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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Modem U.S. Robotics 56K Fax Win PCI: Detecta mas não responde.

Eu estou experimentando com servidores de fax e precisei instalar um modem qualquer que se apresentasse como uma porta serial padrão no Windows. Acabei colocando um USR 56K PCI. O Windows XP SP3 reconhece o bicho sem precisar instalar nenhum driver extra.

Mas aí eu precisei mudar o modem de slot. Não funcionou mais.

O sintoma é que o modem aparece no gerenciador de dispositivos sem qualquer erro, mas ao tentar rodar o diagnóstico o Windows acusa que o modem não está respondendo. Eu já sabia, por experiência anterior, que para isso é necessário rodar um pequeno programa (instalado pelo próprio Windows) na inicialização. Mas o atalho para esse programa, com sua complicada linha de comando, havia desaparecido da lista do Autoruns.

Então eu deletei o modem no gerenciador e mandei redetectar. O atalho "apareceu" e o modem voltou a responder.

Para o caso de, por algum motivo, o Windows se recusar mesmo a refazer o atalho para o programa, vou registrar aqui sua linha de comando:

em: HKLM\software\Microsoft\Windows\CurrentVersion\Run\
valor: C:\windows\system32\USRmlnka.exe RunServices \Device\3cpipe-USRpda

A propósito: o Windows Seven não reconhece esse modem. Eu comecei as experiências no Seven, mas tive que continuar no XP por causa disso.

Acrônimos que me confundem.

Não se surpreendam se eu vier a misturar esses termos em algum texto (se é que já não o fiz):

ACPI e APIC
HDCP e DHCP

Até quando estou conversando com amigos "me dá um nó".

Além desses, temos "CLI", que agora tem dois significados comuns. Antes, em qualquer texto sobre programação eu tinha certeza de que CLI significava "Command Line Interface". Mas a maldita DOTNET adotou a mesma sigla para Common Language Infrastructure. E eu ainda não sou capaz de discernir imediatamente de qual dos dois estão falando.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Geforce 7300GS: monitor piscando.

O cliente me pediu para identificar por que seu monitor de vez em quando apagava sem motivo. Chegando lá apurei que ele "piscava" (apagava completamente e acendia logo em seguida) a intervalos irregulares que não impediam o uso, mas incomodava.

Por puro chute, decidi dar uma olhada primeiro na placa de vídeo. O que vi me surpreendeu:



A foto pode enganar (um ou dois parecem OK), mas todos os doze capacitores eletrolíticos estão estourados. Aí vai uma ampliação dos que estão em pior estado para você "sentir o drama" de perto:



O que me deixou surpreso foi que eu esperaria sintomas muito piores de uma placa nessa situação.O monitor era um LCD Samsung ligado pela DVI. Examinei a placa-mãe e não havia nenhum capacitor estufado, nem havia qualquer relato de instabilidade desse computador. O que me fez concluir que o problema se devia à má qualidade da placa de vídeo.

Como eu não vendo peças, avisei ao cliente que ele precisava substituir logo essa placa, porque eu não sabia por quanto tempo ainda ia funcionar e ia ficar pior. Eu passei mais ou menos um mês sem ter notícias, até que o cliente ligou dizendo que havia comprado a placa porque o problema havia degenerado de vez  e me chamou para fazer a troca.

Foi tarde demais. Depois de feita a troca não deu imagem de jeito nenhum. Após alguns testes eu descobri que o monitor havia pifado. Testei tanto pela DVI quanto pela VGA e não deu mais imagem. Precisamos colocar um monitor velho no lugar.

É mole?

O cliente me deu a placa defeituosa. Quando eu puder vou trocar os capacitores e ver se pelo menos ela ainda funciona.

Nota: Em teoria esse cliente poderia ter trocado a placa sozinho, mas foi enrolado por um vendedor que o convenceu a comprar também uma nova fonte e ele acabou perdido com os conectores. A placa comprada foi uma XFX 9400GT, que só pela aparência eu ligaria em qualquer fonte xing-ling sem medo (posso até estar enganado, mas nunca me enganei nesse assunto). Mas o vendedor aproveitou para empurrar também uma fonte WYNN modelo WYN-300G que custou R$96.

DX: Bateria para notebook HP séries V3000, V6000, DV2000 e DV6000.

Eu peguei um HP pavilion DV6110BR usado como parte do pagamento de uma dívida que um amigo tem comigo. O notebook veio com dois problemas, sendo que um deles era a bateria, que só durava 10 minutos.

Procurando na Dealextreme por algo compatível, encontrei o sku.17684.

Por US$42 era uma pechincha irresistível. Mesmo pagando 60% de imposto ainda valia a a pena. Só que nesse caso a Aduana me fez uma surpresa desagradável, arbitrando para o produto o valor de US$70. Pela cotação do dólar no dia (1,8864), acabei pagando R$79,23 de imposto. Somando aos R$75 pagos pelo produto a bateria me custou R$145. Paguei o equivalente a 100% de imposto, mas ainda assim saiu mais barato do que comprando no mercado brasileiro. Se eu pedisse uma revisão à Aduana esse preço certamente teria sido reduzido em cerca de R$31, mas na época eu julguei não valer a pena brigar por isso.

E o mais importante: a bateria funciona. Estou usando há semanas apenas para navegar na internet por Wi-Fi e a carga está durando 1h50m. Eu não faço idéia do quanto dura uma bateria original neste notebook, mas por esse preço essa autonomia está muito boa. Estou tão satisfeito com a compra que se não fosse o medo da Aduana me taxar em 100% de novo eu já teria comprado mais duas. :)

A bateria pesa 300g. Exatamente o mesmo (pelo menos na minha balança de cozinha) que a bateria original. O software HP Battery Check não fala nada sobre a bateria não ser original e me diz que a mesma tem 93% de sua capacidade, apesar de só ter um mês de uso. Eu não sei se uma bateria original indicaria 100%.

Mas eu falei que o notebook tinha dois problemas. O outro é que para compensar um notório problema nesses notebooks que usam chipset Nvidia 6150 o meu amigo fez uma ligação direta na ventilação interna. O ventilador então não desliga nunca e, além do ruído chato quando o ambiente é silencioso, não sei o quanto de autonomia eu ganharia se o ventilador funcionasse normalmente.

A diferença entre "adaptador" e "conversor", na minha opinião.

Existe uma enorme confusão a esse respeito no mercado, não muito diferente da incapacidade generalizada da mídia (e do público em geral) de entender a diferença entre "hacker" e "cracker". A confusão é tanta que nos anúncios do ML as duas palavras são usadas assim como nos da DealExtreme. Isso evita perder vendas porque o vendedor usou uma enquanto o possível comprador estava procurando pela outra.

Mas essa confusão acaba por causar certos desentendimentos, como provavelmente aconteceu quando eu disse que não existem adaptadores para separar o áudio do vídeo HDMI. Porque dentro da minha definição de "adaptador" é tecnicamente impossível que eles existam; mas quem não faz uma distinção clara entre "adaptador" e "conversor" vai certamente achar que eu disse bobagens do início ao fim.

Eu nem vou tentar dar uma definição definitiva aos dois termos, mas pelo menos quando as palavras forem minhas considerem que a diferença é a seguinte:

Adaptador: é um dispositivo "passivo". Geralmente não existem componentes eletrônicos dentro dele e quando existem são do tipo passivo (resistores, indutores, capacitores) e não do tipo "ativo" (transistores e circuitos integrados). Geralmente um adaptador pode ser construído em casa, sem nenhum conhecimento de eletrônica ou a necessidade de adquirir componentes, bastando saber a "correspondência" entre as ligações e emendando de acordo os conectores usados entre as partes a serem adaptadas. Algumas vezes pode resultar numa baita gambiarra, mas pode ser feito.

De outra maneira: Um adaptador não muda o sinal que passa por ele, que chega ao outro lado com a mesma amplitude, freqüência, etc.

Exemplos de adaptadores:
  • Adaptador de HDD IDE de 3,5" para 2,5";
  • Adaptador ou cabo HDMI-DVI;
  • Adaptador ou cabo AT -> PS2 (teclados);
  • Adaptador PCMCIA -> CompactFlash;
  • Adaptador IDE -> CompactFlash (conforme bem lembrado no comentário de Luciano);
  • Adaptador de fonte ATX 20 pinos para ATX 24 pinos;
  • Adaptador PS2 -> USB (aquele usado exclusivamente para mouse);
  • Adaptador SD -> Micro SD;
  • Adaptadores de tomada diversos (do novo padrão brasileiro para o antigo, por exemplo);
Conversor: É um dispositivo "ativo", pois requer ser ligado a uma fonte de energia ou rouba uma energia significativa de uma das interfaces envolvidas. Em geral possui componentes eletrônicos ativos, mas nem sempre, como no caso de um conversor 220V -> 110V. Dificilmente você vai conseguir construir um conversor em casa sem ter bem mais conhecimento, material e ferramentas do que o necessário para se fazer um adaptador.

De outra maneira: o conversor, como o próprio nome diz, muda o que passa por ele. De tal forma que se torna "outra coisa". Algumas vezes nem mesmo é possível converter de volta para o formato de entrada.

Exemplos de conversores:
  • Conversor PAL-M -> NTSC (também chamado de "transcodificador");
  • Conversor de YPbPr para VGA; - Note que o anúncio diz "component video to VGA" o que é outro problema de definição já que VGA também é uma forma de "component video".
  • Conversor de YPbPr para CVBS e S/Video;
  • Conversor HDMI -> SPDIF - Na verdade é um switch HDMI com um conversor embutido;
Edit: também é possível explicar a diferença da seguinte maneira: adaptadores promovem mudanças físicas, enquanto conversores promovem mudanças físicas e elétricas.

Exemplos de dispositivos cuja denominação gera polêmica:
  • Conversor USB -> IDE;
  • Conversor USB -> SATA;
  • Conversor IDE -> SATA; 
  • Conversor USB -> RS232;
  • Conversor USB -> Paralela;
  • Conversor USB - Ethernet.
Na verdade, quase tudo plugável a uma porta USB que ofereça outra porta na outra extremidade é insistentemente chamado de "adaptador" mesmo por alguns fabricantes. Isso é tão generalizado que você pode me flagrar em um ou outro momento chamando uma dessas coisas de "adaptador", embora claramente elas se enquadrem como conversor considerando as definições dadas por mim.

