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quarta-feira, 30 de maio de 2007

Conectores do HDD de notebook SATA

ou: Transferindo arquivos de um notebook para um desktop.

Sob condições excepcionais, você consegue transferir arquivos numa rede de 100mbps a até 9.8MB/s. Um HDD IDE de notebook, 4200RPM, moderno mas relativamente lento (Hitachi Travelstar IC25N040ATMR04-0) conectado diretamente a uma porta IDE tem uma velocidade sustentada de 22MB/s (um pouco mais que o dobro). Uma transferência de 30GB de arquivos que levaria (sob condições muito boas) 51 minutos via rede, toma apenas 23 minutos por transferência direta na IDE, com esse HDD.

Com HDDs mais modernos e rápidos (5400RPM, por exemplo), ou para transferências de volumes maiores de arquivos, a desvantagem da rede se torna ainda maior.

Você neste ponto pode pensar em gravar DVDs, mas pense bem: a não ser que você queira desperdiçar DVD-R, vai ter que gravar a não mais que 6X em DVD+RW, o que não passa de 9MB/s (a mesma velocidade da rede). E o DVD ainda terá que ser lido na outra máquina. Uma operação que ocorre, com ótima mídia e leitor, a uns 10MB/s. E a cada 4.7GB você vai ter que estar por perto para colocar outra mídia.

Por isso é que para mim é desejável que eu possa conectar o HDD de meu notebook diretamente no meu desktop de vez em quando. No meu defunto Pavilion ZE5375 o HDD era facilmente removível, numa operação que não levava mais que 10 segundos (é serio, a tampa do compartimento nem tinha mais parafusos) e como vocês viram ontem, meus PCs são horríveis mas tremendamente práticos. Para retirar o HDD do notebook e instalar em qualquer dos meus PCs eu levava mais tempo desligando e reiniciando do que para fazer a instalação.

Eu sei, eu sei... Já estou no quarto parágrafo e o texto ainda não tem nada a ver com o título. Continue lendo que já, já eu paro de enrolar.

Para fazer essa operação é necessário um adaptador, porque o conector de um HDD IDE de 2.5" é fisicamente diferente do de um HDD IDE de 3.5" (um HDD "normal"). Isso não é problema para mim, porque eu tenho dois, mas esses adaptadores são relativamente difíceis de achar e caros.

Mas com a morte do meu Pavilion e a necessidade de comprar outro notebook, veio uma preocupação: notebooks novos estão vindo com HDDs SATA de 2.5". Mesmo que eu consiga um notebook com tudo o que eu quero e cujo HDD seja facilmente removível, como conectar um HDD SATA de 2.5" ao desktop? Meus adaptadores certamente não vão servir.

Por sorte, não é preciso nenhum adaptador. Uma das vantagens do SATA é que os conectores do HDD de notebook são os mesmos do HDD de desktop:


Deu trabalho achar essa foto.
Fonte: The Tech Report

Essa foi uma ótima surpresa para mim. Isso torna ainda mais fácil e mais seguro o meu trabalho, porque os adaptadores IDE para HDD de notebook além de caros são mecânicamente frágeis e instáveis.

Caramba... se não fosse a diferença de consumo esse tipo de coisa permitiria até usar um HDD de desktop temporariamente no notebook. Para comparações de desempenho, testar outro SO, etc.

E para terminar o incentivo, já existem cases (gavetas) USB para HDD SATA de notebook por R$ 76. Mais barato que meu primeiro case USB IDE.

07/09/2010: Para os padrões de hoje, R$76 está caríssimo!

terça-feira, 29 de maio de 2007

Identificando o disco removível

Note que eu prefiro usar o termo "flash drive" como termo genérico para o que a maioria dos brasileiros chama de "pen drive". E vou usar o termo "disco removível" porque engloba tanto flash drives quanto drives IDE conectados a adaptadores USB-IDE, entre outras coisas.

Para a maioria das pessoas, identificar rapidamente um disco removível no Windows Explorer não deve ser problema: um HDD, um drive óptico e o disco removível. Mas meu PC mais carregado, sem nenhum disco removível inserido, já tem hoje 10 unidades. Já foi pior: até o mês passado o meu PC mais carregado era o outro e eu não tinha mais letras no alfabeto disponíveis, pois só um dos seus seis HDDs já tinha 8 partições.

E mais:
  • Meu gravador de DVD é USB e nem sempre está conectado.
  • Eu tenho mais de um flash drive;
  • A maior parte do tempo eu uso 4 HDDs nas IDEs, mas às vezes eu tiro um ou mais deles;
  • O Windows XP tem um comportamento confuso ao atribuir letras de unidade aos flash drives,

Responda rápido: onde está meu flash drive?



Como meio de proteção contra vírus, o Windows não permite o autorun de discos removíveis (pendrive, flashdrive, adaptador USB-IDE, leitores de cartão, etc), mas você ainda pode usar a técnica de Autorun para dar um ícone ao seu disco removível. Isso o Windows permite.

Na imagem abaixo, à direita, dá para identificar imediatamente o meu flash drive de 1GB no meio das outras unidades, por causa do ícone vermelho.



Eu tenho uma série de artigos sobre Autorun, que você pode precisar ler para entender como a coisa funciona. Eu vou colocar aqui apenas um resumo do que é necessário para da um ícone ao seu disco removível.

Você pode usar o mesmo ícone que eu usei. Ele se chama AGENDA.ICO e você pode baixá-lo aqui.


Coloque na raiz do seu flash drive AGENDA.ICO e um arquivo de nome "autorun.inf" com o seguinte conteúdo:

[AUTORUN]
icon=AGENDA.ICO

Retire o flash drive e insira novamente. Ele já deverá aparecer com o ícone. Se não aparecer, você fez algo errado, meus textos sobre autorun podem ajudá-lo a descobrir o quê.

Existem algumas variações que você pode explorar, como colocar o ícone em uma pasta. Para conhecê-las, estude como funciona o AUTORUN.INF.

Note que o ícone vai aparecer mesmo que você use o flash drive em outro computador, porque é uma configuração que é guardada no próprio flash drive. E tenha em mente que se apagar um dos arquivos, o ícone vai sumir!

Dando um nome para o disco removível.

Infelizmente, Autorun.inf não suporta a configuração de um label (nome) para a unidade. Você pode dar um nome para o seu disco removível, mas este vai ser exibido apenas na máquina onde você o configurar.



Basta clicar em cima da unidade, teclar F2 e dar um nome de até 11 caracteres.

O nome será preservado mesmo que a unidade mude de letra sozinha, que é algo que o XP faz com freqüência.

Editado: como eu tenho o hábito de sempre checar o que eu digo, acabo de descobrir que autorun.inf suporta, sim, um nome para a unidade. Basta acrescentar uma linha "LABEL="

No nosso exemplo, autorun.inf fica assim:

[AUTORUN]
icon=AGENDA.ICO
label=PENDRIVE1GB

Uma vantagem adicional desse método é que o nome pode ter até 32 caracteres!

Meus artigos sobre autorun foram escritos quando eu ainda usava Windows 98 e tenho certeza que "LABEL=" não existia na época. Isso deve ter sido introduzido com o Windows 2000 ou com o XP. Vou checar se isso funciona no Windows 9X, mas já testei no XP.

Eu e meu PC com seis HDDs e um gravador IDE

Já que acabei de falar de contrariar o "conventional wisdom", vou registrar aqui uma outra situação onde eu fui recebido com deboche e sarcasmo por afirmar fazer algo que a maioria pensa que é imposível: ter seis HDDs IDE em um único PC.

E não, não é usando adaptadores USB. Todos os HDDs ligados em portas IDE.

