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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Precauções de um paranóico ao usar clonagem de disco.

Desde aquela minha enoooorme burrada em dezembro de 2007 eu me tornei paranóico quando o assunto é clonagem de discos. Antes de optar pela clonagem eu sempre dou preferência a outros meios onde eu consigo enxergar o que estou fazendo.

Quando não dá para evitar a clonagem eu ainda dou preferência à clonagem do disco de origem para arquivo e depois do arquivo para o disco de destino. Esse processo demora no mínimo o dobro do tempo mas é muito mais seguro, porque os arquivos com a imagem sempre são gravados no espaço livre do disco intermediário (seja qual for). E quando você estiver gravando a imagem no disco de destino a origem pode estar bem segura em uma gaveta.

Se não dá para usar o método com arquivo intermediário (geralmente porque não tenho um disco com tanto espaço livre) e a clonagem vai ter que ser de disco para disco, tomo os seguintes cuidados:

1) Escolho um disco de destino com tamanho diferente do disco de origem, sempre que for possível escolher. Mas nesses casos eu geralmente tenho condições de usar o método com arquivo intermediário.

2) Entro no disco de origem e coloco rótulos bem distintivos nas partições. Softwares como o Acronis TrueImage mostram claramente esses rótulos:



3) Faço um backup para um terceiro disco, usando o Explorer ou o Teracopy, de todos os dados visíveis do cliente (quando eu parto para a clonagem, minha necessidade nunca é copiar dados mesmo);

4) Nunca deixo na máquina nenhum outro disco que não seja da dupla envolvida na clonagem. Isso eu já fazia antes do desastre, mas as combinações recentes de software e hardware tornaram comum aparecerem na lista de candidatos até discos que você nem sabia que estavam presentes ou que podiam ser incluídos, como pendrives e outros discos plugados nas portas USB.

Na imagem abaixo eu esqueci de ligar a alimentação de um dos HDDs (quem nunca fez isso começou a trabalhar com manutenção ontem) e o TrueImage incluiu como opção um cartão de 4GB em um leitor de cartões USB e ainda colocou um absurdo "C:" após o rótulo. Imagine que o HDD esquecido desligado tivesse o mesmo tamanho e nas mesmas circunstâncias você lesse "3.693GB" e entendesse "36.93GB".




Na imagem acima o rótulo do cartão ajuda você a notar que algo está errado, mas veja como fica quando o cartão não tem rótulo:



Você estaria a meio passo de fazer uma grande bobagem. Basta um pouco de desatenção.

5) Me certifico de que disco de destino já comece sem partições. O TrueImage, por exemplo, nem sequer deixa você escolher os discos quando um deles não tem partições, porque é óbvio que o que tem partições é a origem. Por outro lado o TruImage não te impede de clonar um disco vazio por cima de um lotado, desde que exista uma partição.

Depois de todas essas precauções quando eu chego na janela onde o software me diz o que vai fazer eu ainda paro, penso, dou uma volta, olho de novo, vou tomar um café, olho outra vez... antes de ter certeza de que não vou fazer outra estupidez.

Eu sei que essas precauções acabam sendo redundantes (várias delas, aplicadas sozinhas, podem bastar), mas não há ferramenta de recuperação de dados que conserte uma clonagem errada e quando você está manipulando instalações/dados de clientes, todo o cuidado ainda é pouco. O que eu perdi quando detonei aquele HDD de 40GB eu "procurei esquecer".

Não dá para esperar que o cliente simplesmente esqueça.

16 comentários:

  1. Pois é Jefferson, eu também tenho uma certa paranóia com isso, embora até o exato momento eu não tenha feito uma burrada de trocar as bolas e colocar disco destino por cima do disco fonte. Talvez seja exatamente porque eu tenho o hábito de nomear as partições com nomes EXTREMAMENTE ÓBVIOS, como "ORIGEM_C" e "HD_DESTINO", e alem disso eu não nunca fui com a cara do Northon Ghost, sempre preferi o velho "Drive Image" que atualmente foi comprado pela Symantec (decerto eles não acham o próprio ghost um bom produto eheh) e agora tem o nome de Image Center.

    E o esquema dele perguntar as coisa também é meio que "anta-safe". Eu gosto dele e o uso faz tempo.

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  2. Filipe,

    Então ele permitiria copiar o cartão por cima do HDD, não permitiria? Esse é o problema.

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  3. Sou bastante amador.

    Para criar e recuperar imagens de disco utilizo até hoje um CD de boot do bom e velho Norton Ghost 2003 (não exige qualquer instalação no sistema operacional e é da época em que os programas Norton ainda eram mais leves, descomplexos e práticos).