Em não estou tentando forçar minhas definições em ninguém, nem garanto que não tenham furos (elas tem). Mas quando eu disser "não existe adaptador..." tenham estas definições em mente, pois para mim isso é muito diferente de dizer "não existe um conversor...".

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Por que não existem adaptadores HDMI para "separar o áudio do vídeo".

Porque é bem mais complicado do que parece.

30/12/09: Para entender este post você precisa ter em mente minha definição de "adaptador".

Eu já vi muita gente procurando por isso em fóruns no Brasil e no exterior e a intenção geralmente é poder conectar o áudio à entrada digital do receiver porque, francamente, quantas TVs com som 5.1 você conhece? E milhares de pessoas, como eu, querem protelar ao máximo a necessidade de refazerem o caro investimento que fizeram em receivers. Eu mesmo tenho dois, sem HDMI.

Alguns aparelhos, como o PS3, são inteligentes o suficiente para ter uma saída digital SPDIF e permitir que você conecte o vídeo por HDMI mas direcione o áudio pela SPDIF. Outros aparelhos, infelizmente, são terrivelmente estúpidos e apesar de terem as duas conexões quando você usa uma desabilita a outra.

O problema é que apesar do cabo HDMI ter 19 pinos e três canais de dados, não existem fios separados para o áudio. Este é transmitido "entrelaçado" com o vídeo, sempre. É tecnicamente possível construir tal coisa, mas seria um circuito eletrônico com circuitos integrados transceivers HDMI, para ser ligado em uma tomada. E não apenas um "separador de fios". Entre fazer isso e construir um "HDMI splitter", o fabricante prefere fazer o splitter.

Sinal de que o pessoal de informática é menos tolo?

Hoje eu estava no Extra Benfica e encontrei um cabo HDMI-DVI por "meros" R$20 (2m). Curioso, porque para os padrões do mercado de Recife isso estava barato, procurei o preço dos cabos HDMI-HDMI. O mais barato custava R$49 (1,80m), mas havia um Philips por R$129.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O serviço identificador de chamadas da GVT é FSK!

Tá, essa me pegou realmente de surpresa.


[Para não deixar ninguém voando:

No sistema de identificação DTMF, o único usado no Brasil por décadas (e usado também por Finlândia, Dinamarca, Islândia, Holanda, India, Bélgica, Suécia, Arábia Saudita e Uruguai) a identificação do ramal chamador é enviada antes do primeiro toque na forma de tons de áudio iguais aos de discagem. No FSK (pelo menos no que eu conheço), a identificação é modulada entre o primeiro e segundo toques. Os dois padrões são completamente incompatíveis.]


Um cliente que fez portabilidade para a GVT me ligou para, entre outras coisas, verificar por que os dois BINA dele não funcionaram mais desde a mudança de operadora.

Intrigado, antes de ir para lá fiz uma pesquisa no Google e acabei chegando a este cliente irritado. Foi aí que caiu a ficha. O meu cliente havia me dito que o instalador da GVT o avisara sobre alguma coisa relacionada com "DTMF" mas ele não entendera, nem conseguiu me passar o recado direito. Agora eu sabia.

Chegando lá eu confirmei o problema. O cliente na verdade tem três identificadores:

Os três suportam DTMF e apenas o Ibratele é compatível também com FSK. Mas como este está com defeito (três meses de uso e já não se enxerga quase nada no display) o cliente vai ficar sem BINA até comprar outro aparelho. Por sorte somente o que importa a ele é o ICT-90D (os outros aparelhos tem suporte a  BINA mas ele nunca se importou com eles) e é de substituição barata, pois em SP custa menos de R$ 15 (edit: falta saber se esses de R$15 suportam inserir nomes!). Mas ainda vai ter o aborrecimento de ter que inserir os nomes das pessoas de novo e é um saco fazer isso só dispondo de meia dúzia de teclas.

Por um lado, eu acho realmente decepcionante a GVT não deixar isso bem claro no seu site. Existem conversores de DTMF para FSK aos montes no mercado mas eu ainda não encontrei nada que faça o inverso no Brasil. E em todo o e-bay eu só encontrei este. O usuário pode ser obrigado a substituir aparelhos caros, como a central Gigaset que esse cliente tem (eu também tenho uma).

Por outro lado, eu vejo possibilidades interessantes. Todo mundo que tem aparelho importado encostado com identificador FSK pode agora encontrar quem compre e a maioria dos "voice modems" (pelo menos até a última vez que eu testei) só suportava esse padrão, tornando inúteis softwares interessantes de "voice mail" [edit: em linhas com identificação DTMF]. Quando eu tiver uma linha GVT vou poder voltar a brincar um pouco com essas coisas.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Relé por controle remoto IR com learning QIDUO QD-207


Este review do receptor por infravermelho da DX começou a ser preparado em dezembro de 2008, mas como ainda faltava colocar algumas informações que eu julgava interessantes, deixei para terminar outro dia. Como de costume essa pendência foi atropelada por outras coisas e meu rascunho ficou no limbo por um ano.

Um pedido de ajuda feito no fórum me fez achar melhor publicar do jeito que estava. Quando eu puder ou se houver suficiente interesse, eu detalharei o que fiz para controlar a lâmpada do quarto e um condicionador de ar.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Apareceu um Gravador de DVD. E com HDD, USB, DivX e HDMI!

Em um comentário de outro post o leitor Jeff Jack me deu a dica:

Off:

No CompraFacil.com voltou o Gravador DVD LG RH397H

Acabei de comprar não sei se vai chegar:(
http://www.comprafacil.com.br/comprafacil/pages/viewProduct.jsf?VP=8WaNWYZbhNAKFhuoawcH5PuWIFTlhmpi

Eu chequei e encontrei o gravador em outros lugares, incluindo na FNAC também por R$999 e  nas Americanas por absurdos R$2999.

Especificações no site da LG.

Só agora virei fã do modo "sleep" de economia de energia.

Quem lê atentamente este blog já deve saber que eu uso há anos a hibernação em meus desktops. Sempre foi um modo simples e eficaz de garantir que eu poderia recomeçar de onde parei ao voltar da rua ou acordar no dia seguinte. A hibernação só tem um inconveniente: demora o suficiente para ser incômodo usá-la à toa, só porque eu me ausentei do quarto por meia hora, por exemplo. Esse é mais o objetivo do modo sleep (Em espera).

Por algum motivo (provavelmente experiências fracassadas no passado) eu tinha botado na cabeça que usar sleep só funcionava a contento em notebooks, ainda assim drenando toda a bateria se o aparelho for esquecido nesse estado por várias horas. E minha experiência recente com a minha MSI G31M3 V2 não tinha ajudado em nada a mudar essa idéia, porque uma instalação do Seven que estou testando constantemente colocava essa placa em sleep à minha revelia, mas o consumo de energia ainda ficava em 40W (apenas 10W a menos que o normal).

Mas hoje enquanto eu testava minha nova ECS GF8200A eu me surpreendi quando ela se desligou sozinha, indicando 0W de consumo no PMM2010, mas voltou quase instantâneamente à tela de logon do Windows ao apertar o botão Power. Quando fui checar o que tinha acontecido, constatei que era o Windows colocando a placa em sleep.

Por que a ECS conseguia desligar completamente* e a MSI não, se os dois designs tem a mesma idade? Fui checar as opções do BIOS da MSI e vi que estava configurada para o modo S1. Configurei para S3 e testei de novo. Agora a MSI também desliga completamente* no modo sleep.

* É impossível que a placa esteja desligando completamente, porque o modo sleep requer que a RAM permaneça energizada. Mas o consumo é suficientemente baixo para aparecer como zero no PMM2010, o que significa que deve ser inferior a 10W.

É surpreendente que eu só tenha "descoberto" isso agora (amanhã eu devo descobrir o Brasil também), mas o fato é que só agora eu vou passar a usar o modo sleep nos meus desktops. Ainda pretendo usar hibernação quando for me ausentar por longos períodos, claro, porque o sleep não resiste a uma queda de energia.

Gracinhas do tipo "Bem vindo ao século 21" (sim, anônimo, estou falando com você), serão ignoradas. ;)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O overclock do Celeron E3200.

É muito fácil fazer um overclock no Celeron E3200. A sua freqüência nominal é de 2.4GHz com um FSB de 266MHz. Dá para aumentar bastante essa freqüência apenas mexendo no FSB.

Testes feitos na MSI G31M3-L V2 (MS-7529), usando memória DDR2 800:

Default:
EIST Enabled
FSB 200 (2.40GHz)
FSB/Memory Ratio: Auto (DDR Frequency = 800MHz)

Usei por semanas:
EIST Disabled
FSB 266 (3.20GHz)
FSB/Memory Ratio: 1:1:50 (DDR Frequency = 798MHz)

Não deu certo:
EIST Disabled
FSB 275 (3.30GHz)
FSB/Memory Ratio: 1:1:50 (DDR Frequency = 825MHz)
No primeiro dia, tive dois ou três crashes do Explorer, mas estava em dúvida sobre a razão, mas no segundo dia ao voltar da hibernação deu um STOP 0x000000D1 (DRIVER_IRQL_NOT_LESS_OR_EQUAL) em tcpip.sys, que tenho boas razões para crer que seja culpa do overclock.


O consumo de energia

Isso foi inesperado. A diferença no consumo de energia visto pelo PMM2010 entre o processador operando a 2.4GHz ou a 3.3GHz foi mínima. Apenas com o processador operando a 100% o PMM2010 indicou um aumento de 10W no consumo. De 0 a 50% não há diferença mensurável.

Use como referência minhas medições com o E3200.

Desempenho

Aí a diferença já foi mais fácil de medir. Por enquanto eu só fiz testes com o SuperPI. Todos os cálculos para 8M.

@2400MHz


@3200MHz


@3300MHz


Note que a 3.3GHz o cálculo termina 30s mais cedo. Se eu não me enrolei na matemática isso dá um ganho de 11%. Era de se esperar mais já que a diferença entre as freqüências é bem maior, mas ainda assim muito bom para quase nenhum aumento no consumo de energia.

O consumo de energia de um Athlon X2 5200.