Isso é perfeitamente possível quando uma placa mãe tem uma controladora RAID PATA. Ao contrário do que pensa a maioria, não é obrigatório que os HDDs ligados à controladora RAID estejam em um array ( o que a maioria chama de "RAID") para que a coisa funcione. Se você não disser à controladora que quer montar um array com os HDDs, todos continuam operando de forma independente, como os conectados às controladoras IDE normais da motherboard.

Assim, motherboads como a ASUS P4B533-E e a Soyo Dragon podem ter até oito dispositivos IDE independentes.

Eu uso regularmente sete. São seis HDDs e um gravador de DVDs IDE.

Outra coisa que eu digo que faz alguns acharem que eu estou mentindo é que eu penduro isso tudo na fonte de PC genérica mais barata que eu puder encontrar. Fonte de 400W reais (e R$200+)? Para quê, se uma Satellite de 350W "irreais" (e R$35) segura tudo o que eu tenho de forma perfeitamente estável?

Mais sobre isso, incluindo fotos do equipamento e o suposto "entendido" debochando de mim, nesta página do forumpcs.


Nas fotos a fonte é uma VCOM de 400W, mas era uma Satellite de 350W antes dela e agora é uma Satellite de 350W de novo (eu queimei a VCOM fazendo uma grande bobagem, que comentarei outro dia).

[30/05] Fotos do mesmo PC hoje, dando destaque à ventilação dos HDDs e gravador feita por um ventilador de 12cm Nework de 220V/17W. Apesar da distância, até o HDD mais distante recebe sua cota de ventilação.




O mito da necessidade de estabilizador nos computadores.

Estabilizador de computador só estabiliza mesmo é o lucro do vendedor.

Disso eu sei há muito tempo. Há pelo menos 10 anos eu só recomendo estabilizador quando é uma forma prática (já vem com fusível, chave, tomadas, caixa e luzinhas) e barata de reduzir os 220V de nossa tensão de rede (Recife) para os 110V que muitos equipamentos requerem. Se não há nenhum equipamento que requeira 110V, ligo direto na tomada ou no no-break (quando o caso exige um).

Infelizmente essa é uma visão que contraria radicalmente o "conventional wisdom" no Brasil. Até mesmo nas assistências técnicas a primeira coisa que o "técnico" pergunta quando o micro chega com problemas é se você está usando estabilizador. Se estiver na garantia, é melhor que esteja (ou que você minta), porque é capaz da loja querer negar o conserto se souber que você não usa.

Mas a verdade mesmo é que, se você não precisa rebaixar de 220V para 110V, o tal "estabilizador" mais atrapalha do que ajuda.

A fonte do PC, por mais vagabunda que seja, é uma maravilha técnica, comparada com o estabilizador. Ela mesma se estabiliza, muito mais rápido e com uma precisão muito maior;

Eu tentei dizer isso há dois anos no forumpcs, mas fui agredido verbalmente. Hoje percebo que já existe gente competente entrando no combate ao "mito" de que estabilizador é um item importante. Neste tópico, que tem apenas 30 dias de publicação, o usuário Faller do forumpcs dá uma explicação muito boa e bem didática do motivo pelo qual você deveria dispensar o estabilizador.

Outros tópicos interessantes do forumpcs onde se discute o assunto e eu participei. Nestes haviam outras pessoas com a mesma opinião que eu:

Neste eu falo sobre filtros de linha e varistores
http://www.forumpcs.com.br/viewtopic.php?t=123676

Este é um debate sobre estabilizadores e sua ineficácia geral
http://www.forumpcs.com.br/viewtopic.php?t=127671

Este é novamente sobre filtros de linha e varistores
http://www.forumpcs.com.br/viewtopic.php?t=128255

Receita Federal patrocinando o Mercado Livre

Essa eu flagrei hoje de madrugada quando acessei o ML. O anúncio é uma animação em flash anunciando a fusão da Receita Previdenciária com a Receita Federal.



No mínimo, inusitado. :)

segunda-feira, 28 de maio de 2007

E o google pensou que meu blog fosse um "Spam Blog"

Há algumas semanas, eu precisei fazer um teste que me fez logar em umas cinco contas Google diferentes em um curto espaço de tempo (menos de uma hora). Como resultado imediato e inesperado disso, o Google disse que meu blog estava sob suspeita de ser um "Spam Blog" (ou "splog") , que é um tipo de blog onde os artigos são falsos/roubados e usados únicamente para enganar os engines de busca como o próprio Google.

Como o Google se baseia em "Page Rank", quanto mais links um site tem para ele, mais alto aparece nas buscas, por isso umas das técnicas do spammer é criar vários splogs com textos roubados de terceiros que fazem links entre si e/ou para sites de afiliados.

Em 24H estava tudo resolvido. Bastou que eu solicitasse uma inspeção para que um funcionário do Google em menos de um dia desse uma conferida em meu blog e removesse meu status de "possível spammer".

Tremedeira na Radeon 7000 LE

No final deste outro post eu cheguei a comentar que o arranjo temporário que eu havia feito para substituir minha Radeon 7000 VE Dual Head funcionara, mas com um leve tremor na imagem que não chegava a incomodar.


ATI RADEON 7000LE - 64T

O que eu deixei de mencionar é que às vezes esse tremor parecia proporcional à quantidade de processamento na máquina. A maior parte do tempo não se percebia nada, mas de vez em quando dava uma sacudida maior e ficava assim por um tempo. Parecia ocorrer também quando eu movia janelas com o mouse.

Pois um dia antes da minha Radeon 9550 chegar, esse tremor passou subitamente a uma tremedeira lateral incontrolável, maior que a pior manifestação dos dias anteriores, que estava atrapalhando bastante a leitura. Mesmo sem nenhuma atividade extra na máquina ou qualquer interação minha. Até a tela de login do XP estava tremendo absurdamente.

Eu ainda não sei o que aconteceu, mas com a Radeon 9550 a imagem fica perfeitamente estável, e quando coloco de volta a 7000 LE, a imagem volta a tremer de forma inaceitável.

eMule não é para essas coisas...

Eu conheço um cara que procura tudo de que precisa no eMule. Pacote de codecs? baixa pelo eMule. Um Media Player? baixa pelo eMule também.

Acho que até driver de impressora HP ele baixa com o eMule.

Eu já avisei para ele que essas coisas (principalmente pelo fato de serem executáveis) ele deveria baixar de fontes conhecidas (até mesmo porque existem fontes oficiais para essas coisas), para não aumentar o risco de se infectar, mas não adianta. Ele diz que é mais fácil achar no eMule.

Não é à toa que de vez em quando ele tem problemas com vírus, mesmo sendo uma pessoa que usa pouquíssimo o computador e sem ter filhos adolescentes.

domingo, 27 de maio de 2007

Perguntas "difíceis"

Com cerca de 300 visitantes por dia no meu blog e 2000 no site, é inevitável receber todo tipo de questionamento. Eu gosto de perguntas difíceis, mas algumas são "difíceis" por motivos que eu não consigo apreciar.

Por exemplo, como responder à seguinte pergunta:
Como vai?, eu entrei em tua pag pessoal a procura de drivers do cambrigde soudworks o meu model é o fps 1500 vc poderia me dar alguma dica?

Deixando de lado a redação, que me obrigou a ler duas vezes a mesma frase, esse é o tipo de questionamento tão absurdo que me faz perder tempo fazendo uma busca com o Google só para me certificar de que eu ainda estou no mesmo universo em que estava na semana passada.

Eu geralmente nem respondo, mas às vezes eu abro exceções
xxxxxxx,

Nunca ouvi falar de drivers para caixas acústicas.


