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sábado, 28 de novembro de 2009

Me acostumando com um monitor LCD.

Lembrem-se: eu ainda prefiro CRT. Infelizmente o mercado me deixa sem escolha.

Meu LG T930B (CRT, 19") já havia pifado há algum tempo (problema sem conserto viável) e eu estava preso a monitores de 17" de novo. Para quem estava acostumado a trabalhar a 1600x1200 é difícil re-acostumar com os limites de uma tela a 1280x1024. E para piorar, um por um os meus monitores de 17" começaram a apresentar problemas intermitentes.

Embora os monitores ainda estivessem funcionando, comecei a ficar atento às alternativas (sempre sai mais caro quando você tem que achar com urgência) e um dia esbarrei numa promoção do Hiper Bompreço (WalMart): Monitor LCD Proview AR2238AFJW (22", 1680x1050, DVI e VGA) de R$699 por R$399. E em 12x "sem juros" como é habitual no Hiper.




Eu fiquei desconfiado. 1680x1050 não sai assim "barato" em LCD e a marca Proview nunca me inspirou muita confiança em monitores (apesar de terem fabricado o impressionante DivX player DVP858) . Decidi pesquisar em casa (que falta me faz às vezes uma conexão à internet portátil) e me surpreendi: o preço normal do monitor era mesmo R$700 (à vista) e vi mais de uma pessoa falando bem dele.

Voltei dois dias depois ao Hiper com um vídeo e fotos em um pendrive para testar. Por sorte o PC conectado ao monitor não tinha senha e todos os vendedores estavam ocupados, por isso fiquei livre para fazer testes. Me surpreendi ao não perceber nenhum defeito óbvio na exibição do vídeo, mesmo olhando o monitor por diversos ângulos diferentes. O monitor realmente parecia "valer" os R$700 do seu preço normal.

Comprei e desde julho é meu monitor principal. Até fiz uma gambiarra para remover a base e fixei o bicho na parede (ele não é feito para isso), ganhando toda a superfície da minha mesa (para ampliar a bagunça, claro). Não tenho muito do que reclamar, mesmo usando apenas a VGA. Tentei usar a DVI mas o monitor não se entendeu com minha placa de vídeo Radeon 9550. Pela VGA ela conseguia ir a a 1680x1050, mas pela DVI, não.

Ainda é possível ver artefatos ao exibir filmes que eu não veria no CRT, mas eles não incomodam tanto (até mesmo porque não tenho mais um CRT do lado para comparar) e o grande ângulo de visão me faz até esquecer, durante a maior parte do tempo, que estou em frente a um LCD. Um exemplo típico é a tela do GMAIL: Numa grande parcela dos monitores LCD se eu estiver de pé ao lado do monitor mal consigo distinguir que há uma nova mensagem não lida. No AR2238AFJW  é quase tão "claro" quanto era nos meus monitores CRT.

R$700 ainda é um valor que considero alto mas se eu encontrasse novamente por R$399, compraria outro para usar em modo multi-monitor, sem pensar muito.

Notebook ou Desktop (em casa)?

Essa é uma pergunta que volta e meia alguém (não aqui no blog) me faz. Em geral as pessoas querem comprar um notebook, porque é "bonito", "simpático", "prático", etc. E geralmente é o mesmo tipo de pessoa que jamais usaria o notebook na rua com medo de assalto e quer o notebook para usar apenas em casa.

No meu ponto de vista, é um desperdício de dinheiro. E eu costumo desanimar a maioria (não todos) dos que me fazem essa pergunta quando cito os seguintes problemas:

  • Não importa o quanto os notebooks tenham baixado de preço. Um desktop na mesma faixa de preço é sempre mais veloz ou de "melhor qualidade" no geral.
  • Se não gostar de algo, vai ter que conviver. A tela é ruim? Não dá para trocar. O touchpad é incômodo (eu já vi vários)? Vai ter que usar um mouse externo. Você não se acostuma com o tamnho ou o "feeling" do teclado? Vai ter que usar um por fora. O drive de DVD não lê direito discos gravados em casa? Vá se acostumando, pague uma pequena fortuna por um substituto compatível ou use um leitor externo.
  • A manutenção do hardware é caríssima. Qualquer serviço besta em um notebook numa "oficina especializada" costuma custar não menos que R$250. Já cansei de responder "melhor desistir dele" quando clientes me dizem o orçamento do conserto da placa-mãe do notebook deles. Em um desktop o conserto mais caro ocorre quando a placa-mãe pifa e você é obrigado a trocar processador e memória também. Mas quando isso acontece você paga pelo conserto e leva um upgrade de bônus: sai com um computador que é metade novo e geralmente mais rápido e moderno que o que você tinha. O conserto da placa mãe de um notebook é absurdamente caro e muitas vezes é só um conserto mesmo (ou a troca por outra placa usada, mas funcionando). Você paga caro para continuar com a mesma lata-velha e ainda arriscando pifar outra coisa um mês depois. 
Claro, para algumas pessoas (geralmente quem "pode", financeiramente falando) todos esses alertas entram por um ouvido e saem pelo outro. Elas ficam hipnotizadas pela beleza e praticidade dos notebooks: quase não tem fios, você não precisa ter uma mesa dedicada a isso (requisito de apartamento pequeno), etc. E olha que já foi muito pior, quando monitores LCD externos custavam a metade do preço de um notebook* e você se via obrigado mesmo a usar um CRT (isso, sim, é trambolho). Mas com monitores LCD de qualidade razoável (lembrem-se: no quesito qualidade eu ainda prefiro o CRT) custando R$400, isso deixou de ser um problema. Só falta reduzir o tamanho do gabinete.

*Na verdade, ainda custam. Estou me referindo a uma época não muito distante em que um notebook razoável custava R$5000 e monitores LCD de 15" custavam R$2000.

Mas o mercado não ajuda: há três meses eu tentei encontrar um gabinete slim decente para montar um computador para um cliente e não achei. Mesmo os como esse ainda são grandes demais (profundidade) e caros. Com computadores modernos tendendo a consumir menos e requerendo coolers menores existe um espaço no mercado para gabinetes mais apertados (principalmente no caso da maioria das pessoas que só usa o que vem "onboard" na placa-mãe e nunca vai usar os slots) com fontes também menores que o normal. O gabinete do Pavilion s3320br é um exemplo do que eu procuro. Ele é feito para placas mini-itx (é, quando a placa-mãe do s3320br pifa o dono está ferrado), mas não precisaria crescer muito para acomodar uma micro-ATX.

Infelizmente nenhum padrão de fonte "micro-atx" aparece e quando você encontra um gabinete slim bonito já sabe que se a fonte pifar você vai ter um problema para substituir. Mas, ainda assim, custa mais barato que consertar um notebook.

Eu até consigo entender a atração pelos notebooks porque realmente os desktops, por mais elegantes que sejam, ainda são um trambolho cheio de fios em comparação (lembre-se: se o mercado ajudasse isso poderia ser minimizado). Mas eu só recomendo notebooks para quem vai usá-los fora de casa. Se você prefere notebook porque é mais bonito, vá em frente. Mas ninguém vai me ver sugerindo a compra de um por causa de estética.

Como saber que processo está usando uma porta serial.

Nota: Se você leu o título e pensou "mas quem é que ainda usa portas seriais?" deve ser novo aqui neste blog.

Eu esbarrei no problema fazendo testes com o Windows Seven. Nenhum dos programas para portas seriais que eu tinha (incluindo os feitos por mim mesmo) funcionava, não importando o que eu fizesse. A princípio achei que fosse frescura do Seven, mas fiquei intrigado ao não encontrar nenhuma menção a isso em uma rápida busca no Google.

Será que havia algum processo usando a porta? Não era para haver, porque a instalação era recente e eu não havia instalado nada consciente de que usasse portas seriais. O indispensável Process Explorer me deu a resposta. Basta usar Find - Find Handle or DLL... para procurar por "serial":

Edit: O Seven tem seu próprio meio de ver isso, sem requerer o Process Explorer. Mas falarei sobre isso depois.



\Device\Serial0 é o que costumamos chamar de "COM1", que é justamente a porta que eu não estava conseguindo usar. Basta clicar na linha com o processo para o PEx mostrar o processo na sua janela principal. Lá basta passar o mouse por cima do nome para ver quem é:



Este é o programa que meu sintonizador de TV instalou para monitorar o seu controle remoto. O danado (e por isso eu nem pensei nele) é que o controle é USB e então o programa não deveria estar abrindo minha porta serial.

Depois de "matar" o processo o problema foi resolvido.

Mais tarde eu constatei que o programa tinha as duas opções (USB e serial) e por algum motivo se configurou para a opção errada no Seven. Eu havia instalado o mesmo programa antes no XP, onde ele havia se configurado para a opção certa, por isso nem sabia que existiam opções.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Meus upgrades e as forças por trás deles.