Hardware

  • Placa-mãe ECS GF8200A;
  • Processador Athlon X2 5200 (dual core);
  • RAM DDR2 2GB (1 módulo);
  • HDD SATA 7200RPM 160GB Western Digital WD1600JS;
  • Gravador de DVD LG GSA-H12N;
  • Fonte vagabunda de "600W" modelo ATX-600;
  • Fonte vagabunda de "300W" Clone 15048;
  • Nenhum overclock;
  • Nenhuma ventilação extra.
Eu usei apenas uma fonte de cada vez, claro. Primeiro medi com a de 600W e depois troquei pela de 300W e repeti alguns testes extremos. Não encontrei nenhuma diferença.

Medições
  • Parado no setup, drive aberto: 90 W (temperatura de 40 graus com cooler original);
  • Iniciando o Windows: 110W;
  • Em idle no desktop do Windows (0%): 50W;
  • Em idle no desktop do Windows (0%) com o drive de DVD girando moderadamente: 60W; 
  • Em idle no desktop do Windows (0%) com o drive de DVD girando à toda: 70W;
  • Executando um XviD do HDD (2%): 60W;
  • Executando um x.264, 1280x720, DTS, a partir do DVD (18%): 80-90W;
  • Rodando uma instância do SuperPI (50%): 90W;
  • Rodando duas instâncias do SuperPI (100%): 110W.
Comentários
  • Perceba que mesmo com o Process Explorer indicando um consumo de 2% o consumo de energia subiu 10W ao processar XviD. Imagino que isso ocorra porque quem está fazendo o processamento mesmo é a placa de vídeo onboard;
  • Eu preciso parar qualquer dia para medir se existe diferença significativa entre minhas fontes vagabundas, porque ainda não padronizei a fonte dos testes;

STOP: 0x0000007B - Como resolver sem reinstalar o XP - 3a parte.

Na segunda parte deste texto eu fiquei devendo abordar o que ocorreria nos casos em que o erro STOP 7B-34 ocorre pela falta de drivers específicos para chipsets mais novos que não são suportados pelos drivers genéricos do XP. Este é o propósito deste post.

O problema específico abordado nesta parte só ocorre com instalações em HDD SATA. E vou explicar baseado em um exemplo prático.

Eu estou com uma placa-mãe ECS GF8200A (chipset Nforce 780a) aqui. No setup do BIOS existe um item "SATA Mode select" com três opções:

  • AHCI Mode
  • SATA Mode
  • RAID Mode

No modo AHCI o instalador do XP SP3 nem sequer enxerga o HDD*. Para instalar sem precisar apresentar drivers eu mudei o BIOS para o modo SATA, que instalou sem problemas. Depois de tudo funcionando eu mudei o BIOS para AHCI e o XP deixou de dar boot acusando o erro 7B-34.

* Ele poderia enxergar, se o disco de instalação do XP estivesse com o driver já integrado com a ajuda do Nlite, mas isso é assunto para outra série de textos.

No meu caso eu fiz de propósito e poderia consertar facilmente mudando o BIOS de novo para SATA. Mas usar AHCI tem suas vantagens e isso também pode ocorrer se trocarmos a motherboard por uma sem opções (muito comum em notebooks), daí é bom saber como consertar isso.

A solução simples e direta:

A mesma solução, explicada:

Tenha em mente que tudo o que você precisa é de um arquivo driver e de um arquivo .reg com as configurações necessárias.

A primeira coisa foi descobrir qual o driver necessário. Geralmente é um único arquivo, com extensão .sys. Procurando no CD da motherboard eu encontrei um forte candidato em:

\RAID\AHCI\XP32\Floppy\Disk1\nvgts.sys 

Sabendo qual é o driver e, principalmente, tendo acesso ao disco de instalação do mesmo, quase todo o problema já está resolvido. Porque o resto da informação de que você precisa para criar o arquivo .reg para instalar o driver manualmente está em um arquivo .inf no mesmo diretório.

Na quarta parte deste texto eu explicarei como se usa esse arquivo .inf. Como eu estava com preguiça de criar o .reg eu mesmo, procurei primeiro alguém que já tivesse feito isso, com as palavras "nvgts.sys" e "AHCI" no Google. Cheguei a esta página. O arquivo .reg proposto tem o seguinte conteúdo:

REGEDIT4

[HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Control\CriticalDeviceDatabase\pci#ven_10de&dev_0ad4&cc_0106]
"ClassGUID"="{4D36E96A-E325-11CE-BFC1-08002BE10318}"
"Service"="nvgts"

[HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\nvgts]
"Type"=dword:00000001
"Start"=dword:00000000
"Group"="SCSI miniport"
"ErrorControl"=dword:00000003
"ImagePath"="System32\\Drivers\\nvgts.sys"
"Tag"=dword:00000021
"DisableFilterCache"=dword:00000001

[HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\nvgts\parameters]
"BusType"=dword:00000003

[HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\nvgts\parameters\PnpInterface]
"5"=dword:00000001

[HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\nvgts\Enum]
"Count"=dword:00000001
"NextInstance"=dword:00000001
"0"="PCI\\VEN_10DE&DEV_0AD4&SUBSYS_83321043&REV_A2\\3&2411e6fe&2&48"


Seu autor chegou a ele por outro método: instalou o XP no modo AHCI e exportou do Registro a chave criada (isso também requer saber que chave exportar. Explicarei outro dia).  O arquivo funciona, mas tem informação desnecessária. O mínimo necessário é isto:

REGEDIT4

[HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Control\CriticalDeviceDatabase\pci#ven_10de&dev_0ad4&cc_0106]
"ClassGUID"="{4D36E96A-E325-11CE-BFC1-08002BE10318}"
"Service"="nvgts"

[HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\nvgts]
"Type"=dword:00000001
"Start"=dword:00000000
"Group"="SCSI miniport"
"ErrorControl"=dword:00000003
"ImagePath"="System32\\Drivers\\nvgts.sys"
"Tag"=dword:00000021
"DisableFilterCache"=dword:00000001

[HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\nvgts\parameters\PnpInterface]
"5"=dword:00000001




Você irá notar que isso é diferente do que está no link da solução curta. Lembre-se de meus arquivos .reg são feitos para serem aplicados por edição offline do Registro. O exemplo acima precisa ser aplicado online para funcionar (se não entendeu a diferença ainda, nem tente fazer isso).

Depois que você colocar o arquivo no lugar e aplicar o .reg, o XP deverá dar boot normalmente. Vai faltar apenas instalar os drivers Windows para o chipset. Mas isso é básico e não tem mais a ver com o problema desta série de textos, por isso não vou abordar aqui.

Como você pode entender do meu texto acima, qualquer instalação do XP dando erro STOP 7B-34 pode ser consertada facilmente se já tivermos os drivers e os arquivos .reg para os principais chipsets em nossa caixa de ferramentas. Em um futuro texto eu vou explicar como você pode criar um arquivo .reg desses do zero, bastando ter em mãos o "floppy" de instalação do driver.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sintonizador de TV USB Pinnacle PCTV HD Pro (801e)






Eu ganhei esse sintonizador de um cliente que trouxe dos EUA. Não vou fazer um review completo (O gadgeteer tem um review simples do aparelho, com fotos.) porque não é um produto fácil de adquirir no Brasil e não está à venda na Deal Extreme (a única exceção que faço). Mas para o caso de alguém ter uma oportunidade de importar um (edit: se sair barato) eu vou citar algumas coisas importantes que descobri com o uso:
  • Apesar disso não estar listado em lugar algum e o fabricante deixar explícito que o aparelho é NTSC, o sintonizador também é compatível com PAL-M;
  • Óbviamente, você só poderá usar a parte analógica do sintonizador. Ele também é sintonizador digital, mas para o padrão americano de TV digital;
  • Só tente usá-lo se você tiver um computador moderno e relativamente poderoso.  No Sempron 2300+ ou no mobile Sempron 3400+ (Pavilion DV6110BR) o software acaba usando entre 80 e 100% da CPU e mesmo que você não use o computador para mais nada ainda fica cortando o som. Funciona bem no Celeron E3200, consumindo "apenas" 25% da CPU, divididos entre o software e Deferred Procedure Calls;
  • O sintonizador só precisa  de uma porta USB para operar. Assim seu consumo é limitado a 5Vx500mA=2,5W. Porém como o software impõe uma carga considerável na CPU o consumo real no meu Celeron E3200 é de aproximadamente 10W, medido pelo PMM2010. Edit: Em tela cheia o consumo aumenta mais 10W (Total: 20W). Muito menos que os 130W da Philips Cineos do meu quarto, que pretendo usar apenas para assistir a filmes agora;
  • Funciona também no Windows Seven x86, mas não sem dar trabalho;

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Gravadoras por trás da RIAA processadas em US$60 bilhões.

Pode até não dar em nada, mas é um fato histórico.

O processo está em andamento no Canadá há um ano e foi divulgado esta semana. As mesmas gravadoras por trás da RIAA (que os menos simpáticos à sua causa rotulam de "organização terrorista")  formam a "CRIA" no Canadá e estão sendo processadas por prensar e vender CDs no país sem pagar royalties desde a década de 80, numa lista que chega a, pasmem, 300 mil músicas.

Edit: E cada uma dessas músicas gerou centenas ou milhares de cópias vendidas desavergonhadamente pelas gravadoras sem pagar nada a ninguém.

As contas para se chegar aos 60 bilhões de dólares estão sendo feitas (oh, ironia!) da mesma forma louca que a RIAA usa para calcular danos quando alguém é processado por compartilhar músicas. 

Como alguns canadenses na discussão ocorrendo no slashdot se apressaram a lembrar, as decisões na justiça do Canadá não vão necessariamente se basear nas maluquices alegadas pela RIAA na justiça americana e possivelmente o valor a ser pago será bem menor que o pedido. Mas qualquer que seja o resultado, será muito esclarecedor e provavelmente vai "baixar a bola" da RIAA no resto do mundo. Afinal, desta vez existem evidências de que eles estiveram roubando os artistas que alegam proteger.

Todo mundo sabia disso, mas faltava provar.

Edit: Também vale a pena saber que no mês passado um cantor mexicano botou a polícia atrás da Sony por tentar vender CDs seus sem autorização. A polícia apreendeu 6,397 CDs que, segundo o cantor, a Sony não poderia nem ter produzido.

Edit: Eu havia escrito o RIAA, quando o certo é a RIAA. O texto foi corrigido.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A conexão DVI do Proview AR2238AFJW.