[29/05] A propósito, meu review que o incentivou a mandar o e-mail foi este aqui, do Cambridge Soundworks.

sábado, 26 de maio de 2007

Problemas com WMV na ATI Radeon

Eu comecei a testar minha nova Radeon 9550 (mais sobre isso depois) e de cara já encontrei um problema. A imagem fica assim todas as vezes que rodo um filme Windows Media Video:



Procurando por "wrong colors wmv radeon" encontrei várias pessoas com o mesmo problema e algumas soluções. Esse problema não afeta apenas a ATI e em pelo menos um caso essas cores estranhas assombraram um proprietário de Nvidia, que resolveu o problema atualizando o driver.

O driver que veio com minha placa foi a versão 6.14. Como baixar o ATI Catalyst mais recente (7.74, driver 8.36) ia levar um tempo considerável ocupando toda a minha conexão discada (umas duas horas), fiz um "downgrade" com um driver antigo que eu tinha aqui, mas nada mudou.

Continuei procurando e encontrei outras soluções:
  • No Windows Media Player (WMP): Ferramentas - Opções - Desempenho: reduzir a aceleração de hardware. Funcionou, mas só vale para o WMP. Certamente deveria funcionar se eu fizesse uma redução global da aceleração no driver, mas qual é a vantagem de se comprar uma placa de vídeo melhor e usar sem aceleração? E por que eu faria algo que afetaria todo o vídeo quando o problema é so com WMV?
  • No Catalyst Control Center (CCC): desmarcar a opção "Windows Media Video Acceleration" - Me pareceu uma solução muito melhor, mas não consegui encontrar essa opção em nenhuma das duas versões do CCC que eu havia instalado.
Então eu encontrei um usuário que disse: "use a barra de rolagem para encontrar a opção...". Mas que barra de rolagem?

E não é que havia uma mesmo?



Eu não vira essa barra de jeito nenhum, mas perceba que ela é muito parecida com os elementos decorativos.

Desmarcar a opção "oculta" realmente consertou a exibição dos WMV:



Eu não fui o único a não ver a barra. Um outro usuário no mesmo fórum também disse que não havia achado a opção por conta disso e aparentemente a ATI notou o problema, porque a versão mais recente do CCC adotou um visual mais "claro".



Essa barra de rolagem eu vi imediatamente, mas eu já estava procurando por ela, mesmo :)

A propósito, a imagem acima é do CCC do Catalyst 7.74, que já baixei e instalei. Mas nada mudou e foi preciso manter a opção desmarcada. Na verdade houve uma única diferença: dessa vez eu precisei reiniciar o PC para que desmarcar a opção fizesse efeito.

O engraçado é que esse problema está sendo reportado desde 2005 e é estranho que não tenha sido corrigido ainda. Pode ser uma combinação de fatores no meu PC, já que eu não atualizo software "por atualizar" e meu WMP ainda é o 9 (que vem no XP).

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Mais uma novidade do GMAIL

Se você é usuário, já deve ter notado. Se você não é usuário, é mais um bom motivo para ser. O GMAIL dobrou o limite do tamanho de cada anexo. De 10MB passou para 20MB.

E caso você ainda não saiba, não é mais preciso ter um convite para abrir uma conta GMAIL.

E o decodificador DSD-5100 virou lenda...

Para quem não conhece (eu imagino que a maioria, porque o bicho é raro mesmo), o Dynacom DSD-5100 é um pequeno aparelhinho com uma única utilidade: transformar uma saída coaxial digital de DVD player em 6 (5.1) saídas analógicas.



Não reclame da foto ruim. É a única que se conhece do dinossauro.
[27/05] no fórum do DVP5100 existem imagens melhores!

Ele podia ser encontrado há uns dois anos no Mercado Livre e na Atera, porém todos os rastros do aparelho na Internet parecem estar sendo apagados com o tempo. Até a página na Dynacom foi apagada. É como se nunca tivesse existido.

Dá até para desconfiar que a Dynacom foi obrigada a fazer mesmo de conta que ele nunca existiu. Uma das poucas menções ao bicho que ainda resistem é esta página do HTFORUM.

Um leitor me mandou um e-mail perguntando sobre esse tipo de aparelho e eu falei sobre o extinto Dynacom. Ele ligou para a empresa e lá disseram que "saiu de linha", mas que eles pretendem lançar outro semelhante.

Vamos ver. Mas vender um troço desses hoje vai ser mais difícil, porque há dois anos ele até podia custar R$220 (o preço no ML), porque era uma época em que bons DivX players custavam R$500 e apenas os Pioneer tinham saídas analógicas. Só que hoje você já encontra bons aparelhos com saídas analógicas (e todo o resto, como o Proview DVP 858) por menos de R$200, com nota fiscal e garantia.

Eu não pagaria nem R$100 pelo novo modelo, se é que vai sair.

domingo, 20 de maio de 2007

A maioria mostra pacotes, mas alguns mostram bytes.

Quando você exibe uma janela de Status de Rede no XP, na maioria das vezes vai ver algo assim:



Note que a atividade é medida em "pacotes".

Mas no meu PC principal, o que se vê é isto:



Note que desta vez a atividade é exibida em "bytes". As duas figuras acima são dos meus dois desktops logo depois da transferência de um arquivo de 1.7GB de um para o outro. Note como a segunda imagem mostra um número mais "útil" que a primeira (ambas mostram a mesma atividade, de formas diferentes).

nota: o número de bytes reportado é bem maior que número de bytes dos dados transferidos, mas isso é assunto para outro post.

Eu gostaria que todos os meus PCs mostrassem essa atividade em bytes, mas segundo este artigo da Microsoft, o que aparece no frame "atividade" é decidido exclusivamente pelo adaptador de rede usado. O Windows não tem nenhum controle sobre os números dentro desse frame.

A propósito, meu adaptador de rede que exibe em bytes é da VIA, driver fetnd5.sys versão 2.66, embutido na minha motherboard MSI MS7021 (KT6V). Os outros quatro computadores da casa usam SIS900, RTL8139 (duas) e Intel PRO/100 VE.

sábado, 19 de maio de 2007

MviX MX-760HD agora suporta NDAS



Uma das grandes deficiências do MviX era a rede ser unidirecional: O MviX acessa arquivos na rede, mas a rede não acessa arquivos no MviX. Isso mudou no último dia 15, quando a MviX liberou um novo firmware com suporte a NDAS.

É melhor do que nada, mas eu ainda prefiro um aparelho que não requeira a instalação do software exclusivo da Ximeta no meu PC para ser acessado. Para tornar ainda menos atraente o upgrade, os proprietários que já testaram a velocidade reportam taxas de 1.8MB/s ou menos.

Decepcionante, para um aparelho que conta com a flexibilidade do Linux.

Eu suponho que a opção por NDAS se deva ao fato de que por um deslize no projeto sobrou pouco espaço na memória flash do aparelho para programar um servidor completo e a solução NDAS tem um "footprint" menor que uma NAS, principalmente se você precisar implementar um servidor CIFS/SMB (redes Microsoft). Já tem gente tentando programar um servidor FTP no aparelho, mas uma das dificuldades é a falta de espaço. Vamos ver se o próximo modelo da MviX corrige isso.

A propósito, o MX-760HD continua custando R$840 no Mercado Livre. Um outro vendedor está vendendo um pacote com o MviX e um drive externo firewire por R$ 3499. Coisa prá louco, na minha opinião (e já houve quem comprasse).

Mais sobre o MviX no meu primeiro post sobre ele.

A bandeja "the flash"

Hoje eu decidi resolver o problema de um leitor de CD Creative CD5233E (52X) que fechava a bandeja imediatamente após abrir. O único jeito de colocar um CD no drive era segurar a bandeja, o que não é nada bom para o motor e o restante do mecanismo de abertura.

