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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Meus upgrades e as forças por trás deles.

Se dependesse de gente como eu, os fabricantes de motherboards e processadores iam ter que trabalhar muito mais para ganhar dinheiro :)

 "Eu"

Eu não sou rico e não ganho muito. Eu cobro por hora e só trabalho por indicação, por isso tenho poucos clientes (quem pensa que eu uso o blog/site para atrair clientes, está enganado). E como eu resolvo os problemas e ensino os clientes a não terem eles de novo, em geral só sou chamado para resolver problemas novos. O que ganho hoje mal paga minhas despesas fixas mensais, por isso todas as minhas "extravagâncias" saem da aplicação bancária que fiz quando fui demitido em 2006.

Muita gente fica fazendo upgrade de máquina constantemente porque vende o que tem (às vezes como se fosse novo) para renovar a cada x meses. E o upgrade então sai praticamente de graça. Eu não faço isso.

Eu não jogo, não porque não goste, mas porque gosto demais. Apesar de ter "tempo sobrando" (o mesmo que todo desempregado) tenho muita coisa para estudar. Quando eu decido jogar um pouco de starcraft pensando "só por uma hora" acabo passando um dia inteiro. E jogos são a principal força por trás dos upgrades domésticos.

Eu sempre tive muito mais "atração" por coisas mais "exóticas" (e, na minha opinião, mais úteis) como usar três monitores no mesmo PC, do que por poder de processamento. Exemplo real de uma de minhas mesas de trabalho:





História

O meu primeiro grande upgrade ocorreu por volta de 2001. Até então eu usava um Pentium 233MMX com 32MB de RAM com pelo menos uma placa de vídeo Diamond 3D PCI (eu já usava múltiplos monitores nessa época, então eram duas ou três placas de vídeo ao mesmo tempo) e uma monster 3D 2 para jogar. Eu vinha satisfeito com isso e resisti facilmente ao Pentium 2 e ao Pentium 3. O que me levou ao upgrade foi o fato de que é impossível assistir DivX em um Pentium MMX e até então eu não havia experimentado isso.

Então eu fiz o upgrade. Continuei usando a mesma placa de vídeo, mas em um Duron 950 com 128MB de RAM, socket 462.

De lá para cá pequenos upgrades (edit: de vídeo) ocorreram. Quando eu descobri a diferença que a placa de vídeo fazia na exibição de DivX eu fiz a troca por uma AGP, possivelmente Geforce MX200. Ao mesmo tempo a Monster 3D deixou de ser necessária.

Até então eu usava Windows 98SE com dois ou três monitores e estava satisfeito. Nessa época eu já criara o hábito de ter dois computadores, porque achava (e ainda acho) que ter dois PCs "de segunda classe" é melhor que ter um único PC "top". Meu antigo hábito de acumular HDDs me fez comprar uma SOYO Dragon Plus usada (acho que na época uma nova custava R$500) para poder usar suas quatro interfaces IDE. Comprei um processador Athlon XP 1600 para ela.

Em fevereiro de 2004, por necessidade de trabalho (de técnico freelance, pois na fábrica eu nem podia entrar com um) eu comprei um notebook HP Pavilion ZE5375US, baseado em P4 2.4GHz, que já veio com o Windows XP Home. Só não instalei o Windows 98 nele porque não havia drivers. O notebook era a coisa mais rápida que eu tinha até então, mas na maioria das coisas que eu fazia, não fazia diferença frente ao Athlon 1600.

Nota: Em 2002 eu já havia aprendido a detectar e contornar o problema de recursos do Windows 98. E em 2003 eu escrevi o meu software "Keep" para me ajudar nisso. Eu nunca precisei mesmo "reiniciar várias vezes por dia" (uma eterna crítica que fazem a todas as versões do Windows, mas que só do 9x para trás se aplica), mas depois que aprendi a gerenciar os recursos até os crashes "inexplicáveis e aparentemente aleatórios" (sempre em GDI e USER) acabaram. Para mim o 98 era perfeitamente estável e até usei como servidor na fábrica uma vez.

Mas no final de 2004 eu descobri a diferença que o Windows XP fazia na velocidade das IDE (eu nem havia notado ainda a diferença na rede), o que me convenceu a mudar de SO em todos os meus PCs. Isso, claro, porque já havia saído o SP2, removendo vários bugs irritantes. Fui mudando de processador gradativamente, incentivado pelo fato de que o socket 462 ainda não havia morrido e acabei chegando ao Sempron 2800+  em junho de 2006. Nesse mês eu fui demitido (e continuo desempregado até hoje) e se eu já não gostava de upgrades desnecessários, a falta do dinheiro "certo" todo mês me deu mais um incentivo para me adaptar ao que eu tinha. Eu não me lembro por que fiz um downgrade para o sempron 2300+ que estava usando até esta semana, mas não foi por falta de dinheiro. Acho que eu coloquei-o para testes e acabei esquecendo.