Nota: Eu acho que quando os fabricantes adotam nomes de modelo impronunciáveis e "indecoráveis" como esse temos uma rara situação onde a engenharia teve voz mais ativa que o marketing. E acho que o marketing faz isso só para poder "passar na cara" depois que a engenharia não deveria dar palpites.

No meu post anterior sobre esse assunto eu havia dito que não houvera jeito de fazer o monitor funcionar a 1680x1050 pela conexão DVI com minha Radeon 9550. O que eu esqueci de dizer é que eu já havia feito testes conectando o monitor a um DVD player com conexão HDMI (o monitor vem com um cabo DVI-HDMI) e a conexão nesse caso funciona até mesmo a 1920x1080.

Claro, a resolução nativa do monitor continua sendo 1680x1050. Mas ele aceita o sinal FullHD e exibe a imagem normalmente, provavelmente aplicando um descarte simples de linhas e colunas. O que para mim é bem melhor do que ficar olhando para uma tela preta com a mensagem "resolução não suportada". Apertando o botão Menu o monitor mostra "1920x1080", que é a resolução que está entrando no monitor.

Isso demonstrava que o monitor suportaria 1680x1050 na DVI. Foi por essa observação mais o fato de que eu, pesquisando no Google, encontrei outros proprietários de Radeon 9550 com esse problema e nenhum proprietário de AR2238AFJW fazendo reclamações que eu insistia que o problema era na Radeon e não no monitor.

Hoje eu separei um tempo para repetir meus testes. O meu antigo PC (Sempron 2300+, Radeon 9550, KT6V) foi preservado quando fiz meu upgrade para um dual core, incluindo toda a instalação do Windows (que eu clonei para um HDD maior), então eu poderia anotar exatamente todas as versões de drivers e outros detalhes que poderiam ser importantes, antes de susbstituir a placa de vídeo por uma outra que eu havia providenciado. Mas, para a minha surpresa, desta vez o monitor funcionou a 1680x1050 na DVI da 9550 desde a primeira tentativa.

A única diferença digna de nota entre a situação de antes e a situação agora é que desta vez o PC está dentro de um gabinete. Nota para os novatos no blog: meus PCs pessoais costumam ser bem arejados.

Faz sentido. A falta da blindagem proporcionada pelo gabinete poderia estar impedindo a DVI de operar sem erros na frequência necessária para chegar a 1680x1050. Mas como o nosso amigo, o Método Científico, vive me lembrando que "fazer sentido" não prova nada, retirei a motherboard do gabinete para refazer o teste.  Continuou funcionando a 1680x1050 na DVI.

Conclusão: Além de comprovar que o AR2238AFJW não tem nenhum problema para suportar 1680x1050 em todas as entradas, não cheguei a nenhuma. Por ora eu apenas registrei que caso não seja possível chegar na resolução esperada de um monitor via DVI/HDMI, checar a blindagem. Outro teste que pretendo fazer é espetar uma placa PCI-E com DVI no meu novo PC (que naturalmente não está em um gabinete e herdou a mesma gambiarra do outro) e verificar se o problema se repete.

STOP: 0x0000007B - Como resolver sem reinstalar o XP - 2a parte.

Aviso: Este procedimento funcionou todas as vezes que eu precisei, em situações reais. Porém ainda falta checar o que ocorre caso seja necessário carregar um driver de terceiros para a controladora de discos. Para não atrasar ainda mais a publicação (este texto estava em rascunho desde maio) eu deixarei para falar sobre esse caso específico depois.


A primeira parte deste texto está aqui.  
16/12/09: E agora a terceira está aqui.


A explicação curta:

O que vou explicar adiante pode parecer complicado, mas você verá que se resume a isso:

  • Quatro arquivos para copiar.
  • Um arquivo de registro para importar na instalação defeituosa.
1) Você precisa ter esses quatro arquivos em %WINDIR%\system32\drivers:

  • atapi.sys
  • intelide.sys
  • pciide.sys
  • pciidex.sys
2) É preciso importar algumas informações no Registro, com este (atenção para as instruções!) arquivo .REG. Este arquivo e minhas instruções são uma adaptação das instruções oficiais da MS. O problema das instruções oficiais é que do jeito que estão escritas elas requerem que você tenha também um computador onde esse HDD consiga dar boot. Não funciona nem mesmo com o Console de Recuperação. Você vai notar que meu método é mais "viável" na maioria dos casos.

A explicação longa

Obter os tais quatro arquivos é fácil. Copie para o HDD os arquivos expand.exe e driver.cab do CD de instalação do XP (SP3, de preferência), e no mesmo diretório rode o seguinte arquivo batch:


expand driver.cab -f:atapi.sys C:\
expand driver.cab -f:intelide.sys C:\
expand driver.cab -f:pciide.sys C:\
expand driver.cab -f:pciidex.sys C:\
pause


Substitua "C:\" pelo caminho que for apropriado para você. Esse passo é apenas para obter os arquivos. A restauração não começou ainda.

Já para o arquivo .reg você pode usar este aqui . Mas atenção: este arquivo só vai funcionar se você seguir com atenção minhas instruções.

Para efetuar a instalação dos drivers existem diversos meios. Você tanto pode usar o auxílio de outro computador e colocar o HDD como escravo ou conectar a um case ou dock USB como pode, no computador problemático, usar o Console de Recuperação do Vista/Seven ou algo similar, como um LiveCD Linux. Qualquer meio que lhe seja mais conveniente para acessar o diretório %WINDIR%\system32\drivers da instalação problemática serve.

A parte sobre como colocar os arquivos lá não tem mistério e se você não souber como se faz isso desista: para você será mais fácil resolver reinstalando o Windows.  Na primeira tentativa, não sobre-escreva os arquivos que já existirem. Se não funcionar tente de novo sobre-escrevendo (não será necessário reimportar o arquivo .reg).

Para importar o arquivo .reg é preciso saber editar offline o Registro. O arquivo .reg fornecido por mim requer que você anexe o Registro em um ponto chamado "temp_remover", do contrário a importação não irá funcionar.

 

Se você não entender o que quero dizer com isso, não prossiga. Releia o texto sobre edição offline até entender. Isso pode ser feito com o HDD como escravo ou usando o console de recuperação do Vista/Seven.

Com os arquivos no lugar e o arquivo .reg importado, teste o HDD. Se o problema só for este o Windows deverá entrar normalmente.

Problemas adicionais

Após resolver esse problema, se estiver mudando de uma motherboard Intel para uma AMD você pode se deparar ainda com o erro:

STOP 0x0000007E (0xC0000005, 0xF7656756, 0xF79B142C, 0xF79B1128) 

É muito importante que você tenha isso em mente, porque se o Windows estiver com a reinicialização automática ligada ou se você não prestar atenção ao código do erro você vai achar que o problema ainda é o 7B-34. O erro STOP 7E pode ser facilmente resolvido seguindo estas instruções.

Não deixe de conferir a terceira parte deste texto.

STOP: 0x0000007B - Como resolver sem reinstalar o XP - 1a parte.

O erro BSOD 7B é dividido em quatro categorias, cada uma requerendo uma abordagem distinta. A Microsoft tem uma página sobre o erro tão longa que assusta, mas que ainda assim não explica que essas categorias existem. Eu só descobri que esse erro podia ser categorizado quando esbarrei nesta página, publicada por terceiros, que vou simplificar aqui.

É preciso verificar qual é o segundo parâmetro do erro:
  • 0xc000000e (STATUS_NO_SUCH_DEVICE) - Executar FixMBR resolve na maioria dos casos;
  • 0xc0000010 (STATUS_INVALID_DEVICE_REQUEST) - Só costuma ocorrer quando você está usando RAID espelho em software;
  • 0xc0000032 (STATUS_DISK_CORRUPT_ERROR) - Rodar o chkdsk no volume problemático deve resolver o problema;
  • 0xc0000034 (STATUS_OBJECT_NAME_NOT_FOUND) - Um driver está faltando ou está corrompido.

O primeiro e o terceiro são praticamente auto-explicativos. O segundo é muito incomum (embora eu já tenha me deparado com ele uma vez) e não vou dar atenção a ele agora. Neste texto eu abordo apenas o último,

Exemplos:

Erro ao transferir o HDD de uma MSI 648MAX (Intel) para uma Asrock N61P-S (AMD)

STOP: 0x0000007B (0xBA4C3528, 0xC0000034, 0x00000000, 0x00000000)

Ou de uma Asrock P4VM800 (Intel) para uma ASUS M2N-MX SE (AMD)

STOP: 0x0000007B (0xF79B1524, 0xC0000034, 0x00000000, 0x00000000)

Veja que o segundo parâmetro (0xC0000034) permanece o mesmo, porque o problema é da mesma categoria: faltam drivers. Esse erro é chamado pela Microsoft de "INACCESSIBLE_BOOT_DEVICE", mas daqui em diante vou me referir a esse erro como "7B-34".

O erro 7B-34 é o mais comum de todos e pela minha experiência suas causas podem ser divididas em três:
  • Mudança na configuração no setup do BIOS - Essa é a primeira coisa que deve ser verificada antes de partir para as outras possibilidades. Em muitas motherboards modernas é possível fazer com que o HDD SATA apareça como SATA mesmo ou como um drive IDE. Se o Windows XP for instalado em um modo e alguém mudar o BIOS para o outro, vai dar erro 7B-34 no próximo boot. Basta mudar a configuração de volta para que o erro desapareça. Isso pode ocorrer também "do nada" se, por exemplo, a configuração usada para instalar não era a padrão e por qualquer motivo a motherboard reverter para o padrão. A primeira situação que vem à mente é troca da bateria, mas já muito vi caso de conteúdo da CMOS que se corrompe sozinho. 21/08/11: Configurar de "SATA" para "AHCI" e vice-versa também causa/resolve o problema.
  • Driver ausente mesmo - Acontece em alguns casos quando se troca de motherboard. Note que você pode tentar primeiro o método pelo BIOS para resolver o problema; 
  • Driver corrompido -  Ai não tem jeito a não ser repor o driver.

Como consertar drivers ausentes ou corrompidos.