Se dependesse de gente como eu, os fabricantes de motherboards e processadores iam ter que trabalhar muito mais para ganhar dinheiro :)

 "Eu"

Eu não sou rico e não ganho muito. Eu cobro por hora e só trabalho por indicação, por isso tenho poucos clientes (quem pensa que eu uso o blog/site para atrair clientes, está enganado). E como eu resolvo os problemas e ensino os clientes a não terem eles de novo, em geral só sou chamado para resolver problemas novos. O que ganho hoje mal paga minhas despesas fixas mensais, por isso todas as minhas "extravagâncias" saem da aplicação bancária que fiz quando fui demitido em 2006.

Muita gente fica fazendo upgrade de máquina constantemente porque vende o que tem (às vezes como se fosse novo) para renovar a cada x meses. E o upgrade então sai praticamente de graça. Eu não faço isso.

Eu não jogo, não porque não goste, mas porque gosto demais. Apesar de ter "tempo sobrando" (o mesmo que todo desempregado) tenho muita coisa para estudar. Quando eu decido jogar um pouco de starcraft pensando "só por uma hora" acabo passando um dia inteiro. E jogos são a principal força por trás dos upgrades domésticos.

Eu sempre tive muito mais "atração" por coisas mais "exóticas" (e, na minha opinião, mais úteis) como usar três monitores no mesmo PC, do que por poder de processamento. Exemplo real de uma de minhas mesas de trabalho:





História

O meu primeiro grande upgrade ocorreu por volta de 2001. Até então eu usava um Pentium 233MMX com 32MB de RAM com pelo menos uma placa de vídeo Diamond 3D PCI (eu já usava múltiplos monitores nessa época, então eram duas ou três placas de vídeo ao mesmo tempo) e uma monster 3D 2 para jogar. Eu vinha satisfeito com isso e resisti facilmente ao Pentium 2 e ao Pentium 3. O que me levou ao upgrade foi o fato de que é impossível assistir DivX em um Pentium MMX e até então eu não havia experimentado isso.

Então eu fiz o upgrade. Continuei usando a mesma placa de vídeo, mas em um Duron 950 com 128MB de RAM, socket 462.

De lá para cá pequenos upgrades (edit: de vídeo) ocorreram. Quando eu descobri a diferença que a placa de vídeo fazia na exibição de DivX eu fiz a troca por uma AGP, possivelmente Geforce MX200. Ao mesmo tempo a Monster 3D deixou de ser necessária.

Até então eu usava Windows 98SE com dois ou três monitores e estava satisfeito. Nessa época eu já criara o hábito de ter dois computadores, porque achava (e ainda acho) que ter dois PCs "de segunda classe" é melhor que ter um único PC "top". Meu antigo hábito de acumular HDDs me fez comprar uma SOYO Dragon Plus usada (acho que na época uma nova custava R$500) para poder usar suas quatro interfaces IDE. Comprei um processador Athlon XP 1600 para ela.

Em fevereiro de 2004, por necessidade de trabalho (de técnico freelance, pois na fábrica eu nem podia entrar com um) eu comprei um notebook HP Pavilion ZE5375US, baseado em P4 2.4GHz, que já veio com o Windows XP Home. Só não instalei o Windows 98 nele porque não havia drivers. O notebook era a coisa mais rápida que eu tinha até então, mas na maioria das coisas que eu fazia, não fazia diferença frente ao Athlon 1600.

Nota: Em 2002 eu já havia aprendido a detectar e contornar o problema de recursos do Windows 98. E em 2003 eu escrevi o meu software "Keep" para me ajudar nisso. Eu nunca precisei mesmo "reiniciar várias vezes por dia" (uma eterna crítica que fazem a todas as versões do Windows, mas que só do 9x para trás se aplica), mas depois que aprendi a gerenciar os recursos até os crashes "inexplicáveis e aparentemente aleatórios" (sempre em GDI e USER) acabaram. Para mim o 98 era perfeitamente estável e até usei como servidor na fábrica uma vez.

Mas no final de 2004 eu descobri a diferença que o Windows XP fazia na velocidade das IDE (eu nem havia notado ainda a diferença na rede), o que me convenceu a mudar de SO em todos os meus PCs. Isso, claro, porque já havia saído o SP2, removendo vários bugs irritantes. Fui mudando de processador gradativamente, incentivado pelo fato de que o socket 462 ainda não havia morrido e acabei chegando ao Sempron 2800+  em junho de 2006. Nesse mês eu fui demitido (e continuo desempregado até hoje) e se eu já não gostava de upgrades desnecessários, a falta do dinheiro "certo" todo mês me deu mais um incentivo para me adaptar ao que eu tinha. Eu não me lembro por que fiz um downgrade para o sempron 2300+ que estava usando até esta semana, mas não foi por falta de dinheiro. Acho que eu coloquei-o para testes e acabei esquecendo.