Todo drive óptico possui pelo menos um sensor (se existem exceções eu não vi ainda), que serve para detectar que a bandeja está totalmente aberta. Muitos drives tem também um segundo sensor, para detectar se a bandeja está totalmente fechada. Esses sensores costumam ser micro-chaves, por ser o tipo mais barato de sensor. Dependendo do projeto mecânico, as duas microchaves podem estar montadas em uma única peça, mas o mais comum é que sejam unidades distintas.

Acontece que o sensor que detecta se a bandeja está totalmente aberta tem dupla função: ele também é o responsável por detectar aquele empurrãozinho que você dá na bandeja para fechá-la, sem ter que apertar o botão EJECT. A condição normal dessa chave é "aberta" e quando a bandeja está totalmente aberta a chave se fecha. Quando você dá um empurrãozinho na bandeja isso é o suficiente para abrir a chave e a eletrônica no drive então entende que é hora de fechar a bandeja.

Por que a bandeja do Creative estava fechando sozinha? Simples. Os contatos da microchave oxidaram e o contato estava ruim. Quando a bandeja abria totalmente, a chave fechava mas o mau contato fazia com que por uma fração de segundo o contato se desfizesse e isso era o suficiente para o drive "pensar" que o "empurrãozinho" estava sendo dado e fechar a bandeja.

Com a ajuda de um multímetro daqueles com testador de continuidade sonoro foi fácil perceber o problema, porque ao fechar a chave o som não ficava contínuo de jeito nenhum, mesmo tentando várias vezes.

Por sorte, essa microchave é do tipo aberto e bastou passar a ponta de uma tesourinha de unhas nos contatos até retirar a crosta escura que havia se formado para os contatos ficarem brilhantes novamente. O teste de continuidade sonoro já mostrou o sucesso da operação mesmo antes de fechar o drive. Se a microchave fosse selada, o conserto não seria viável, mas também é possível que ela não tivesse oxidado.

Abaixo, o CD5233E com a tampa removida e a bandeja aberta, exibindo a posição da chave. Não espere que a chave esteja no mesmo local em um drive diferente, porque cada fabricante faz do jeito que acha mais apropriado.



Detalhe da chave, já com os contatos limpos:



Agora o drive funciona normalmente.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

NDAS versus NAS

A Macpower, que oferece produtos NAS e NDAS, tem uma tabela comparativa que mostra as diferenças. A única vantagem do NDAS para mim é que ele realmente é mais rápido que o NAS Landrive, que parece ser o mais barato do mercado.

Existe uma outra vantagem sobre o Landrive: NDAS suporta NTFS, FAT32 e HFS+, mas isso é de menor importância para mim.

O resto é desvantagem.

Note que isso mostra que NDAS tem certas vantagens comparado com aparelhos NAS baseados em chip RDC-R2882, mas não sobre qualquer aparelho NAS.

Vipower VPA-3528net




O NAS da Vipower é o mais barato que eu estou encontrando à venda no Brasil. Lendo o manual e observando o exterior do produto, destaco o seguinte:
  • Tem porta Ethernet e USB, mas não pode usar ambas ao mesmo tempo;
  • Usa fonte externa de 12V. Ainda não consegui apurar o consumo do aparelho;
  • Tem servidor DHCP interno, que pode ser desligado. Você também pode definir um IP fixo para o dispositivo ou configurá-lo para que busque um IP no servidor DHCP já existente em sua rede (seu roteador, por exemplo);
  • Suporta acesso por FTP (até 5 usuários ao mesmo tempo) e CIFS/SMB (redes Microsoft);
  • Possui modo de economia de energia, mas não está claro como este funciona;
  • Suporta FAT32;
  • Configuração por browser;
  • Você pode configurar um hostname para o aparelho. O default é ser acessível por "http://storage";
  • Pela rede, a raiz do aparelho não aparece. O aparelho cria por default uma pasta chamada PUBLIC. Você pode criar outras pastas para compartilhar usando o browser e pode até dar senhas induviduais para cada pasta. Muito importante quando você quer separar o que você e seus filhos podem ver no servidor;
  • O manual não dá nenhuma dica de que você pode usar o "$" no final do nome da pasta para que ela não apareça no Ambiente de Rede (muito útil para esconder aquele "material educativo" que você não quer que sua esposa ache). Só testando;
  • Aparentemente você não pode definir que pastas são somente leitura. Essa funcionalidade só existe se você usar acesso por FTP;
  • Suporta 48-bit LBA, sendo compatível então com HDDs até 2TB;
É importante mencionar que a propaganda oficial cita que o aparelho é um NDAS e o manual faz referências a "Netdisk" (um termo usado pela Ximeta para designar seus aparelhos), mas o Vipower não é um NDAS.

As telas de configuração do aparelho mostradas no manual mostram que ele é um "Landrive", que é um NAS que tem diversos clones. As páginas mais interessantes que encontrei sobre o aparelho foram:

24/05/07: CUIDADO! Os arquivos nesta página supostamente são úteis para o Landrive, mas o AVAST detecta que estão infectados. Esta é a única página do site, o que faz desconfiar que é mesmo uma arapuca.

Outras coisas que apurei;
  • Quando você conecta o cabo USB a interface de rede é desligada automaticamente;
  • Aparentemente, o chip que controla a USB é diferente do chip que controla a rede e ambos são completamente independentes, mas não podem ser usados ao mesmo tempo.
  • Auto-mdi/mdx (suporta cabos de rede diretos e crossover);
  • O jumper do HDD precisa estar configurado para Master para ele aparecer na USB. Isso não é necessário para a interface de rede;
  • Você pode acessar o drive via FTP até pela Internet, desde que seu roteador esteja com as portas 20 e 21 abertas para o Landrive;
  • Os arquivos de configuração do aparelho (nomes das pastas compartilhadas e suas senhas, usuários FTP, etc) são colocados na raiz do HDD, dai a raiz ser ocultada no acesso via rede, mas aparecer pela USB;
  • Diferentes usuários reportaram velocidade máximas via rede entre 1 e 4MB/s;
  • Com o mesmo drive que não passa de 4MB/s via rede, a comunicação é de 25MB/s via USB. É possível conseguir 37.5MB/s pela USB, como visto neste review;
  • A velocidade por FTP pode ser maior que a por CIFS/SMB, mas não passa dos 4.3MB/s;
  • Apesar de ser FAT32, suporta arquivos maiores que 4GB, mas faz isso através de um truque, onde o arquivo é dividido transparentemente em pedaços de 4GB, mas aparece pela rede como um único arquivo com o tamanho original;
  • Suporta nomes longos normalmente, apesar do manual falar em um limite de 12 caracteres;
  • Se a formatação do HDD for NTFS, será visível pela USB, mas não pela rede;
  • Já existem dois modos conhecidos de se salvar uma instalação de firmware que deu errada. Esta, que é feita apenas por software, e esta, que requer mexer com o circuito. O PDF do último link inclui fotos internas e outras informações interessantes, incluindo a existência de uma porta serial no chip;
  • Até agora a única modificação que se sabe fazer no firmware é uma personalização na interface web, que qualquer um pode fazer usando a HTML Compile Tool;
  • Nem todos vem com ventilador. Os que não vem precisam ter um case metálico para ser usado como dissipador de calor. Nem sempre o ventilador é vantajoso porque pode ser muito barulhento;
  • O Landrive não é baseado em Linux, como o aparelho do meu post anterior;
  • Você pode usá-lo como storage para o XBOX e fazer streaming com o XBOX Media Center;

Algumas especificações eletrônicas:
  • CPU: RDC R2882 (16bit NPU);
  • OS: uC/OS II - 16bit RTOS, compilado com Paradigm 6.0 16 bit;
  • Memória: 2MB SDRAM - Como comparação, o aparelho citado no meu post anterior que tem suporte a torrents, tem 64MB de RAM;
  • Flash: 512KB NOR - Onde é armazenado o firmware.