O modo mais comum e "simples" de resolver esse problema é reinstalar o Windows "por cima" da instalação problemática. Porém esse método tem alguns problemas:
  • Nem sempre é possível - Por exemplo, se o Windows do cliente for corporate e você só tiver à mão um CD da versão OEM ou vice-versa, a opção de reparar ou reinstalar não vai aparecer. Também já vi casos em que o CD do XP SP3 não habilitava a reparação, mas um do SP2 habilitava (eu ando com os dois por causa disso).
  • Updates são perdidos - O Windows será revertido para o estado do CD que você usar. Muitos updates e até service packs inteiros terão que ser reinstalados depois. Isso inclui o Internet Explorer, que reverte para o 6.0;
  • Demora - São pelo menos 30 minutos em um computador rápido. Não é raro uma reinstalação do XP levar uma hora ou mais, sem contar com updates;
  • Reinstalação sempre tem risco (pequeno, mas existe) de não conseguir terminar por causa de um problema ainda mais dífícil de consertar que o erro 7B-34, como o erro "Asms", do qual falarei outro dia.
Por sorte, repor os drivers manualmente é um processo muito simples e rápido, quando você entende como funciona. E isto será explicado na segunda parte deste texto.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Rotação acidental da imagem no monitor.

O cliente ligou para mim no início da noite dizendo que depois de ter apertado algumas teclas que ele não sabia dizer quais eram, a imagem do monitor tinha virado 180 graus e ele precisou colocar o monitor de cabeça para baixo para poder trabalhar. Reiniciar o Windows não adiantava, porque até a tela de logon a imagem ficava certa, mas depois disso invertia. Ele queria saber o que apertar para trazer a imagem de volta ao normal.

Me pegou de surpresa. Que eu saiba, nenhuma versão do Windows tem atalho de teclado próprio para isso. E esse cliente não tinha nada de especial instalado no computador (fui eu quem instalou tudo).

Por sorte eu estava em casa (na rua eu não ia ter uma solução mesmo). Fiz uma rápida pesquisa no Google procurando por gente que tivesse rotacionado o desktop por acidente e encontrei a resposta:

CTRL+ALT+UP -> Devolve a imagem ao normal.

Isso é coisa de chipsets Intel e quem intercepta essa combinação de teclas é um pequeno utilitário da Intel que fica no tray. Quando eu disse ao cliente ele entendeu imediatamente que havia teclado CTRL+ALT+DOWN acidentalmente enquanto fazia outra coisa.

Isso não vale para qualquer situação, e um power user presente no local vai rapidamente descobrir quem é o culpado sem precisar "decorar" esse atalho. Mas se você acha que um dia pode precisar socorrer alguém por telefone, é bom lembrar disso. É muito mais fácil do que guiar por telefone o mouse de um usuário comum.

sábado, 28 de novembro de 2009

Me acostumando com um monitor LCD.

Lembrem-se: eu ainda prefiro CRT. Infelizmente o mercado me deixa sem escolha.

Meu LG T930B (CRT, 19") já havia pifado há algum tempo (problema sem conserto viável) e eu estava preso a monitores de 17" de novo. Para quem estava acostumado a trabalhar a 1600x1200 é difícil re-acostumar com os limites de uma tela a 1280x1024. E para piorar, um por um os meus monitores de 17" começaram a apresentar problemas intermitentes.

Embora os monitores ainda estivessem funcionando, comecei a ficar atento às alternativas (sempre sai mais caro quando você tem que achar com urgência) e um dia esbarrei numa promoção do Hiper Bompreço (WalMart): Monitor LCD Proview AR2238AFJW (22", 1680x1050, DVI e VGA) de R$699 por R$399. E em 12x "sem juros" como é habitual no Hiper.




Eu fiquei desconfiado. 1680x1050 não sai assim "barato" em LCD e a marca Proview nunca me inspirou muita confiança em monitores (apesar de terem fabricado o impressionante DivX player DVP858) . Decidi pesquisar em casa (que falta me faz às vezes uma conexão à internet portátil) e me surpreendi: o preço normal do monitor era mesmo R$700 (à vista) e vi mais de uma pessoa falando bem dele.

Voltei dois dias depois ao Hiper com um vídeo e fotos em um pendrive para testar. Por sorte o PC conectado ao monitor não tinha senha e todos os vendedores estavam ocupados, por isso fiquei livre para fazer testes. Me surpreendi ao não perceber nenhum defeito óbvio na exibição do vídeo, mesmo olhando o monitor por diversos ângulos diferentes. O monitor realmente parecia "valer" os R$700 do seu preço normal.

Comprei e desde julho é meu monitor principal. Até fiz uma gambiarra para remover a base e fixei o bicho na parede (ele não é feito para isso), ganhando toda a superfície da minha mesa (para ampliar a bagunça, claro). Não tenho muito do que reclamar, mesmo usando apenas a VGA. Tentei usar a DVI mas o monitor não se entendeu com minha placa de vídeo Radeon 9550. Pela VGA ela conseguia ir a a 1680x1050, mas pela DVI, não.

Ainda é possível ver artefatos ao exibir filmes que eu não veria no CRT, mas eles não incomodam tanto (até mesmo porque não tenho mais um CRT do lado para comparar) e o grande ângulo de visão me faz até esquecer, durante a maior parte do tempo, que estou em frente a um LCD. Um exemplo típico é a tela do GMAIL: Numa grande parcela dos monitores LCD se eu estiver de pé ao lado do monitor mal consigo distinguir que há uma nova mensagem não lida. No AR2238AFJW  é quase tão "claro" quanto era nos meus monitores CRT.

R$700 ainda é um valor que considero alto mas se eu encontrasse novamente por R$399, compraria outro para usar em modo multi-monitor, sem pensar muito.

Notebook ou Desktop (em casa)?

Essa é uma pergunta que volta e meia alguém (não aqui no blog) me faz. Em geral as pessoas querem comprar um notebook, porque é "bonito", "simpático", "prático", etc. E geralmente é o mesmo tipo de pessoa que jamais usaria o notebook na rua com medo de assalto e quer o notebook para usar apenas em casa.

No meu ponto de vista, é um desperdício de dinheiro. E eu costumo desanimar a maioria (não todos) dos que me fazem essa pergunta quando cito os seguintes problemas:

  • Não importa o quanto os notebooks tenham baixado de preço. Um desktop na mesma faixa de preço é sempre mais veloz ou de "melhor qualidade" no geral.
  • Se não gostar de algo, vai ter que conviver. A tela é ruim? Não dá para trocar. O touchpad é incômodo (eu já vi vários)? Vai ter que usar um mouse externo. Você não se acostuma com o tamnho ou o "feeling" do teclado? Vai ter que usar um por fora. O drive de DVD não lê direito discos gravados em casa? Vá se acostumando, pague uma pequena fortuna por um substituto compatível ou use um leitor externo.
  • A manutenção do hardware é caríssima. Qualquer serviço besta em um notebook numa "oficina especializada" costuma custar não menos que R$250. Já cansei de responder "melhor desistir dele" quando clientes me dizem o orçamento do conserto da placa-mãe do notebook deles. Em um desktop o conserto mais caro ocorre quando a placa-mãe pifa e você é obrigado a trocar processador e memória também. Mas quando isso acontece você paga pelo conserto e leva um upgrade de bônus: sai com um computador que é metade novo e geralmente mais rápido e moderno que o que você tinha. O conserto da placa mãe de um notebook é absurdamente caro e muitas vezes é só um conserto mesmo (ou a troca por outra placa usada, mas funcionando). Você paga caro para continuar com a mesma lata-velha e ainda arriscando pifar outra coisa um mês depois. 
Claro, para algumas pessoas (geralmente quem "pode", financeiramente falando) todos esses alertas entram por um ouvido e saem pelo outro. Elas ficam hipnotizadas pela beleza e praticidade dos notebooks: quase não tem fios, você não precisa ter uma mesa dedicada a isso (requisito de apartamento pequeno), etc. E olha que já foi muito pior, quando monitores LCD externos custavam a metade do preço de um notebook* e você se via obrigado mesmo a usar um CRT (isso, sim, é trambolho). Mas com monitores LCD de qualidade razoável (lembrem-se: no quesito qualidade eu ainda prefiro o CRT) custando R$400, isso deixou de ser um problema. Só falta reduzir o tamanho do gabinete.

*Na verdade, ainda custam. Estou me referindo a uma época não muito distante em que um notebook razoável custava R$5000 e monitores LCD de 15" custavam R$2000.

Mas o mercado não ajuda: há três meses eu tentei encontrar um gabinete slim decente para montar um computador para um cliente e não achei. Mesmo os como esse ainda são grandes demais (profundidade) e caros. Com computadores modernos tendendo a consumir menos e requerendo coolers menores existe um espaço no mercado para gabinetes mais apertados (principalmente no caso da maioria das pessoas que só usa o que vem "onboard" na placa-mãe e nunca vai usar os slots) com fontes também menores que o normal. O gabinete do Pavilion s3320br é um exemplo do que eu procuro. Ele é feito para placas mini-itx (é, quando a placa-mãe do s3320br pifa o dono está ferrado), mas não precisaria crescer muito para acomodar uma micro-ATX.

Infelizmente nenhum padrão de fonte "micro-atx" aparece e quando você encontra um gabinete slim bonito já sabe que se a fonte pifar você vai ter um problema para substituir. Mas, ainda assim, custa mais barato que consertar um notebook.

Eu até consigo entender a atração pelos notebooks porque realmente os desktops, por mais elegantes que sejam, ainda são um trambolho cheio de fios em comparação (lembre-se: se o mercado ajudasse isso poderia ser minimizado). Mas eu só recomendo notebooks para quem vai usá-los fora de casa. Se você prefere notebook porque é mais bonito, vá em frente. Mas ninguém vai me ver sugerindo a compra de um por causa de estética.

Como saber que processo está usando uma porta serial.

Nota: Se você leu o título e pensou "mas quem é que ainda usa portas seriais?" deve ser novo aqui neste blog.

Eu esbarrei no problema fazendo testes com o Windows Seven. Nenhum dos programas para portas seriais que eu tinha (incluindo os feitos por mim mesmo) funcionava, não importando o que eu fizesse. A princípio achei que fosse frescura do Seven, mas fiquei intrigado ao não encontrar nenhuma menção a isso em uma rápida busca no Google.

Será que havia algum processo usando a porta? Não era para haver, porque a instalação era recente e eu não havia instalado nada consciente de que usasse portas seriais. O indispensável Process Explorer me deu a resposta. Basta usar Find - Find Handle or DLL... para procurar por "serial":

Edit: O Seven tem seu próprio meio de ver isso, sem requerer o Process Explorer. Mas falarei sobre isso depois.