Em fevereiro de 2007 meu notebook pifou, me deixando com dois computadores "apenas" (eu estou falando dos meus "pessoais", pois sempre existiram mais PCs na casa). Em algum ponto de 2008 eu me desfiz de um dos computadores (desmontei e vendi algumas peças) para reduzir meu consumo de energia e ganhar espaço na mesa.

E agora fiz o meu upgrade mais significativo desde a mudança de Pentium MMX para Duron 950: Um Celeron E3200 dual core. E minhas razões estão explicadas naquele texto. Como disse o Ygor, não é "uma Ferrari", mas eu nunca quis mesmo ter computadores "top". E a Ferrari de hoje é "upgrade modesto" daqui a um ano.

Com a ajuda de Rafa Librenz, que já ajudou a baratear bastante meu upgrade recente (e necessário) de HDDs, logo eu terei mais um dual core (modesto) para "brincar" :)

Eu nunca...
  • ...cheguei a usar um Pentium 2 ou um Pentium 3. Quando eu cheguei a "ter" essas coisas, até eu já os achava lentos e obsoletos;
  • ...cheguei a usar um Athlon 64;
  • ...cheguei a precisar de "water cooling";
  • ...usei uma fonte que não fosse a mais barata da loja (e nunca tive problemas);
Edit: Também nunca...

  • ...usei o Windows ME
  • ...usei o Windows 2000 (no desktop)

    quarta-feira, 18 de novembro de 2009

    Meia dúzia de BSODs (erros STOP) em um ano.

    Quando eu tive o meu primeiro BSOD neste ano isso foi até digno de uma série de posts sobre o assunto, que começou aqui. De lá para cá ocorreram mais uns cinco. Os dois primeiros ocorreram em outubro, relacionados a win32k.sys, assim:
    • No Google Chrome, exatamente no momento em que cliquei em um link (não lembro qual) desta página.
    • Ao abrir o Google Chrome, quando este tentou recarregar diversas abas (creio que umas 30) que eu tinha abertas na última sessão;
    Cenário
    • Windows XP Sp3, com algumas atualizações posteriores, mas com as atualizações desligadas desde 03/04/09;
    • Google Chrome 2.0.172.43;
    • Win32k.sys versão 5.1.2600.5756
    Aparentemente o problema se corrigiu sozinho (talvez num update do chrome), porque eu não fiz nada e ele sumiu. Edit: eu não fui o único a ter esse problema.

    Os outros três BSODs ocorreram sempre após sair da hibernação e em "xloader.sys", que é um driver instalado pelo meu plextor convertx. Quando finalmente identifiquei isso simplesmente despluguei o convertX da USB enquanto não uso e os problemas sumiram. O imbecil do driver não sabe lidar com a hibernação (que eu uso todo dia no desktop).

    Em resumo: Quatro BSODs foram culpa de drivers mal feitos e dois foram culpa de uma aplicação doida. Sem ter instalado novo hardware ou usado o Chrome teria sido um ano sem BSODs.

    Estou falando "um ano" porque em outubro do ano passado eu tive que reinstalar meu XP por causa daquele maldito file infector.

    Nota: Eu não estou surpreso por ter visto apenas seis BSODs. Eu estou me achando até azarado. Tenho certeza de que muitos usuários Windows (principalmente power users) passam anos sem ver um erro desses em seus próprios PCs.

    Celeron E3200 (dual core): Primeiras Impressões.

    Há muito tempo meu computador principal era um Sempron 2300+, com 1.5GB de RAM. No geral, é uma máquina perfeitamente capaz, mas estava progressivamente "restringindo meus movimentos". O pior dos problemas é nos meus hábitos de navegação: O Firefox com 200 abas abertas fica meio difícil de domesticar, mesmo usando o noscript.