Em fevereiro de 2007 meu notebook pifou, me deixando com dois computadores "apenas" (eu estou falando dos meus "pessoais", pois sempre existiram mais PCs na casa). Em algum ponto de 2008 eu me desfiz de um dos computadores (desmontei e vendi algumas peças) para reduzir meu consumo de energia e ganhar espaço na mesa.

E agora fiz o meu upgrade mais significativo desde a mudança de Pentium MMX para Duron 950: Um Celeron E3200 dual core. E minhas razões estão explicadas naquele texto. Como disse o Ygor, não é "uma Ferrari", mas eu nunca quis mesmo ter computadores "top". E a Ferrari de hoje é "upgrade modesto" daqui a um ano.

Com a ajuda de Rafa Librenz, que já ajudou a baratear bastante meu upgrade recente (e necessário) de HDDs, logo eu terei mais um dual core (modesto) para "brincar" :)

Eu nunca...
  • ...cheguei a usar um Pentium 2 ou um Pentium 3. Quando eu cheguei a "ter" essas coisas, até eu já os achava lentos e obsoletos;
  • ...cheguei a usar um Athlon 64;
  • ...cheguei a precisar de "water cooling";
  • ...usei uma fonte que não fosse a mais barata da loja (e nunca tive problemas);
Edit: Também nunca...

  • ...usei o Windows ME
  • ...usei o Windows 2000 (no desktop)

    15 comentários:

    1. se dependessem de mim, idem.

      Minha maq. é um celeron 2,66 numa mobo gigabyte,
      e tá de bom tamanha para o meu uso.
      Fazer upgrade pra quê?
      A memória foi aumentada de 256 para 512 para 1G.
      O HD já foi trocado, pra maior, duas vezes, e logo será novamente, mas isso é outra estória...
      Talvez um dia eu precise um processador com 2, 4 ou mais núcleos, mas por enquanto esse tá funfando legal...

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    2. Tb penso o mesmo que vc quanto ao upgrade de hoje em um ano ser irrelevante...

      Lembro quando eu tinha um 386SX e depois o DX e meu vizinho ter um 486 (bem mais caro) e eu pensando se um dia teria um 486... Hoje devo ter dois ou três desses processadores rolando na gaveta...!!!

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    3. Daniel Hoffmann19/11/09 11:03

      O meu pentium MMX 233mhz com 96 de RAM, mas sem placa de vídeo que durou até 2006. Eu entrei na faculdade e tive que me mudar. Fiquei usando laboratórios da faculdade (triste, muito triste). Em janeiro 2008 comprei um laptop pentium dual core 1.6ghz (não é core 2 duo) de marca genérica brasileira (e-max), estou feliz com ele. Com a placa de vídeo ATI x1300 mobility dele não tenho o que reclamar. Consigo jogar meus jogos, ver vídeos e fazer os trabalhos de programação da faculdade.

      O pentium MMX era uma máquina muito boa na época em que foi lançado, mas em 2005 era frustrante ter que usá-lo. Realmente é impossível ver vídeos num pentium MMX e mesmo navegar na internet era demorado (mas os 96mb de memória ajudavam nisso).

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    4. "... eu resolvo os problemas e ensino os clientes a nao terem eles de novo..."
      Faço a mesma coisa, rs.. meus amigos falam q eu sou trouxa por isso, mas eu sou assim, fazer oq..
      "o que ganho hj mal paga minhas despesas fixas..."
      "EU" voce ou "EU" eu?? rs
      tamo no mesmo barco meu camarada

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    5. Acho legal você comentar dos seus erros e dos jogos. Em alguns textos técnicos você parece tão sério e objetivo que nem parece ter um lado "humano", de tão escondido que ele fica, rsrsrs.

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    6. "nem parece ter um lado "humano", de tão escondido que ele fica, rsrsrs."