\Device\Serial0 é o que costumamos chamar de "COM1", que é justamente a porta que eu não estava conseguindo usar. Basta clicar na linha com o processo para o PEx mostrar o processo na sua janela principal. Lá basta passar o mouse por cima do nome para ver quem é:



Este é o programa que meu sintonizador de TV instalou para monitorar o seu controle remoto. O danado (e por isso eu nem pensei nele) é que o controle é USB e então o programa não deveria estar abrindo minha porta serial.

Depois de "matar" o processo o problema foi resolvido.

Mais tarde eu constatei que o programa tinha as duas opções (USB e serial) e por algum motivo se configurou para a opção errada no Seven. Eu havia instalado o mesmo programa antes no XP, onde ele havia se configurado para a opção certa, por isso nem sabia que existiam opções.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Meus upgrades e as forças por trás deles.

Se dependesse de gente como eu, os fabricantes de motherboards e processadores iam ter que trabalhar muito mais para ganhar dinheiro :)

 "Eu"

Eu não sou rico e não ganho muito. Eu cobro por hora e só trabalho por indicação, por isso tenho poucos clientes (quem pensa que eu uso o blog/site para atrair clientes, está enganado). E como eu resolvo os problemas e ensino os clientes a não terem eles de novo, em geral só sou chamado para resolver problemas novos. O que ganho hoje mal paga minhas despesas fixas mensais, por isso todas as minhas "extravagâncias" saem da aplicação bancária que fiz quando fui demitido em 2006.

Muita gente fica fazendo upgrade de máquina constantemente porque vende o que tem (às vezes como se fosse novo) para renovar a cada x meses. E o upgrade então sai praticamente de graça. Eu não faço isso.

Eu não jogo, não porque não goste, mas porque gosto demais. Apesar de ter "tempo sobrando" (o mesmo que todo desempregado) tenho muita coisa para estudar. Quando eu decido jogar um pouco de starcraft pensando "só por uma hora" acabo passando um dia inteiro. E jogos são a principal força por trás dos upgrades domésticos.

Eu sempre tive muito mais "atração" por coisas mais "exóticas" (e, na minha opinião, mais úteis) como usar três monitores no mesmo PC, do que por poder de processamento. Exemplo real de uma de minhas mesas de trabalho:





História

O meu primeiro grande upgrade ocorreu por volta de 2001. Até então eu usava um Pentium 233MMX com 32MB de RAM com pelo menos uma placa de vídeo Diamond 3D PCI (eu já usava múltiplos monitores nessa época, então eram duas ou três placas de vídeo ao mesmo tempo) e uma monster 3D 2 para jogar. Eu vinha satisfeito com isso e resisti facilmente ao Pentium 2 e ao Pentium 3. O que me levou ao upgrade foi o fato de que é impossível assistir DivX em um Pentium MMX e até então eu não havia experimentado isso.

Então eu fiz o upgrade. Continuei usando a mesma placa de vídeo, mas em um Duron 950 com 128MB de RAM, socket 462.

De lá para cá pequenos upgrades (edit: de vídeo) ocorreram. Quando eu descobri a diferença que a placa de vídeo fazia na exibição de DivX eu fiz a troca por uma AGP, possivelmente Geforce MX200. Ao mesmo tempo a Monster 3D deixou de ser necessária.

Até então eu usava Windows 98SE com dois ou três monitores e estava satisfeito. Nessa época eu já criara o hábito de ter dois computadores, porque achava (e ainda acho) que ter dois PCs "de segunda classe" é melhor que ter um único PC "top". Meu antigo hábito de acumular HDDs me fez comprar uma SOYO Dragon Plus usada (acho que na época uma nova custava R$500) para poder usar suas quatro interfaces IDE. Comprei um processador Athlon XP 1600 para ela.

Em fevereiro de 2004, por necessidade de trabalho (de técnico freelance, pois na fábrica eu nem podia entrar com um) eu comprei um notebook HP Pavilion ZE5375US, baseado em P4 2.4GHz, que já veio com o Windows XP Home. Só não instalei o Windows 98 nele porque não havia drivers. O notebook era a coisa mais rápida que eu tinha até então, mas na maioria das coisas que eu fazia, não fazia diferença frente ao Athlon 1600.

Nota: Em 2002 eu já havia aprendido a detectar e contornar o problema de recursos do Windows 98. E em 2003 eu escrevi o meu software "Keep" para me ajudar nisso. Eu nunca precisei mesmo "reiniciar várias vezes por dia" (uma eterna crítica que fazem a todas as versões do Windows, mas que só do 9x para trás se aplica), mas depois que aprendi a gerenciar os recursos até os crashes "inexplicáveis e aparentemente aleatórios" (sempre em GDI e USER) acabaram. Para mim o 98 era perfeitamente estável e até usei como servidor na fábrica uma vez.

Mas no final de 2004 eu descobri a diferença que o Windows XP fazia na velocidade das IDE (eu nem havia notado ainda a diferença na rede), o que me convenceu a mudar de SO em todos os meus PCs. Isso, claro, porque já havia saído o SP2, removendo vários bugs irritantes. Fui mudando de processador gradativamente, incentivado pelo fato de que o socket 462 ainda não havia morrido e acabei chegando ao Sempron 2800+  em junho de 2006. Nesse mês eu fui demitido (e continuo desempregado até hoje) e se eu já não gostava de upgrades desnecessários, a falta do dinheiro "certo" todo mês me deu mais um incentivo para me adaptar ao que eu tinha. Eu não me lembro por que fiz um downgrade para o sempron 2300+ que estava usando até esta semana, mas não foi por falta de dinheiro. Acho que eu coloquei-o para testes e acabei esquecendo.

Em fevereiro de 2007 meu notebook pifou, me deixando com dois computadores "apenas" (eu estou falando dos meus "pessoais", pois sempre existiram mais PCs na casa). Em algum ponto de 2008 eu me desfiz de um dos computadores (desmontei e vendi algumas peças) para reduzir meu consumo de energia e ganhar espaço na mesa.

E agora fiz o meu upgrade mais significativo desde a mudança de Pentium MMX para Duron 950: Um Celeron E3200 dual core. E minhas razões estão explicadas naquele texto. Como disse o Ygor, não é "uma Ferrari", mas eu nunca quis mesmo ter computadores "top". E a Ferrari de hoje é "upgrade modesto" daqui a um ano.

Com a ajuda de Rafa Librenz, que já ajudou a baratear bastante meu upgrade recente (e necessário) de HDDs, logo eu terei mais um dual core (modesto) para "brincar" :)

Eu nunca...
  • ...cheguei a usar um Pentium 2 ou um Pentium 3. Quando eu cheguei a "ter" essas coisas, até eu já os achava lentos e obsoletos;
  • ...cheguei a usar um Athlon 64;
  • ...cheguei a precisar de "water cooling";
  • ...usei uma fonte que não fosse a mais barata da loja (e nunca tive problemas);
Edit: Também nunca...

  • ...usei o Windows ME
  • ...usei o Windows 2000 (no desktop)

    quarta-feira, 18 de novembro de 2009

    Meia dúzia de BSODs (erros STOP) em um ano.

    Quando eu tive o meu primeiro BSOD neste ano isso foi até digno de uma série de posts sobre o assunto, que começou aqui. De lá para cá ocorreram mais uns cinco. Os dois primeiros ocorreram em outubro, relacionados a win32k.sys, assim:
    • No Google Chrome, exatamente no momento em que cliquei em um link (não lembro qual) desta página.
    • Ao abrir o Google Chrome, quando este tentou recarregar diversas abas (creio que umas 30) que eu tinha abertas na última sessão;
    Cenário
    • Windows XP Sp3, com algumas atualizações posteriores, mas com as atualizações desligadas desde 03/04/09;
    • Google Chrome 2.0.172.43;
    • Win32k.sys versão 5.1.2600.5756
    Aparentemente o problema se corrigiu sozinho (talvez num update do chrome), porque eu não fiz nada e ele sumiu. Edit: eu não fui o único a ter esse problema.

    Os outros três BSODs ocorreram sempre após sair da hibernação e em "xloader.sys", que é um driver instalado pelo meu plextor convertx. Quando finalmente identifiquei isso simplesmente despluguei o convertX da USB enquanto não uso e os problemas sumiram. O imbecil do driver não sabe lidar com a hibernação (que eu uso todo dia no desktop).

    Em resumo: Quatro BSODs foram culpa de drivers mal feitos e dois foram culpa de uma aplicação doida. Sem ter instalado novo hardware ou usado o Chrome teria sido um ano sem BSODs.

    Estou falando "um ano" porque em outubro do ano passado eu tive que reinstalar meu XP por causa daquele maldito file infector.

    Nota: Eu não estou surpreso por ter visto apenas seis BSODs. Eu estou me achando até azarado. Tenho certeza de que muitos usuários Windows (principalmente power users) passam anos sem ver um erro desses em seus próprios PCs.

    Celeron E3200 (dual core): Primeiras Impressões.

    Há muito tempo meu computador principal era um Sempron 2300+, com 1.5GB de RAM. No geral, é uma máquina perfeitamente capaz, mas estava progressivamente "restringindo meus movimentos". O pior dos problemas é nos meus hábitos de navegação: O Firefox com 200 abas abertas fica meio difícil de domesticar, mesmo usando o noscript.