    Então finalmente decidi dar outra finalidade à minha velha máquina e fiz o seguinte upgrade (de resto mantive o que eu já tinha):
    Os seguintes benefícios já ficaram evidentes:
    • O Firefox iniciando com 200 abas consumia 100% do Sempron 2300 por vários minutos (dependendo da velocidade da conexão e conteúdo das páginas). Agora a demora é a mesma, mas a carga é quase irrelevante me permitindo fazer outras coisas enquanto espero;
    • O Firefox em idle no Sempron 2300 dava surtos de 80% da CPU e consumia na média pelo menos 20%. No E3200 o consumo médio desapareceu do gráfico. Os surtos ainda existem e embora cheguem a 30% não estão atrapalhando o resto do meu trabalho como ocorria antes;
    • A própria nevegação está mais rápida. O Firefox renderiza as páginas nitidamente mais rápido agora;
    • Agora um filme x.264 de 1080p consome no máximo 50% (edit: número suspeito. vou investigar) da CPU. No sempron o filme consumia toda a CPU e ainda era "inassistível";
    • O consumo de energia do E3200 é metade do que eu consumia antes. O que implica também em menos calor e menos barulho (agora eu mal ouço o cooler do processador);
    • Operações de cópia nos HDDs consumiam uma quantidade considerável de CPU. Agora nem fazem cócegas;
    • Os HDDs SATA ficaram mais rápidos. Treediff (que uso quase diariamente em testes de integridade) acusa velocidades de pico de 100MB/s no mesmo HDD que nunca passou dos 80MB/s na outra placa. De cabeça, não me lembro de nada maior que 60MB/s, mas aí a diferença fica tão grande que estou duvidando das minhas lembranças. E eu nem estou usando SATA 300 ainda (a antiga motherboard só reconhecia SATA150 por isso todos meus HDDs ainda estão configurados para isso); Edit: Não houve mudança perceptível na velocidade dos HDDs só com a mudança de motherboard e CPU. Eu tive essa impressão porque ainda não tinha testado esses HDDs SATA e estava com os números de um HDD antigo na cabeça;
    • Um problema (suponho que seja na arquitetura) do meu firewall preferido faz com que qualquer atividade de rede gere um consumo exagerado de CPU na forma de DPCs (só é visível usando o Process Explorer). Com o E3200 esse consumo ainda existe e continua alto (uns 20% usando a máxima capacidade da rede), mas não o suficiente para me impedir de fazer outras coisas, como acontecia usando o Sempron;
    • O simples fato de usar um dual core me protege de aplicações (single thread) mal comportadas querendo usar 100% da CPU. O Willem Eprom, por exemplo, não consegue mais usar mais que 50% da CPU, porque está confinado a um core;
    É uma pena que o Windows de 32 bits (não estou disposto a encarar as frescuras do Windows de 64 bits no meu PC principal.) me limite a não mais que 4GB de RAM (3GB na prática). Eu imagino que agora finalmente tenho poder de fogo para fazer um uso decente do Vmware.

    Edit: o Windows Experience Index desta máquina no Windoows Vista SP2:



    E no Seven:

     


    O problema:

    Quando você cria software, ou mesmo fala sobre o assunto, ter uma máquina poderosa é sempre uma faca de dois gumes. Eu não quero que meus leitores ou usuários de meus softwares tenham uma experiência inferior só porque estão com um hardware mais modesto e que de outra forma é perfeitamente aceitável. Eu vou ter que ficar atento a isso, mas inevitavelmente eu vou deixar de notar alguns problemas.

    O consumo de energia de um Celeron E3200 (dual core).

    hardware
    • Placa-mãe MSI G31M3-L V2 (MS-7529);
    • Processador Intel Celeron E3200 2.40GHz (dual core);
    • RAM DDR2 2GB (1 módulo);
    • HDD SATA 7200RPM 250GB Seagate Barracuda;
    • Gravador de DVD Pioneer DVR-115D;
    • Fonte vagabunda de "450W" Bitway LPJ2-25;
    • Nenhum overclock;
    • Um ventilador extra para os HDDs;
    Windows XP SP3.