    Nunca tive problemas, confesso que às vezes tenho medo de a ferramenta se tornar obsoleta e, por algum motivo, não ser capaz de "backupear" ou recuperar o sistema operacional, mas estou bastante satisfeito com ela.

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  4. Intruder A611/11/09 14:31

    Quem nunca detonou uma partição clonando um disco que atire o primeiro HD.

    Acho que já fiz isto pelo menos umas duas vezes, fora a vez que fui clonar um HD de 80GB, desaparafusei ele do gabinete, e depois derrubei ele no chão, ainda bem que depois consegui recuperar o conteúdo a trancos e barrancos ( foi uma experiência inesquecível, o HD parecia um caminhão velho com rangidos por todos os lados ).

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  5. Por isso uso o clonezilla Live CD. Crio a imagem do HD de origem (apenas da partição desejada) em um diretório e depois restauro a imagem no HD de destino.

    Valério

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  6. Jeff me desculpe a ignorância, mas só para ter certeza, o Acronis True Image serve também para criar uma imagem idêntica de um sistema operacional, e caso de algum problema pode-se utilizar a imagem criada para restaurar como era antes e ficando botável?

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  7. Douglas,

    É esse o propósito principal de um software de clonagem. E é só para isso que eu uso.

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  8. Ah muito obrigado Jeff! Me desculpe a ingenuidade minha.
    Só para concluir, a clonagem de disco é muito ultil para quando se tem um sistema Windows original, não ter que ativar novamente? Por exemplo, comprei um Windows XP SP2 original tudo legalizado certinho. Fiz uma clonagem de disco com todos os programas que desejo ter e com o Windows ativado e atualizado. Por um descuido meu, seis mêses depois pego um virus ou acontece um problema muito grave e faço uma restauração com o clone que possuo. Nesse periodo de seis mêses é provavel que novas atualizações surgiram e minha dúvida é se a Microsoft registra o quanto foi atualizado e se tem algum problema em baixa-las de novo. É necessário anotar o número de série do HD antes ou a clonagem copia também o número de série? Ou qual o procedimento correto para esse caso?

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  9. Você está confundindo as coisas. A clonagem copia, sim, o número de série do volume (partição). Ela não tem como enxergar o número de série do HDD, porque isso não é gravado no disco.

    De qualquer forma, desde que você restaure a imagem no mesmo hardware de onde ela foi salva, não terá que reativar. A MS só exige reativação se houver mudança significativa (nas contas dela) do hardware.

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  10. Ah beleza entendi! Muito obrigado!

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  11. Anônimo1/4/10 21:12

    Olá!!

    Eu ainda acho o Norton ghosth 2003 perfeito.

    Faz uma clonagem em menos de 10 min. e trabalha em DOS, assim nenhum processo do windows pode atrapalhar, e você fica com o Original e o Clone na mão, sem ter medo de perder os arquivos.

    É claro que você deve ter as "precauções redundantes", principalmente ao definir origem e destino.

    Abraços

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  12. Burradas não precisam envolver apenas HDS e volumes...tentem passar shreader no computador da empresa...e recuperar os arquivos depois.....

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  13. Jefferson. estou me debatendo com clonegem fas uns 4 meses e so agora vim conseguir, testei todos progrmas do baixaki e nenhum deu certo , sempre tinha algum probleminha, acabei ficando com o norton ghost32 do ano 2008, ele pesa menos de 1 mb,depois consegui a placa mae certa pra nao da tela azul, até aee Blz, so restou um inconveniente, ao clonar, vc precisa reativar todos programas que precisou de serial, o MiniLirycs mesmo nao ativa mais de geito nenhum.. vc sabe alguma forma para todos os programas ficarem ativados depois da copia?

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  14. Isso depende do que o programa olha para checar se precisa ser ativado. Se você restaurar a imagem no mesmo computador, deve ter poucos problemas desse tipo, mas não espere restaurar a imagem em outra máquina e se safar da reativação.

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  15. Intruder A631/1/11 06:16

    Tem o Acronis que eu já usei várias vezes, para clonar desde o Windows XP, Linux e Windows 7, mudando tamanho de partição e etc. e nunca precisei reativar nada, mesmo quando eu clonei 2 SO diferentes ao mesmo tempo ( Linux e Windows ).

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  16. Intruder A631/1/11 06:18

    Mas tudo dentro da mesma máquina, trocando de máquina deve mesmo precisar reativar (alguns programas e o SO).

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