    Então finalmente decidi dar outra finalidade à minha velha máquina e fiz o seguinte upgrade (de resto mantive o que eu já tinha):
    Os seguintes benefícios já ficaram evidentes:
    • O Firefox iniciando com 200 abas consumia 100% do Sempron 2300 por vários minutos (dependendo da velocidade da conexão e conteúdo das páginas). Agora a demora é a mesma, mas a carga é quase irrelevante me permitindo fazer outras coisas enquanto espero;
    • O Firefox em idle no Sempron 2300 dava surtos de 80% da CPU e consumia na média pelo menos 20%. No E3200 o consumo médio desapareceu do gráfico. Os surtos ainda existem e embora cheguem a 30% não estão atrapalhando o resto do meu trabalho como ocorria antes;
    • A própria nevegação está mais rápida. O Firefox renderiza as páginas nitidamente mais rápido agora;
    • Agora um filme x.264 de 1080p consome no máximo 50% (edit: número suspeito. vou investigar) da CPU. No sempron o filme consumia toda a CPU e ainda era "inassistível";
    • O consumo de energia do E3200 é metade do que eu consumia antes. O que implica também em menos calor e menos barulho (agora eu mal ouço o cooler do processador);
    • Operações de cópia nos HDDs consumiam uma quantidade considerável de CPU. Agora nem fazem cócegas;
    • Os HDDs SATA ficaram mais rápidos. Treediff (que uso quase diariamente em testes de integridade) acusa velocidades de pico de 100MB/s no mesmo HDD que nunca passou dos 80MB/s na outra placa. De cabeça, não me lembro de nada maior que 60MB/s, mas aí a diferença fica tão grande que estou duvidando das minhas lembranças. E eu nem estou usando SATA 300 ainda (a antiga motherboard só reconhecia SATA150 por isso todos meus HDDs ainda estão configurados para isso); Edit: Não houve mudança perceptível na velocidade dos HDDs só com a mudança de motherboard e CPU. Eu tive essa impressão porque ainda não tinha testado esses HDDs SATA e estava com os números de um HDD antigo na cabeça;
    • Um problema (suponho que seja na arquitetura) do meu firewall preferido faz com que qualquer atividade de rede gere um consumo exagerado de CPU na forma de DPCs (só é visível usando o Process Explorer). Com o E3200 esse consumo ainda existe e continua alto (uns 20% usando a máxima capacidade da rede), mas não o suficiente para me impedir de fazer outras coisas, como acontecia usando o Sempron;
    • O simples fato de usar um dual core me protege de aplicações (single thread) mal comportadas querendo usar 100% da CPU. O Willem Eprom, por exemplo, não consegue mais usar mais que 50% da CPU, porque está confinado a um core;
    É uma pena que o Windows de 32 bits (não estou disposto a encarar as frescuras do Windows de 64 bits no meu PC principal.) me limite a não mais que 4GB de RAM (3GB na prática). Eu imagino que agora finalmente tenho poder de fogo para fazer um uso decente do Vmware.

    Edit: o Windows Experience Index desta máquina no Windoows Vista SP2:



    E no Seven:

     


    O problema:

    Quando você cria software, ou mesmo fala sobre o assunto, ter uma máquina poderosa é sempre uma faca de dois gumes. Eu não quero que meus leitores ou usuários de meus softwares tenham uma experiência inferior só porque estão com um hardware mais modesto e que de outra forma é perfeitamente aceitável. Eu vou ter que ficar atento a isso, mas inevitavelmente eu vou deixar de notar alguns problemas.

    O consumo de energia de um Celeron E3200 (dual core).

    hardware
    • Placa-mãe MSI G31M3-L V2 (MS-7529);
    • Processador Intel Celeron E3200 2.40GHz (dual core);
    • RAM DDR2 2GB (1 módulo);
    • HDD SATA 7200RPM 250GB Seagate Barracuda;
    • Gravador de DVD Pioneer DVR-115D;
    • Fonte vagabunda de "450W" Bitway LPJ2-25;
    • Nenhum overclock;
    • Um ventilador extra para os HDDs;
    Windows XP SP3.

    Medições
    • Parado no setup, drive aberto: 50 a 60 W (temperatura de 32 graus);
    • Iniciando o Windows: 50W;
    • Em idle no desktop do Windows (0%): 50W;
    • Executando um XviD do DVD (8%): 50W;
    • Executando um x.264, 1280x720, DTS, a partir do DVD (22%): 60W;
    • Executando um x.264, 1920x800, DTS, a partir do HDD (49%): 70W;
    • Rodando uma análise do DVDShrink, usando drive de DVD (10%): 50W;
    • Rodando uma instância do SuperPI (50%): 70W;
    • Rodando duas instâncias do SuperPI (100%): 70W.
    Notas
    • Se você considerar que um HDD consome em média 10W, este conjunto Motherboard/CPU consome apenas 40W em idle e 60W no pior caso. É um desempenho excelente para o que é capaz de fazer;
    • Eu ainda não entendo como o SuperPI nem fez cócegas no Pentium D 805 (achei estranho ainda durante aqueles testes e conferi várias vezes) mas influenciou normalmente esta CPU. Vou investigar isso quando puder;
    • A atividade nos HDDs tem impacto insignificante no consumo de CPU nesta configuração, por isso também é insignificante no consumo de energia (só importa se o HDD está com os discos girando ou não);
    • Segundo isto e isto é muito fácil fazer um grande overclock nesta CPU. Eu irei testar isso um outro dia e medir o impacto no consumo.

    terça-feira, 17 de novembro de 2009

    Basta alguma orientação e ninguém cai nessa.

    Ninguém que tenha pelo menos uma dúzia de neurônios, claro. Nunca subestime a estupidez humana.

    Uma hora atrás eu recebi o seguinte phishing:



    Esse e-mail cai no mais básico dos testes de phishing: Quem mandou nem sabe meu nome, nem nada mais específico a meu respeito. Essa "intimação" poderia ser (e é) destinada para qualquer indivíduo do país sem mudar uma única letra.

    E mais:
    • Eu nunca disse meu e-mail ao MPF ou ao DPF. Aliás, jamais forneci meu e-mail (qualquer um das dezenas deles) para qualquer orgão, de qualquer esfera do governo;
    • Esse tipo de coisa se manda por carta com aviso de recebimento (edit: nesse caso seria mais apropriado o que os Correios chamam de "mão própria") ou através de oficial de justiça. Se fosse mesmo oficial eu iria ignorar do mesmo jeito;
    • Abrir um anexo? Um link para uma página no MPF detalhando o processo seria muito mais digno de crédito.

    Além disso, com um pouquinho mais de cultura você sabe que o DPF e o MPF são duas organizações independentes e de propósitos distintos. Uma jamais mandaria e-mail com o escudo e rodapé da outra.

    segunda-feira, 16 de novembro de 2009

    Desde abril sem usar antivírus. Nenhum problema.

    E é sempre bom lembrar que eu trabalho o tempo todo logado como Administrador.

    Eu desinstalei o Avast em abril porque estava investigando a causa de uma lentidão esporádica no meu PC. Não era culpa do Avast, mas depois de um mês de testes acabei achando melhor continuar assim.

    E eu não fiquei completamente às cegas. Eu mantive meu firewall preferido (SPF) com todas as suas "paranóias" ativas para me alertar para qualquer software querendo me fazer uma surpresa (não houve nenhuma). E nesse meio tempo eu fiz uma meia dúzia de testes de CRC32 com o Treediff para me certificar de que não tinha sido pego por algum "file infector" (meu pior pesadelo) e fiz uma única varredura com o Norton Security Scan. Hoje eu coloquei o meu HDD principal como escravo em um nova máquina e fiz uma varredura completa com o Avast: nenhuma infecção em mais de seis meses.

    Voltei a usar antivírus hoje porque fiz um upgrade que deve tornar a carga do Avast irrelevante (não, por melhor que seja o PC eu não vou usar o Norton).

    E se a carga é irrelevante, não faz mal algum me precaver.

    sábado, 14 de novembro de 2009

    Linus Torvalds é o cara!

    Se metade dos entusiastas Linux tivesse o mesmo modo de pensar do seu criador, a adoção do Linux seria absurdamente maior.

    Stallman e seus seguidores jamais fariam algo assim. Seria mais fácil flagrá-los destruindo um quiosque desses:



    Não, Linus não está endossando o Windows 7. É apenas mais uma demonstração do seu senso de humor e de sua atitude pacífica com relação aos competidores. Clique na foto para ler a estória por trás dela.

    E mais cedo, em julho deste ano, Linus disse para a Linux Magazine que o ódio pela Microsoft é uma doença:
    “Oh, I’m a big believer in “technology over politics”. I don’t care who it comes from, as long as there are solid reasons for the code, and as long as we don’t have to worry about licensing etc issues.
    ...
    I may make jokes about Microsoft at times, but at the same time, I think the Microsoft hatred is a disease. I believe in open development, and that very much involves not just making the source open, but also not shutting other people and companies out.
    There are ‘extremists’ in the free software world, but that’s one major reason why I don’t call what I do ‘free software’ any more. I don’t want to be associated with the people for whom it’s about exclusion and hatred.

    Até mesmo o Linus quer distância dos extremistas. É um indivíduo para se admirar.

    E não, eu não estou dizendo isso apenas baseado nesses dois episódios. Eu já li muitas declarações de Linus ao longo dos últimos anos que me fizeram perceber isso. Incluindo a posição dele em 2006 contra banir do kernel os módulos binários. Ele achou a idéia "míope" e "estúpida" (sim, usou essa palavra). Exatamente o mesmo que qualquer power user Windows querendo adotar o Linux pensaria.

    segunda-feira, 9 de novembro de 2009

    Precauções de um paranóico ao usar clonagem de disco.

    Desde aquela minha enoooorme burrada em dezembro de 2007 eu me tornei paranóico quando o assunto é clonagem de discos. Antes de optar pela clonagem eu sempre dou preferência a outros meios onde eu consigo enxergar o que estou fazendo.

    Quando não dá para evitar a clonagem eu ainda dou preferência à clonagem do disco de origem para arquivo e depois do arquivo para o disco de destino. Esse processo demora no mínimo o dobro do tempo mas é muito mais seguro, porque os arquivos com a imagem sempre são gravados no espaço livre do disco intermediário (seja qual for). E quando você estiver gravando a imagem no disco de destino a origem pode estar bem segura em uma gaveta.

    Se não dá para usar o método com arquivo intermediário (geralmente porque não tenho um disco com tanto espaço livre) e a clonagem vai ter que ser de disco para disco, tomo os seguintes cuidados:

    1) Escolho um disco de destino com tamanho diferente do disco de origem, sempre que for possível escolher. Mas nesses casos eu geralmente tenho condições de usar o método com arquivo intermediário.

    2) Entro no disco de origem e coloco rótulos bem distintivos nas partições. Softwares como o Acronis TrueImage mostram claramente esses rótulos:



    3) Faço um backup para um terceiro disco, usando o Explorer ou o Teracopy, de todos os dados visíveis do cliente (quando eu parto para a clonagem, minha necessidade nunca é copiar dados mesmo);

    4) Nunca deixo na máquina nenhum outro disco que não seja da dupla envolvida na clonagem. Isso eu já fazia antes do desastre, mas as combinações recentes de software e hardware tornaram comum aparecerem na lista de candidatos até discos que você nem sabia que estavam presentes ou que podiam ser incluídos, como pendrives e outros discos plugados nas portas USB.