    Medições
    • Parado no setup, drive aberto: 50 a 60 W (temperatura de 32 graus);
    • Iniciando o Windows: 50W;
    • Em idle no desktop do Windows (0%): 50W;
    • Executando um XviD do DVD (8%): 50W;
    • Executando um x.264, 1280x720, DTS, a partir do DVD (22%): 60W;
    • Executando um x.264, 1920x800, DTS, a partir do HDD (49%): 70W;
    • Rodando uma análise do DVDShrink, usando drive de DVD (10%): 50W;
    • Rodando uma instância do SuperPI (50%): 70W;
    • Rodando duas instâncias do SuperPI (100%): 70W.
    Notas
    • Se você considerar que um HDD consome em média 10W, este conjunto Motherboard/CPU consome apenas 40W em idle e 60W no pior caso. É um desempenho excelente para o que é capaz de fazer;
    • Eu ainda não entendo como o SuperPI nem fez cócegas no Pentium D 805 (achei estranho ainda durante aqueles testes e conferi várias vezes) mas influenciou normalmente esta CPU. Vou investigar isso quando puder;
    • A atividade nos HDDs tem impacto insignificante no consumo de CPU nesta configuração, por isso também é insignificante no consumo de energia (só importa se o HDD está com os discos girando ou não);
    • Segundo isto e isto é muito fácil fazer um grande overclock nesta CPU. Eu irei testar isso um outro dia e medir o impacto no consumo.

    terça-feira, 17 de novembro de 2009

    Basta alguma orientação e ninguém cai nessa.

    Ninguém que tenha pelo menos uma dúzia de neurônios, claro. Nunca subestime a estupidez humana.

    Uma hora atrás eu recebi o seguinte phishing:



    Esse e-mail cai no mais básico dos testes de phishing: Quem mandou nem sabe meu nome, nem nada mais específico a meu respeito. Essa "intimação" poderia ser (e é) destinada para qualquer indivíduo do país sem mudar uma única letra.

    E mais:
    • Eu nunca disse meu e-mail ao MPF ou ao DPF. Aliás, jamais forneci meu e-mail (qualquer um das dezenas deles) para qualquer orgão, de qualquer esfera do governo;
    • Esse tipo de coisa se manda por carta com aviso de recebimento (edit: nesse caso seria mais apropriado o que os Correios chamam de "mão própria") ou através de oficial de justiça. Se fosse mesmo oficial eu iria ignorar do mesmo jeito;
    • Abrir um anexo? Um link para uma página no MPF detalhando o processo seria muito mais digno de crédito.

    Além disso, com um pouquinho mais de cultura você sabe que o DPF e o MPF são duas organizações independentes e de propósitos distintos. Uma jamais mandaria e-mail com o escudo e rodapé da outra.

    segunda-feira, 16 de novembro de 2009

    Desde abril sem usar antivírus. Nenhum problema.

    E é sempre bom lembrar que eu trabalho o tempo todo logado como Administrador.

    Eu desinstalei o Avast em abril porque estava investigando a causa de uma lentidão esporádica no meu PC. Não era culpa do Avast, mas depois de um mês de testes acabei achando melhor continuar assim.

    E eu não fiquei completamente às cegas. Eu mantive meu firewall preferido (SPF) com todas as suas "paranóias" ativas para me alertar para qualquer software querendo me fazer uma surpresa (não houve nenhuma). E nesse meio tempo eu fiz uma meia dúzia de testes de CRC32 com o Treediff para me certificar de que não tinha sido pego por algum "file infector" (meu pior pesadelo) e fiz uma única varredura com o Norton Security Scan. Hoje eu coloquei o meu HDD principal como escravo em um nova máquina e fiz uma varredura completa com o Avast: nenhuma infecção em mais de seis meses.

    Voltei a usar antivírus hoje porque fiz um upgrade que deve tornar a carga do Avast irrelevante (não, por melhor que seja o PC eu não vou usar o Norton).

    E se a carga é irrelevante, não faz mal algum me precaver.

    sábado, 14 de novembro de 2009

    Linus Torvalds é o cara!

    Se metade dos entusiastas Linux tivesse o mesmo modo de pensar do seu criador, a adoção do Linux seria absurdamente maior.

    Stallman e seus seguidores jamais fariam algo assim. Seria mais fácil flagrá-los destruindo um quiosque desses:



    Não, Linus não está endossando o Windows 7. É apenas mais uma demonstração do seu senso de humor e de sua atitude pacífica com relação aos competidores. Clique na foto para ler a estória por trás dela.

    E mais cedo, em julho deste ano, Linus disse para a Linux Magazine que o ódio pela Microsoft é uma doença:
    “Oh, I’m a big believer in “technology over politics”. I don’t care who it comes from, as long as there are solid reasons for the code, and as long as we don’t have to worry about licensing etc issues.
    ...
    I may make jokes about Microsoft at times, but at the same time, I think the Microsoft hatred is a disease. I believe in open development, and that very much involves not just making the source open, but also not shutting other people and companies out.
    There are ‘extremists’ in the free software world, but that’s one major reason why I don’t call what I do ‘free software’ any more. I don’t want to be associated with the people for whom it’s about exclusion and hatred.

