos que foram movidos, mas isso pode retardar muito operações se o número de arquivos for muito grande (dezenas de milhares).



Options - Scanning : O meu fica configurado desse jeito. É importante sempre selecionar System Files, Hidden Files e Hidden Directories, porque não é default. Quando eu quero uma comparação rápida, só para ver se dois diretórios estão sincronizados, eu desmarco Calculate CRC, porque isso acelera muito a comparação. Mas normalmente eu mantenho selecionado. Note que em Include filemask você pode pedir a Treediff para comparar apenas um tipo de arquivo. Isso é útil para procurar pela ação de file infectors.



Você também pode configurar "ferramentas" para rodar nos resultados. No exemplo abaixo, eu configurei o Treediff para rodar meu programa MyBinComp para analisar byte-a-byte os arquivos reportados como diferentes. Para evocar o programa configurado aqui basta clicar sobre a linha onde houve uma diferença e teclar CTRL+U.


Exemplos de status

Comparação perfeita. Existe um "inserted" no exemplo abaixo, mas isso ocorre por causa da minha adição do snapshot na mídia depois de ter feito o snapshot (obviamente).


Problema com datas. Note que Identical é zero, mas Differs também é. Como é altamente improvável que todos os 12054 arquivos tenham sido atualizados mas não sejam diferentes, você provavelmente está com uma timezone configurada incorretamente.

Inserted praticamente igual a deleted: Você pode ter renomeado uma pasta e Treediff considera que são duas coisas diferentes.



Todo programa concorrente do Treediff que eu já testei tem um ou mais dos seguintes problemas:
  • Compara, mas não salva snapshot;
  • Se faz snapshot, usa um formato proprietário (Beyond Compare) que além de não poder ser verificado/editado com o Notepad (às vezes é útil fazer isso) me deixa com a preocupação de que um dia eu não possa mais ler minhas centenas de snapshots. O formato do Treediff é tão fácil de ler que tenho planos (que empurro com a barriga há anos) de criar minha  própria versão do programa, com alguns recursos extras.
  • Quer salvar um snapshot por arquivo ou por diretório. Sem a opção de salvar um apenas por estrutura;

Problemas que você pode encontrar:

  • Treediff pode ter problemas com arquivos de mais de 4GB;
  • Se o Treediff reportar que os arquivos apresentam uma diferença de 2s nos horários, isso se deve à granularidade do campo de 16bits que armazena a informação de data/hora no sistema de arquivos (acho que só ocorre em FAT/FAT32). É normal e pode ser ignorado. Inclusive me parece que a versão mais recente do Treediff leva isso em conta, porque faz muito tempo que não encontro esse problema.
  • Se o Treediff reportar uma diferença consistente, precisa e inesperada de uma ou mais horas (até os segundos batem, mas as horas não) em todas as datas, verifique se a TimeZone do seu Windows está correta (GMT-3, geralmente);
  • É incomum, mas normal que o Treediff acuse diferenças inesperadas em arquivos IFO e BUP (e somente nesses) de DVD-Video gravado em casa:


Nota: Para quem não sabe, arquivos BUP são BackUPs dos respectivos arquivos IFO. Uma salvaguarda do padrão DVD-Video porque um erro neles pode ser catástrófico para a exibição.

Não é culpa da mídia. Não importa quantas vezes você regravar, Treediff vai acusar o mesmo erro. E note como o CRC32 de cada BUP continua idêntico ao do respectivo IFO mesmo na versão alterada. Isso indica modificação deliberada e não corrupção ou erro de leitura. Depois de muito apanhar com esse problema eu cheguei à conclusão de que o programa de gravação automaticamente corrige alguns pequenos erros de autoração (realocação) antes de gravar. Isso acontece com uma pequena fração dos discos e sempre quando eu estou usando o ImgTool Burn.

Limitações (e aperfeiçoamentos que gostaria de fazer).
  • A versão shareware manipula uma quantidade praticamente ilimitada (supostamente, 260 milhões) de arquivos, mas só exibe no relatório dois ou três mil. Na janela de status as diferenças são contadas corretamente, mas você pode não ser capaz de ver que arquivos são diferentes. Filtros também são desligados quando existem mais de 2317 arquivos. Snapshots são salvos e comparações são feitas com todos os arquivos, felizmente.
  • Você não pode comparar usando apenas um ramo de um snapshot. Assim se eu tiver o snaphot de um HDD inteiro e quiser verificar a integridade de um diretório eu até posso, mas Treediff vai acusar a falta de todos os outros arquivos. E pode ser difícil separar isso. Ou até impossível, se forem muitos arquivos e você estiver usando a versão shareware; 
  • Edit: Não tem sinalização sonora para quando uma tarefa termina. 

Alguma coisa não ficou clara? Comente. A clareza deste post é importante porque vou apontar todos os meus links referindo-se ao Treediff para ele. E vou fazer mais nos próximos dias. Edit: como este, no Sete Problemas.

reCAPTCHA: o "bem maior" por trás do incômodo.

Todo usuário avançado de computadores já deve estar bem ciente do objetivo de um CAPTCHA: proteger o site/serviço contra uso automatizado (SPAM, roubo de informações, leeching, etc). É um incômodo que toleramos porque é necessário para garantir a viabilidade do site/serviço.

O projeto reCAPTCHA vai além disso. Cada resposta que você dá está contribuindo no esforço de digitalização de publicações (tudo publicado antes da era da informática) iniciado pela Google. No momento reCAPTCHA está terminando a digitalização de 130 anos de edições do The New York Times.

Em um CAPTCHA como este:



Uma das palavras é conhecida pelo sistema e a outra foi digitalizada e não pôde ser entendida. Se você responder a palavra conhecida corretamente o sistema considera que você tenha acertado ambas e deixa você prosseguir, mas a palavra desconhecida só é considerada decifrada se outras pessoas responderem a mesma coisa.

Estou pensando em colocar reCAPTCHA em todos os downloads do meu site, só para contribuir com o projeto.