    Na imagem abaixo eu esqueci de ligar a alimentação de um dos HDDs (quem nunca fez isso começou a trabalhar com manutenção ontem) e o TrueImage incluiu como opção um cartão de 4GB em um leitor de cartões USB e ainda colocou um absurdo "C:" após o rótulo. Imagine que o HDD esquecido desligado tivesse o mesmo tamanho e nas mesmas circunstâncias você lesse "3.693GB" e entendesse "36.93GB".




    Na imagem acima o rótulo do cartão ajuda você a notar que algo está errado, mas veja como fica quando o cartão não tem rótulo:



    Você estaria a meio passo de fazer uma grande bobagem. Basta um pouco de desatenção.

    5) Me certifico de que disco de destino já comece sem partições. O TrueImage, por exemplo, nem sequer deixa você escolher os discos quando um deles não tem partições, porque é óbvio que o que tem partições é a origem. Por outro lado o TruImage não te impede de clonar um disco vazio por cima de um lotado, desde que exista uma partição.

    Depois de todas essas precauções quando eu chego na janela onde o software me diz o que vai fazer eu ainda paro, penso, dou uma volta, olho de novo, vou tomar um café, olho outra vez... antes de ter certeza de que não vou fazer outra estupidez.

    Eu sei que essas precauções acabam sendo redundantes (várias delas, aplicadas sozinhas, podem bastar), mas não há ferramenta de recuperação de dados que conserte uma clonagem errada e quando você está manipulando instalações/dados de clientes, todo o cuidado ainda é pouco. O que eu perdi quando detonei aquele HDD de 40GB eu "procurei esquecer".

    Não dá para esperar que o cliente simplesmente esqueça.

    "Gerenciar" ausente do menu de contexto de Meu Computador.

    Para quem não se lembra, esse item executa "Gerenciamento do Computador" do Windows 2000 em diante.

    Eu geralmente só uso isso quando preciso usar o "Gerenciamento de Disco" (o "FDISK" do XP), porque normalmente eu chego às outras funcionalidades por outros caminhos. E normalmente este item está sempre presente quando clicamos com o botão direito sobre "Meu Computador". É tão "certo" encontrar esse item que eu nunca me lembro que existe outro caminho:

    Iniciar -> Executar -> compmgmt.msc

    Pois hoje eu me surpreendi ao não encontrar o item no computador de um cliente. Tive que olhar umas três vezes para me certificar de que não estava mesmo lá.

    Por sorte, a solução é simples. Depois de duas buscas no Google mudando os termos eu cheguei a esta página, com a solução do problema. Este pode ter duas causas diferentes no Registro (uma deles é geralmente proposital) e para simplificar o autor já deixou disponível um arquivo .REG de correção (simplesmente se guiar pelo texto não basta, pois está incompleto) .

    Basta aplicar o arquivo .REG que o problema é imediatamente corrigido.

    quinta-feira, 5 de novembro de 2009

    Fórum recuperado!

    Sete horas atrás o fórum foi inteiramente restaurado ao estado das 22H do último domingo.

    Durante meus testes para recuperar do backup (o meu, não o do host) eu continuei intrigado com a afirmação do meu host (via "live chat") de que minha conta tinha mais de 50 mil arquivos (inodes, para ser tecnicamente preciso) . Não consegui enxergar como eu pudesse ter mais de 35 mil arquivos antes de ter apagado o fórum.

    Então eu abri um ticket com o suporte explicando minha dúvida e pedindo um maior esclarecimento. Vinte minutos depois o suporte respondeu que eu tinha sim um backup do último domingo e solicitou o preenchimento do formulário de restauração.

    Paguei 15 dólares (eu teria pago centenas!) e indiquei o que precisava ser restaurado. O fórum voltou ao ar às duas da madrugada de hoje enquanto eu dormia.

    Já fiz o backup do banco de dados. E vou providenciar para que isso seja feito automaticamente.

    Edit: Agradeço a todos os que se mostraram solidários e principalmente aos que dedicaram ao menos um pouco de seu tempo (mesmo sem que eu soubesse) nos últimos dias tentando ajudar.

    terça-feira, 3 de novembro de 2009

    Desastre: Fórum apagado.

    Lamento informar a todos que devido a um erro grosseiro meu o fórum foi inteiramente apagado um minuto atrás.

    Quando eu parar de me castigar mentalmente irei começar a recuperar tudo a partir do último backup. Mas não faço a menor idéia ainda de quanta coisa foi perdida.

    Eu peço imensas desculpas a todos os que colaboraram com o fórum e porventura tiveram o seu trabalho perdido (intruder_A6, isso certamente inclui você).

    Edit: Se o único backup do banco de dados que eu tenho for o que eu estou pensando, melhor pedir também desculpas antecipadamente a Zeurt, Jmaraujo e Rictad.

    segunda-feira, 2 de novembro de 2009

    Teste seu pendrive com o H2testw.

    O utilitário H2testw, de autoria da revista alemã de TI C'T, faz o seguinte:
    • Vai criando arquivos de até 1GB, até lotar a capacidade nominal da mídia. O objetivo é ver se realmente o pendrive tem a capacidade que parece ter. Se houver erro ele acusa exatamente até onde conseguiu gravar com sucesso;
    • Lê os arquivos para confirmar se foram gravados corretamente. Mesmo que o pendrive tenha a capacidade que diz ter ele pode ter algum tipo de defeito que corrompa arquivos;
    • Registra a velocidade média de leitura e gravação;
    • Termina com um relatório que pode ser copiado para o clipboard.
    Note que você também pode fazer o teste em outros tipos de mídia, como cartões de memória conectados a leitores.

    Eu vinha fazendo esse tipo de teste usando outros métodos, mais "manuais", mas eu vou passar a recomendar o H2Testw.

    Exemplo do que o programa diz quando o pendrive tem um defeito (11.5MB defeituosos):
    The media is likely to be defective.
    3.7 GByte OK (7947136 sectors)
    11.5 MByte DATA LOST (23680 sectors)
    Details:0 KByte overwritten (0 sectors)
    0 KByte slightly changed (< 8 bit/sector, 0 sectors)
    11.5 MByte corrupted (23680 sectors)
    0 KByte aliased memory (0 sectors)
    First error at offset: 0x0000000000660000
    Expected: 0x0000000000660000
    Found: 0x00000000f7760000
    H2testw version 1.3
    Writing speed: 5.02 MByte/s
    Reading speed: 19.3 MByte/s
    H2testw v1.4

    sábado, 24 de outubro de 2009

    Mais um relato de incompetência do suporte Telemar.

    Nota: este problema parece ser uma repetição deste outro ocorrido há um ano. É na mesma linha telefônica e, se não me engano, os sintomas são os mesmos. No outro quando eu falo "não conecta" eu acho que quero dizer "não autentica".

    O cliente ligou dizendo que desde a noite de ontem (sexta) estava sem internet. Chegando lá constatei rapidamente que o modem acusava erro de autenticação. Testei outras credenciais (outros pares login/senha), de dois provedores diferentes, com o mesmo resultado. Daí concluí ser problema da Telemar.

    Aqui em casa isso é comum acontecer, principalmente nos fins de semana: o modem passa o dia inteiro tentando autenticar e não consegue, mas tudo normaliza sozinho quando começa o horário comercial na Segunda. Em casa eu deixo prá lá. Mas o cliente não me paga por hora para eu dizer "é assim mesmo".

    Já sabendo o que ia enfrentar, liguei para o suporte Velox.

    1a ligação: Fui atendido rapidamente (até me surpreendi). Eu expliquei que só não conseguia autenticar e a atendente me disse que eu tinha que colocar o modem em modo bridge para que ela pudesse ver o código do erro. Achei estranho, mas concordei em desligar, mudar a configuração do modem e ligar em seguida.

    Mas quando fui mudar a configuração me toquei: essa linha é PPPoA! Nunca vi bridge em PPPoA!

    2a ligação: Depois de receber o número de protocolo, o telefone tocou do outro lado uma vez e ficou em silêncio. Depois de esperar algum tempo desisti;

    3a ligação: Mesma coisa da 2a ligação.

    4a ligação: Decidi esperar, mesmo com o incômodo silêncio do outro lado. Eu não cronometrei, mas deve ter se passado um minuto de silêncio até eu ouvir a musiquinha, como se estivesse sendo transferido. Uma mulher atendeu e depois de ouvir a descrição do meu problema disse que ia transferir para o suporte Velox.

    ?!

    Aparentemente o "silêncio" que eu estava ouvindo era um problema da central, que não conseguindo me transferir para o atendimento Velox me transferiu para o atendimento 103 "normal". É interessante ver como uma empresa que vive de telefonia não consegue ter uma central telefônica que funcione. Não falta muito para eu achar que é proposital.

    Um homem atendeu em seguida. Expliquei novamente o problema, sem mencionar nada sobre PPPoA. Aparentemente o indivíduo não sabia o que danado significava "autenticar", porque depois de me pedir para repetir o termo me deixou esperando um tempo (provavelmente foi consultar outra pessoa) e respondeu que problema de autenticação era com o provedor.

    Eu expliquei que testara mais de um par login/senha, com o mesmo resultado. Ele me pediu para testar a senha em outra conexão Velox.

    Notem como sequer existe consistência: cada atendente abordou o problema de um ângulo completamente diferente (e ambos estão errados). Edit: Se fosse inconsistente mas pelo menos fizesse sentido eu até respeitaria o fato deles estarem conseguindo pensar e não seguindo um script.

    Vencido, mas não convencido, disse que ia fazer isso e desliguei. Expliquei ao cliente que ia ter que voltar para casa e testar tudo na minha conexão. Como eu esperava, todas as credenciais que eu testei em casa, incluindo a do cliente, funcionaram.

    Tenho certeza de que o problema é deles, mas já expliquei ao cliente que é mais fácil esperar que o problema se resolva sozinho na Segunda do que conseguir encontrar alguém competente do outro lado da linha. Ele me disse: "se você, com toda a bagagem que tem, não consegue resolver, imagine a situação de um coitado como eu tentando resolver sozinho!".

    É... Encarar o atendimento da Telemar é dureza....