    Até mesmo o Linus quer distância dos extremistas. É um indivíduo para se admirar.

    E não, eu não estou dizendo isso apenas baseado nesses dois episódios. Eu já li muitas declarações de Linus ao longo dos últimos anos que me fizeram perceber isso. Incluindo a posição dele em 2006 contra banir do kernel os módulos binários. Ele achou a idéia "míope" e "estúpida" (sim, usou essa palavra). Exatamente o mesmo que qualquer power user Windows querendo adotar o Linux pensaria.

    segunda-feira, 9 de novembro de 2009

    Precauções de um paranóico ao usar clonagem de disco.

    Desde aquela minha enoooorme burrada em dezembro de 2007 eu me tornei paranóico quando o assunto é clonagem de discos. Antes de optar pela clonagem eu sempre dou preferência a outros meios onde eu consigo enxergar o que estou fazendo.

    Quando não dá para evitar a clonagem eu ainda dou preferência à clonagem do disco de origem para arquivo e depois do arquivo para o disco de destino. Esse processo demora no mínimo o dobro do tempo mas é muito mais seguro, porque os arquivos com a imagem sempre são gravados no espaço livre do disco intermediário (seja qual for). E quando você estiver gravando a imagem no disco de destino a origem pode estar bem segura em uma gaveta.

    Se não dá para usar o método com arquivo intermediário (geralmente porque não tenho um disco com tanto espaço livre) e a clonagem vai ter que ser de disco para disco, tomo os seguintes cuidados:

    1) Escolho um disco de destino com tamanho diferente do disco de origem, sempre que for possível escolher. Mas nesses casos eu geralmente tenho condições de usar o método com arquivo intermediário.

    2) Entro no disco de origem e coloco rótulos bem distintivos nas partições. Softwares como o Acronis TrueImage mostram claramente esses rótulos:



    3) Faço um backup para um terceiro disco, usando o Explorer ou o Teracopy, de todos os dados visíveis do cliente (quando eu parto para a clonagem, minha necessidade nunca é copiar dados mesmo);

    4) Nunca deixo na máquina nenhum outro disco que não seja da dupla envolvida na clonagem. Isso eu já fazia antes do desastre, mas as combinações recentes de software e hardware tornaram comum aparecerem na lista de candidatos até discos que você nem sabia que estavam presentes ou que podiam ser incluídos, como pendrives e outros discos plugados nas portas USB.

    Na imagem abaixo eu esqueci de ligar a alimentação de um dos HDDs (quem nunca fez isso começou a trabalhar com manutenção ontem) e o TrueImage incluiu como opção um cartão de 4GB em um leitor de cartões USB e ainda colocou um absurdo "C:" após o rótulo. Imagine que o HDD esquecido desligado tivesse o mesmo tamanho e nas mesmas circunstâncias você lesse "3.693GB" e entendesse "36.93GB".




    Na imagem acima o rótulo do cartão ajuda você a notar que algo está errado, mas veja como fica quando o cartão não tem rótulo:



    Você estaria a meio passo de fazer uma grande bobagem. Basta um pouco de desatenção.

    5) Me certifico de que disco de destino já comece sem partições. O TrueImage, por exemplo, nem sequer deixa você escolher os discos quando um deles não tem partições, porque é óbvio que o que tem partições é a origem. Por outro lado o TruImage não te impede de clonar um disco vazio por cima de um lotado, desde que exista uma partição.

    Depois de todas essas precauções quando eu chego na janela onde o software me diz o que vai fazer eu ainda paro, penso, dou uma volta, olho de novo, vou tomar um café, olho outra vez... antes de ter certeza de que não vou fazer outra estupidez.

    Eu sei que essas precauções acabam sendo redundantes (várias delas, aplicadas sozinhas, podem bastar), mas não há ferramenta de recuperação de dados que conserte uma clonagem errada e quando você está manipulando instalações/dados de clientes, todo o cuidado ainda é pouco. O que eu perdi quando detonei aquele HDD de 40GB eu "procurei esquecer".

    Não dá para esperar que o cliente simplesmente esqueça.

    "Gerenciar" ausente do menu de contexto de Meu Computador.

    Para quem não se lembra, esse item executa "Gerenciamento do Computador" do Windows 2000 em diante.