Na minha opinião, se você já está disposto a gastar R$ 120 em um case USB-IDE, gastar R$250 em um NAS vale a pena, se você tem uma rede em casa ou na empresa;


Alguns clones:




MacPower M9-Lan



Bonatech LD-350 Mentor Sharing-Drive



Mapower MAP-KC31N



Conceptronic CHD3LAN
Ritmo Lanserver


19/05: Eu escrevi no texto duas vezes "Landisk" e duas vezes "Landrive". O correto é Landrive. Já corrigi.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Network Attached Storage (NAS)

Você pode nunca ter ouvido falar desse termo ou da sigla, mas ainda vai ver muitas referências a isso, principalmente aqui no blog.

Network Attached Storage (Armazenagem Anexada à Rede) é, simplificando, o nome dado a qualquer dispositivo conectado diretamente à rede que funcione exclusivamente como servidor de arquivos. A exclusividade é para garantir a confiabilidade e o desempenho, já que não vai haver nenhum programa ou processo rodando que nada tem a ver com a finalidade desejada: guardar arquivos.

Note que para se encaixar na definição de NAS o tal dispositivo tem que ter no mínimo uma porta de rede qualquer e usar protocolos de rede padrão.

É claro que na prática e para uma rede doméstica tudo o que o usuário quer é um servidor de arquivos e se este se qualifica como NAS ou não, isso costuma ser irrelevante (sua casa não é a rede das Casas Bahia, então correr atrás de 101% de confiabilidade é bobagem) . Até um PC qualquer rodando Windows 95 serve, porque não adianta ser neurótico por confiabilidade se o PC não está em um cofre e até o seu gato pode tirá-lo do ar puxando a tomada (o gato de um amigo meu faz isso de vez em quando com o PC dele).

Se você precisa da confiabilidade, existem soluções baseadas em *nix, pagas e gratuitas, como o FreeNAS (baseado em FreeBSD, que parece Linux mas não é) e até Windows: o Windows Storage Server 2003 (só a versão Express Edition é um NAS propriamente dito). Eu já fiz testes com o FreeNAS e fiquei um tanto decepcionado com os resultados, mas não descartei a idéia ainda e pretendo fazer mais testes e falar sobre isso um outro dia aqui no blog. Com o Windows Storage Server eu nem vou tentar, porque deve ser caro demais como servidor. Nessa área o Linux ainda é imbatível para mim.

Até bem pouco tempo atrás, o único jeito barato de ter NAS era aproveitar um PC velho. O maior problema do uso de um PC nessa tarefa é o consumo de energia, seguido pelo tamanho exagerado e em terceiro a configuração demorada. Mas isso está mudando.

NAS portátil, do tamanho de um drive de DVD

Eu já sabia que existia no exterior, mas não tinha achado por aqui ainda. São dispositivos do tamanho de uma gaveta USB-IDE comum, onde você pode instalar um HDD IDE, plugar diretamente na sua rede e configurar via browser, como se configura a maioria dos modems ADSL de hoje. Hoje eu fiz uma nova pesquisa e descobri que no Mercado Livre já existe uma opção relativamente barata à venda: o Vipower VPA 3528net, que custa a partir de R$250. Eu tenho muita coisa para dizer sobre esse NAS, por isso farei em outro post.



Mas antes que você se empolgue, é importante que você tenha em mente alguns detalhes sobre esses dispositivos que você precisa pelo menos procurar nas especificações ou em reviews, para não se decepcionar:
  • Velocidade: A velocidade máxima, estável, que eu consigo em uma rede 100Mbps com Windows XP, é de cerca de 8MB/s (80% da velocidade máxima teórica). Esses dispositivos podem ser tão lentos quanto metade disso (4MB/s) ou menos. Como comparação, a velocidade máxima que já tive (segundo me lembro) com USB foi de 25MB/s e com um HDD ligado diretamente à IDE: 50MB/s. 4MB/s são mais que suficientes para se assistir a um DivX direto do NAS, entretanto.
  • Sistema de arquivos no HDD: Alguns dispositivos suportam FAT32 (e apenas FAT32) enquanto outros precisam ser formatados em seu formato específico, geralmente um formato suportado apenas pelo Linux. Se você é como eu e quer ter a opção de remover o HDD do case e anexar diretamente à porta IDE do PC para acelerar a movimentação de arquivos, isso pode ser um grande problema.
  • Economia de Energia: É interessante checar se o HDD é desligado automaticamente após X minutos de operação sem nenhuma solicitação. Um HDD consome pouco (cerca de 10W, o que dá uns R$4 por mês na conta de energia para uma operação 24H), mas se ele não precisa ficar ligado as 8 horas da noite enquanto todo mundo na casa está dormindo, para que deixar o bichinho esquentando? :)
  • Se o dispositivo é realmente NAS: Cuidado. NAS não requer drivers, porque usa protocolos padrão. NDAS é uma variação de NAS, exclusiva da Ximeta, Inc, que supostamente facilita a vida do usuário, mas que acaba exigindo a instalação de um software exclusivo em cada PC, porque parte do processamento que deveria ser feita no NAS é feito no PC que deseja acessar o dispositivo. Para mim, é um retrocesso e não uma vantagem. Ainda não se sabe se NDAS tem alguma vantagem real, como uma velocidade superior, por exemplo.
  • Preço: Avalie suas opções. Um PC inteiro, com HDD e monitor, pode ser encontrado em Recife, no supermercado, com 1 ano de garantia, por R$860. Por mais vagabundo que seja, vai dar um NAS muito bom e você poderá até usá-lo para outras coisas, como P2P e impressão. Comprar um NAS portátil, sem HDD, por R$500, pode ser uma tremenda roubada.
Como eu disse antes, o usuário doméstico está se lixando para a "pureza" de um NAS. Os fabricantes costumam enxergar isso e tentam acrescentar outros recursos aos dispositivos NAS portáteis para torná-los mais atraentes. Um exemplo disso é o ADS "NAS Drive Kit" NAS-806-EF, que conta com um cliente bittorrent embutido. Embora isso seja muito conveniente, ainda não se compara a um cliente BitTorrent para PC como o uTorrent, e o bicho custa R$521. Naaah... por esse preço eu comprei dois PCs velhos há um mês.



O ForumPCS tem um review bem simples do NAS-806-EF.

Time Search/GOTO para Philips DVP5960

Vladimir Boroda acaba de publicar no grupo Mt1389 uma detalhada explicação (você precisa ser do grupo para ver) de como modificar o firmware do Philips DVP5960 para acrescentar a função GOTO.

A explicação é tão clara, para quem entende o que ele quer dizer, que talvez não demore muito para que jmaraujo descubra como adaptá-la para o DVP5100 e que (o que é mais fácil) eneris a adapte ao seu firmware do DVP5965.

Se sobrar um tempo, pois estou ocupado agora com diversos textos para o blog, vou testar no Philips DVP5960 que ainda está comigo.

[22/05] Jmaraujo já implementou com sucesso a modificação no DVP5100, mas o firmware com a função GOTO ainda não tem data para sair, porque ele está trabalhando em outras coisas. Mais informações, aqui.

Típica malandragem chinesa

Não, não é que eu ache que os chineses tem alguma exclusividade com "malandragem". O brasileiro faria o mesmo ou pior, nas mesmas condições.

O exemplo mais antigo que eu conheço de produto chinês que "não é o que parece" é o das calculadoras com alimentação por painel solar. Há mais de 10 anos que existem produtos chineses no mercado onde o painel solar não passa de um pedaço de plástico imitando um painel solar de verdade. Isso é tão comum que você acaba nem acreditando que realmente exista uma calculadora alimentada por energia solar, mas elas existem.