      HAHAHAHAHAHA

      Acho que eu fico concentrado demais no aspecto técnico da coisa, para não escrever uma besteira. Quem conversa comigo pessoalmente (cara a cara) tem uma impressão melhor de mim. :)

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    7. Eu gosto de comprar pelo menos uma placa-mãe e processador a cada dois ou três anos, até mesmo para poder testar os periféricos dos clientes. Ultimamente venho dado sorte e estão aparecendo peças usadas bem baratas pra mim, daí aproveitei e atualizei alguns micros daqui. Só me falta uma placa-mãe socket 754 e uma 939 pra completar minha coleção de testes.

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    8. Se eu fosse escrever um artigo tão detalhado de minhas máquinas teria que fazer um esforço mental enorme... :-)
      Afinal eu "nasci" para a informática com um TK85, mas também tive o meu Pentium 233 MMX com uma M571 notória da PCChips.
      Hoje uso um Athlon 3200, mas tenho acesso a muitas máquinas diferentes devido a Lan House, Laboratório, Automação comercial e outros afazeres.
      Nunca usei o ME (graças a Deus) mas usei muito o Windows 2000, que constumo chamar de "as entranhas do XP com a cara do 98" :-)
      Lauro Faria
      www.bdibbs.com.br

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    9. Lauro,

      Eu achei que ia ser terrivelmente maçante se eu começasse lá atrás com o meu TK90X :) Afinal, a única coisa empolgante que eu fiz com ele (além de jogar R-Type e Green Beret) foi montar uma interface que me permitia controlar as luzes de um baile (eu fazia parte de uma "equipe de som") via TK90X. O programa eu mesmo fiz em BASIC.

      Mas não dá para contar com ele. Nem mesmo é um X86 :)

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    10. É engraçado, mas eu tenho muitas saudades de quando tinha um 233 MMX, talvez porque foi a época em que estava envolvido em projetos interessantes, mas também me lembro de como era estável se comparado as primeiras versões do Pentium 3, hoje, devido a minha área de atuação tenho um Dell Optiplex GX620 com 4G de RAM e 2T de HD(com muita hora extra), mas não fosse isso ainda estaria feliz com meu velho 233 mmx rodando Carmageddon ;-)


      OBRIGARO RYAN, POR MAIS UMA VEZ NOS LEMBRAR DOS VELHOS E BONS TEMPOS DA INFORMÁTICA...

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    11. Jef, coloca uns google ADS ae no seu blog cara ...

      Teu blog é visitado pacas, à anos passo por aqui de vez enquanto pra ver algo sobre dvd player ...

      Não é pra ficar rico, mas um trocadinho pra ajudar a pagar a conta de luz rende ...

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    12. Jefferson, por necessidade de um Slot ISA para um equipamento de teste, sou obrigado a usar um Pentium III com Windows 2000 na minha oficina. O único problema é a UDMA33, que limita muito a velocidade. Falando em micros antigos, ainda tenho meu Prológica CP-400 na caixa e sinto muita falta de um CP-500 que era da minha irmã. Aprendi muito Basic e CP/M-80 com essas máquinas. Abraço!

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    13. Marcos,

      Você pode ter UDMA100, slots ISA e processadores melhores, se conseguir botar as mãos nas placas certas. Por exemplo, a Fastfame 8VTAA.

      Mas nem sempre mais rápido é desejável mesmo. Eu tenho um equipamento com placa ISA aqui que só funciona de Pentium 233MMX para baixo.

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    14. Tenho vontade de escrever um artigo sobre minha evolução na informática, desde meu TK-85, em 1988, até os PCs atuais, mas o que vai ficar marcado mesmo são minhas aventuras no MSX. Salvei o Castle Excellent (gravei a solução em 4h de VHS, mas perdi a fita) e o Eggerland Mystery (até publiquei um artigo corrigindo um bug desse jogo - depois soube que não era exatamente um bug). Construí assembladores e programas de música. Tudo para uso pessoal. Diverti-me bastante nessa época.

      Mas escrever sobre isso demandaria muito tempo. Mas adianto que a força por trás dos upgrades é simplesmente: o computador ficou velho e começou a pifar.

      E, Jefferson, descobri recentemente que seu "lado humano" é publicado em seu blog pessoal. ;-)

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    15. Cara tenhum um ATHRON 2,2 COM VIDEO DE 128 COM 1 G DE MEMORIA, NA BOA PARA MEU USO ESTA OTIMO DEMAISM, na verdade nenhum usuario domestico usa 40% da capacidade de qualquer micro...olha que eu trabalho com computação grafica, com tratamento de imagens, desenhos vetorias, e esta minha maquina velhinha me é muito util ainda....nunca pensei em ter um outro micro pois o que eu tenho ja me basta....

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