    Eu geralmente só uso isso quando preciso usar o "Gerenciamento de Disco" (o "FDISK" do XP), porque normalmente eu chego às outras funcionalidades por outros caminhos. E normalmente este item está sempre presente quando clicamos com o botão direito sobre "Meu Computador". É tão "certo" encontrar esse item que eu nunca me lembro que existe outro caminho:

    Iniciar -> Executar -> compmgmt.msc

    Pois hoje eu me surpreendi ao não encontrar o item no computador de um cliente. Tive que olhar umas três vezes para me certificar de que não estava mesmo lá.

    Por sorte, a solução é simples. Depois de duas buscas no Google mudando os termos eu cheguei a esta página, com a solução do problema. Este pode ter duas causas diferentes no Registro (uma deles é geralmente proposital) e para simplificar o autor já deixou disponível um arquivo .REG de correção (simplesmente se guiar pelo texto não basta, pois está incompleto) .

    Basta aplicar o arquivo .REG que o problema é imediatamente corrigido.

    quinta-feira, 5 de novembro de 2009

    Fórum recuperado!

    Sete horas atrás o fórum foi inteiramente restaurado ao estado das 22H do último domingo.

    Durante meus testes para recuperar do backup (o meu, não o do host) eu continuei intrigado com a afirmação do meu host (via "live chat") de que minha conta tinha mais de 50 mil arquivos (inodes, para ser tecnicamente preciso) . Não consegui enxergar como eu pudesse ter mais de 35 mil arquivos antes de ter apagado o fórum.

    Então eu abri um ticket com o suporte explicando minha dúvida e pedindo um maior esclarecimento. Vinte minutos depois o suporte respondeu que eu tinha sim um backup do último domingo e solicitou o preenchimento do formulário de restauração.

    Paguei 15 dólares (eu teria pago centenas!) e indiquei o que precisava ser restaurado. O fórum voltou ao ar às duas da madrugada de hoje enquanto eu dormia.

    Já fiz o backup do banco de dados. E vou providenciar para que isso seja feito automaticamente.

    Edit: Agradeço a todos os que se mostraram solidários e principalmente aos que dedicaram ao menos um pouco de seu tempo (mesmo sem que eu soubesse) nos últimos dias tentando ajudar.

    terça-feira, 3 de novembro de 2009

    Desastre: Fórum apagado.

    Lamento informar a todos que devido a um erro grosseiro meu o fórum foi inteiramente apagado um minuto atrás.

    Quando eu parar de me castigar mentalmente irei começar a recuperar tudo a partir do último backup. Mas não faço a menor idéia ainda de quanta coisa foi perdida.

    Eu peço imensas desculpas a todos os que colaboraram com o fórum e porventura tiveram o seu trabalho perdido (intruder_A6, isso certamente inclui você).

    Edit: Se o único backup do banco de dados que eu tenho for o que eu estou pensando, melhor pedir também desculpas antecipadamente a Zeurt, Jmaraujo e Rictad.

    segunda-feira, 2 de novembro de 2009

    Teste seu pendrive com o H2testw.

    O utilitário H2testw, de autoria da revista alemã de TI C'T, faz o seguinte:
    • Vai criando arquivos de até 1GB, até lotar a capacidade nominal da mídia. O objetivo é ver se realmente o pendrive tem a capacidade que parece ter. Se houver erro ele acusa exatamente até onde conseguiu gravar com sucesso;
    • Lê os arquivos para confirmar se foram gravados corretamente. Mesmo que o pendrive tenha a capacidade que diz ter ele pode ter algum tipo de defeito que corrompa arquivos;
    • Registra a velocidade média de leitura e gravação;
    • Termina com um relatório que pode ser copiado para o clipboard.
    Note que você também pode fazer o teste em outros tipos de mídia, como cartões de memória conectados a leitores.

    Eu vinha fazendo esse tipo de teste usando outros métodos, mais "manuais", mas eu vou passar a recomendar o H2Testw.

    Exemplo do que o programa diz quando o pendrive tem um defeito (11.5MB defeituosos):
    The media is likely to be defective.
    3.7 GByte OK (7947136 sectors)
    11.5 MByte DATA LOST (23680 sectors)
    Details:0 KByte overwritten (0 sectors)
    0 KByte slightly changed (< 8 bit/sector, 0 sectors)
    11.5 MByte corrupted (23680 sectors)
    0 KByte aliased memory (0 sectors)
    First error at offset: 0x0000000000660000
    Expected: 0x0000000000660000
    Found: 0x00000000f7760000
    H2testw version 1.3
    Writing speed: 5.02 MByte/s
    Reading speed: 19.3 MByte/s
    H2testw v1.4