Mas eu não tinha visto isto ainda:


Note como a antena é apenas um pedaço de plástico sem nenhuma ligação com o circuito.

E tem até um esperto no mercado livre tentando capitalizar a confiança de seus possíveis compradores com essa imagem. O texto:

PESSOAL! Como sou engenheiro eletronico, Venho aqui responder algumas dúvidas de nossos clientes! O CHIPSET OSR É O UNICO ZERO INTERFERENCIA! GARANTO! E o adaptador bluetooth com antena vendido no ML , a antena não funciona pra nada! Sabem pq? Eu comprei um adaptador bluetooth que vinha com antena (essa característica até me fez querer este modelo pq assim podia mais facilmente orientar o sinal). No entanto depois de o abrir vi que não há ligação nenhuma entre a antena e o circuito. Ou seja é só ENFEITE.


Se ele apresenta a imagem como se fosse sua, eu não confiaria em mais nenhuma palavra vinda dele, incluindo a informação de que se trata de um engenheiro eletrônico.




Cópias descaradas

Até o final de 2004, meus textos tinham pouquíssimas imagens e as que existiam nunca ganhavam uma marca d'água, como as que uso hoje. Isso mudou completamente no dia em que descobri que alguns textos meus tinham sido copiados de tal forma que só as cópias estavam aparecendo e meus originais estavam sendo suprimidos como "páginas semelhantes" pelo Google!

Ficou tão sério que havia gente honesta publicando cópias, mas dando crédito a quem havia me copiado.

Para tentar reduzir essas ocorrências, eu passei a incluir mais imagens nos meus textos e todas as imagens, claro, tiveram que ganhar marca d'agua evidente, porque senão até isso copiariam. É mais ou menos como o caso do carro com alarme: não impede o ladrão determinado de roubá-lo, mas este geralmente vai procurar um carro mais fácil.

Basicamente, isso foi culpa de um único indivíduo, que criou diversos sites e copiou meus textos para todos eles. Mandei e-mail para os webmasters de cada um dos sites (que eu sabia serem o(s) mesmo(s)), mas quando o e-mail não voltava por erro, era ignorado.

Daí eu escrevi esta página, denunciando as cópias, como nome endereço e telefone dos responsáveis.

Meses depois, aparentemente o webmaster encontrou minha página e enviou um pedido de desculpas que nem sequer li inteiramente, porque estva muito p*to com ele, e notei que alguns textos haviam sido mesmo removidos e que no lugar havia um link para meus originais.

Como estas:

Hoje, eu notei que o cara aparentemente mudou de idéia e várias (mas não todas) páginas voltaram, sem créditos a mim.

Como estas, sobre Autorun:
E estas, sobre o DeCSS:

No caso acima, o indivíduo quer ganhar dinheiro em cima do que eu escrevi (veja os anúncios nas páginas dele), mas há ainda o caso de quem quer simplesmente passar por "expert" copiando o texto dos outros.

A primeira ocorrência que encontrei disso foi de um post de um tal "Vanddame da Favela", publicado no fórumweb em outubro de 2004. Enviei um e-mail para um dos moderadores do fórum explicando o problema e este (o Goku) foi muito solícito e colocou imediatamente um link para meu original (eu não solicitei remoção), acrescentando que o usuário já havia sido advertido por copiar textos sem dar crédito ao autor. Meses depois eu vi que ele foi banido.

Hoje, eu descobri que o mesmo "Vanddame da Favela" publicou o mesmo texto meu, novamente como se fosse dele, em janeiro de 2005 no PCForum. Desse jeito, não é à toa que ele chegou ao status de "Expert PCForum". E não se trata de um adolescente. Ele [texto removido após pedido de desculpas do indivíduo em 15fev2009].

Editado: A administração do PCFórum é séria. Eles responderam minha reclamação em apenas 7 horas e o tópico já foi removido.

Gente, eu não estou querendo dizer com este post que estou numa cruzada contra as cópias, porque isso é perda de tempo, até mesmo porque cópias parciais como esta são difíceis de detectar e impossíveis de impedir. Eu quero apenas deixar claro o motivo de minha aparente obsessão por rotular as imagens que eu publico, com o nome do meu site.

Mais falso que isso, impossível

Meu amigo Davidson mandou isso hoje, repassado de terceiros. Supostamente é a foto do interior de um flashdrive de 2GB comprado no camelô por R$49.



Eu estou publicando isso aqui mais pela "curiosidade" do que por achar que o ocorrido é motivo para alarme. Se você compra um troço qualquer a um camelô sem qualquer garantia (por exemplo, alguém que você não sabe se vai encontrar no dia seguinte) e sem sequer um teste no local, o objeto tanto pode estar oco, como no caso acima, ou defeituoso, ou mesmo não ter a capacidade anunciada. E nem precisa ser um item de Informática.

O malfeitor só se daria ao trabalho de remover o circuito se ele tivesse um jeito de também vender o circuito, sem o exterior original, ou se fosse ficar com ele. Esse cenário me parece mais provável no caso do comprador pilantra, que compra o produto, abre cuidadosamente e substitui o conteúdo, para devolver no dia seguinte alegando defeito. Um camelô ou outro tipo de comerciante que troca na hora está sujeito a esse tipo de golpe.

Prestando atenção à figura, está claro que é D-Link (não conheço flashdrive D-Link) mas não deu para discernir exatamente o modelo. Só que mais abaixo é possível ver que há um endereço MAC e o símbolo da FCC.

A caixa nem sequer é de um flashdrive. É de um adaptador wireless USB .

Editado: A estória da compra no camelô é falsa. Seguindo a dica dada no primeiro comentário, localizei a mesma foto, mais nítida e datada de 25/01/2006 em um fórum português. Lá ela é atribuída a "compras online de Hong Kong". A primeira foto da página é ainda mais interessante, porque é típica malandragem chinesa. Falo mais disso aqui.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Preços em Recife, no Extra da Benfica

Eu não encontrei no Extra o Proview DVP-858

DivX Players

  • Hypson DVD-827 - R$129
  • Panasonic S42 - R$249-
  • Philips DVP5965K - R$499-
Gravadores de DVD
  • Britania Fama - R$359=
  • Panasonic DMR ES15 - R$599+
  • Philips 3355 - R$699=
  • Philips 3380/78 - R$599
  • Hypson JDR9000 - R$399=
  • LG DR175B - R$489

"+" Indica que o preço subiu desde minha última coleta de preços
"-" Indica que caiu. Dâaaaaa...
"=" O preço não mudou

Um retângulo preto - Acredite, é culpa do Closed Caption.

Há dois dias, o leitor Garigran me pediu ajuda a respeito do suposto problema em um DVD player Sony que comprou recentemente. O resumo da descrição dele para o problema é este:

Essa tela aparece sozinha quando chega o menu ou quando se acessa alguma operação do controle ou do painel e depois não consigo mais tirar - já tentei todas as opções do teclado.

Ele se refere ao enorme retângulo preto na metade inferior da tela:



Eu me lembrava de que já lera sobre um problema assim antes, sem foto, e que uma solução foi encontrada, mas que era inusitada. Sabia que fora no foumpcs, mas foi complicado me lembrar em que tópico e o péssimo mecanismo de busca do forumpcs não ajuda nem um pouco. Tentei pelo google (é mais fácil encontrar páginas do forumpcs assim) mas não deu certo.

Somente dois dias depois, hoje, me lembrei que provavelmente fora no tópico do Panasonic S42. Um pouco de leitura e encontrei a página. Lendo o texto, percebi porque não achei a página pelo Google. Quem descreveu o problema chamou de "quadro" preto e eu estava procurando "retângulo" ou "quadrado".

A culpa do problema não é do DVD player, mas da função Closed Caption da TV.

Respondi ao e-mail de Garigran e ele me respondeu confirmando que o problema era esse mesmo. Fiquei surpreso, porque uns 80% das pessoas que eu ajudo nunca confirmam se funcionou ou não, mas graças à confirmação dele eu pude agora escrever este post.

Note que o problema não afeta uma TV específica. A TV do relato no forumpcs é uma Philco e a de Garigran é uma LG. Nem se trata do DVD player, porque o do forumpcs é um Panasonic e o de Garigran é um Sony. O que desvia a atenção para o real culpado é que nos dois casos o retângulo preto só aparece quando você opera o controle remoto do DVD player!

kibibyte, mebibyte e gibibyte

Soa engraçado em ouvidos brasileiros, mas essas unidades existem desde 1998, tendo sido aprovadas pelo IEC e fazem parte do padrão conhecido como IEEE 1541. As abreviações são: KiB, MiB e GiB. O "bi" no meio vem de binary. Um kibibyte é então um "kilo binary byte".

O objetivo é acabar com a ambiguidade de longa data gerada pelas unidades "tradicionais" kilobyte, megabyte e gigabyte.

Em HDDs, por exemplo, um gigabyte segue há muito tempo a regra científica, com base decimal, e equivale a 109 (1000x1000x1000).

Já com memórias de qualquer tipo, um gigabyte segue a regra "dos computadores", com base binária, e equivale a 230 (1024x1024x1024).

O uso dos prefixos "kilo", "mega" e "giga" com bases binárias nunca esteve inteiramente certo mesmo, por isso o IEC decidiu que o caso dos HDDs está certo e todo o resto deve mudar para as novas unidades (é só uma sugestão, claro, mas o IEC é o IEC).

Assim, não é inteiramente correto dizer que um módulo de RAM tem 512MB. O correto é dizer que ele tem 512MiB.

Eu venho protelando a adoção das novas unidades há pelo menos um ano, quando descobri que existiam, para não causar confusão. Mas eu venho encontrando cada vez mais textos técnicos que usam as unidades novas no exterior, por isso estou aproveitando este post para avisar a vocês que não estranhem.

Assim como eu já venho usando "HDD" em vez de "HD" há algum tempo, vou me policiar para usar as unidades corretas, mas não vou fazer disso uma regra.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Novo prodígio: Proview DVP-858

Dica dada pelo leitor José Carlos.

Seis meses após a descoberta da existência do Lenoxx DV-406, um novo aparelho de baixo custo, boa qualidade (parece) e repleto de recursos aparece no mercado. O Proview DVP-858 custa apenas R$179 no Extra.

[22/05] O Extra aumentou o preço para R$199.

Na tabela, o aparelho comparado com seus concorrentes mais próximos:


Proview DVP-858 Lenoxx DV-406 Philips DVP5965
HDMI


Porta USB


Leitor de cartões


Saída VGA


Saída 5.1 analógica


Saída S-Video


Chipset Mediatek


Loader bandeja bandeja slot


O aparelho ainda conta com uma vantagem adicional sobre o DVP5965: faz upscale via componente, segundo é afirmado uma vez nesta página. Isso é muito incomum e conta como uma grande vantagem para o aparelho, para quem tem uma HDTV sem HDMI, como eu (Cineos 29PT8422).

Primeiros problemas já encontrados:
  • Não quebra linhas das legendas externas automaticamente;
  • Não suporta DTS;
Dúvidas sobre o aparelho, só neste tópico do HTForum, que tem vários proprietários do aparelho. Não adianta perguntar aqui.

E a Processtec consegue piorar a situação!

Este post é uma continuação da história que comecei a narrar neste outro. Segue o diálogo que tive com o Atendimento Comercial.

Jefferson - 9/05 6:25 AM


Olá,

Eu vou ter com a Powercolor os mesmos 2 anos de garantia da Sapphire?



Processtec - 9/05 7:32 PM

Sr. Jefferson

A garantia de nossos produtos estão expressas na nota fiscal de compra.

Por isso, pedimos para visualizar em sua nota, qual o prazo de garantia concedido pela loja para seu produto.



É claro que num país onde 75% da população é composta de analfabetos funcionais, é de se esperar que o cliente não tenha lido o que está escrito na nota fiscal. Mas eu me orgulho de fazer parte da minoria da população e essas respostas me irritam. Eu tento ser paciente, no entanto.

A fotomontagem abaixo mostra as partes relevantes da minha nota fiscal.





Jefferson - 09/05 7:39 PM

Olá,

Eu sei o que diz a nota fiscal, mas minha nota também diz SAPPHIRE

E vocês mandaram uma POWERCOLOR.

Você está me dizendo que vão honrar a garantia de DOIS ANOS que está na nota mesmo se eu apresentar um produto *diferente* do que está na nota? É isso mesmo?



A Processtec não respondeu



Jefferson 14/05 9:39 AM

Olá,

Eu estou esperando uma resposta há 4 dias e meio.



Processtec - 14/05 5:19 PM

Sr. Jefferson

Recomendamos que compare as especificações técnicas entre os produtos. Basicamente não verá diferenças entre ambos os fabricantes, tendo em vista que possuem o mesmo chip ATI RADEON.

Pedimos nossas desculpas se o envio do produto, não atendeu suas expectativas, não tivemos nenhuma intenção prejudicar.

Deixamos a seu critério a decisão de aceitar o produto ou não, contudo seja ela qual for, deverá nos devolver a nota fiscal(por correios mesmo), para que as correções sejam efetivadas.



Esse tipo de resposta "dâaaaaaa" me tira do sério.



Jefferson - 14/05 10:12 PM

Olá,

Você não respondeu minha pergunta. Cinco dias esperando, dois e-mails recebidos e minha pergunta não foi respondida.

Vou perguntar de novo:

A Powercolor que vocês me enviaram no lugar da Sapphire que eu comprei tem os mesmos DOIS ANOS DE GARANTIA que a Sapphire?

> Recomendamos que compare as especificações técnicas entre os produtos.
> Basicamente não verá diferenças entre ambos os fabricantes, tendo em vista
> que possuem o mesmo chip ATI RADEON.

Ah, sim, claro... e motherboards ASUS são equivalentes a PCCHIPS, se tiverem o mesmo chipset?

A qualidade dos outros componentes e o controle de qualidade do fabricante não contam?

Por favor, não me subestime. Você está piorando o meu conceito da Processtec com essas justificativas.



Processtec - 15/05 9:22 AM

Olá

Não, a garantia da oferecida pela distribuidora Powercolor através de seu fabricante é de 01 ano.



É para rir ou chorar?

É isso que a Processtec entende por produto "similar ou superior"? Uma placa de uma empresa com reputação inferior e com metade da garantia anunciada? Parece que é mesmo possível comprar uma ASUS e receber uma PCChips com esse pessoal.

Finalmente, a Processtec pára de se esquivar e dá uma resposta direta, que confirma que eu estava sendo enrolado desde o início.

Para completar a situação, dos quatro drives de 3 1/2" que comprei no mesmo pedido, um está com defeito.

Este foi o ponto onde perdi de vez a paciência. Enviei cópia de todo esse diálogo para o gerente comercial, exigindo todo meu dinheiro de volta, incluindo despesas de frete. Ele (Pedro Paulo), como de hábito, foi bastante educado, solícito e não me tratou como se eu fosse um idiota. Vamos ver o que acontece agora.

Um esperto registrou foston.com.br

Alguém desatento pode acabar achando que a marca Foston tem site, quando se depara com www.foston.com.br, mas uma olhada atenta mostra que o site é fruto de "esperteza".
  • Na seção de drivers e manuais, por exemplo, estes são vendidos com "frete grátis" (provavelmente você recebe um link para baixar;
  • O site é praticamente uma loja virtual. Não tem absolutamente nenhum conteúdo informativo e/ou institucional;
  • Apenas uma parcela dos produtos Foston está disponível no site. Não existe nenhum DivX player portátil, por exemplo;
  • O site deixa claro aqui, que só honra a garantia de produtos comprados no site;
  • Você encontra produtos de outras marcas à venda, como esse aparelho Plasmon;
Se não é ilegal, no mínimo é imoral. Sem contar que provavelmente é uma violação das normas impostas pelo Comitê Gestor.

30/04/2008 : Este post continua aqui

Foston FS-900TV

O leitor Rodrigo Amorim me mandou algumas fotos esclarecedoras sobre o portátil com receptor de TV e leitor de cartões da Foston. Coloquei no ar com alguns comentários, meus e dele, aqui.

Drives ópticos que "estão contigo mas não abrem"...

Se você tem um leitor/gravador de CD/DVD com mecanismo de carga do disco baseado em bandeja (quase todos) que se recusa a abrir quando você aperta o botão EJECT, as causas são geralmente duas:
  • Mau contato no conector de energia;
  • Falha na lubrificação do mecanismo de abertura;
Um drive óptico tem geralmente três mecanismos motorizados:
  • O de rotação do disco (spindle);
  • O de movimentação do pickup (sled);
  • O de abertura/fechamento da bandeja;
Esse último mecanismo é o mais suscetível a falhas e mais dependente de uma boa lubrificação por ter um número bem maior de partes móveis. O fechamento ocorre em dois passos:
  1. Trazer a bandeja inteiramente para dentro
  2. Travar o disco no mecanismo spindle.
Ao abrir, a sequência se inverte e é preciso destravar primeiro o disco, antes de ejetar a bandeja. É aí que a coisa complica e é por isso que não é possível abrir um drive óptico "na marra", puxando a bandeja.

Quando a bandeja está totamente inserida, o mecanismo da bandeja levanta o mecanismo do spindle, que ergue o disco mais ou menos um milímetro acima da bandeja. Essa pequena elevação é suficiente para evitar que o disco seja arranhado por baixo e engatar o disco na segunda parte do mecanismo spindle, que fica no topo do drive e é magnética.

Quando não há um disco dentro do drive, as duas partes magnéticas se tocam diretamente e fica mais difícil descolá-las. Com um disco inserido, elas são atraídas através do plástico, daí em alguns casos você pode notar que é mais fácil a bandeja do drive problemático abrir quando há um disco dentro do drive. O problema pode até começar assim para depois piorar e não abrir de jeito nenhum.

Tracionar a bandeja é facílimo para o motor. O que requer a maior parte do esforço é a abertura do spindle para soltar o disco. Com o tempo e o acúmulo de pó dentro do drive, essa parte da tarefa pode ir ficando mais e mais difícil, até o ponto que o motor não consegue mais abrir o spindle. O drive espera por alguns segundos e se não detectar que a bandeja abriu, desiste.

Sem mensagens de erro. Sem nenhuma explicação.

Para resolver o problema, você precisa lubrificar o mecanismo do spindle ou, pelo menos, tirar a sujeira. Isso requer paciência, atenção para não perder peças, saber lidar com "flat cables" e que você não tenha "mãos pesadas", senão vai destruir alguma coisa. Se você tiver uma filmadora, colocá-la filmando enquanto você desmonta o drive pode ser uma boa idéia, porque a filmagem pode ajudar a lembrá-lo onde (e como) danado se encaixa aquela mola que está "sobrando".

19/05/07: Quando estiver testando, coloque o drive na posição normal de operação. Se ele estiver "de cabeça para baixo", a gravidade agirá contra ele e poderá não abrir a bandeja, mesmo com todo o mecanismo corretamente lubrificado. Além disso, se você abrir um drive de cabeça para baixo com um disco dentro, o disco vai se enganchar em algum lugar.

04/05/08: Mais dicas
  • Cuidado com o que você lubrifica. Correias e os sulcos onde elas são presas são um bom exemplo de onde NÃO lubrificar. Evite pegar nas correias com os dedos sujos de lubrificante.
  • O teste precisa ser feito com a tampa do drive no lugar. Qualquer drive vai abrir se não estiver sujeito à trava magnética na tampa.
  • Concentre sua atenção no pequeno trecho do movimento do mecanismo que ocorre quando o spindle está descolando. De nada adianta fazer uma lubrificação perfeita de 90% do curso do mecanismo se os 10% do desengate ainda estiverem pesados.

Na semana passada eu arrumei ânimo para desmontar o meu gravador de DVDs LG 4163B, que desenvolveu esse problema. Inicialmente eu lambuzei o mecanismo de abertura com graxa de silicone, mas isso só pareceu piorar a situação, porque girar as engrenagens com os dedos pareceu mais pesado e nada mudou quando remontei o drive. Daí resolvi limpar tudo com papel higiênico, tirando inclusive a graxa que já existia. Dava para sentir com os dedos que as peças plásticas estavam ainda com uma finíssima camada escorregadia e na montagem as engrenagens giravam mais facilmente. Decidi remontar assim mesmo e voilá: o drive está abrindo normalmente agora, com ou sem disco.

Recife vai ter uma loja Sam´s Club



Eu li há uns 15 dias em um jornal local que a rede Wall Mart anunciou a abertura de uma loja Sam´s Club no Recife para este ano ainda. Eu espero que aconteça mesmo, porque pelos diversos relatos que já li, as coisas saem realmente mais baratas no Sam´s Club que na rede Hiper. A Wall Mart fala em até 15% mais barato, mas o gravador de DVDs RJTECH RJ-2100DVRX só é encontrado lá e por um preço mais atraente que um mero desconto de 15%, se você comparar com outras ofertas do mercado.

O problema: Comprar no Sam´s Club requer pagamento de anuidade, então você precisa realmente comprar coisas, para valer a pena. Também é possível que não exista a opção de comprar em 10x "sem juros" do Hiper, mas com um abatimento de 15%, eu compro à vista sem pensar muito. O Sam´s é uma loja de atacado, como o Makro, mas você pode se cadastrar como pessoa física ou jurídica e comprar em unidades, como também ocorre no Makro.

A Wall Mart não revelou onde a loja vai ser aberta, mas eu desconfio que seja do lado da nova loja da Av. Recife, porque ainda tem muitos galpões lá "sobrando".

HDDs lentos

Quando alguém se depara com um PC lerdo, a primeira coisa que vem à mente é colocar mais memória. Mas se o PC é velho ou recebeu um upgrade de um PC velho, a culpa da lentidão pode muito bem ser do HDD.

O primeiro registro que fiz da diferença que faz um upgrade de HDD para o desempenho da máquina foi em 2001, quando recebi a máquina de um cliente que estava lentíssima. Um K6-2 350 com 64MB de RAM, rodando uma instalação carregada do Windows 95.

Eu não me lembro de como cheguei à conclusão de que o problema era o HDD, mas me parece óbvio que eu devo ter colocado mais RAM e não surtiu efeito. Os números que anotei foram os seguintes:
  • Com o HDD Seagate velho (não registrei o modelo) : 2m30s para concluir o boot;
  • Com um HDD Quantum Fireball lct20 novo: 1m35s;
Um ganho de 1 minuto, apenas trocando o HDD.

E, não, o problema não era de fragmentação no HDD velho. Isso foi testado.

Neste fim de semana, aproveitei a necessidade de substituir um HDD da máquina de minha irmã mais nova para fazer um teste mais detalhado.

Configuração original:
  • Duron 950;
  • 128MB de RAM;
  • Motherboard Fastfame 8VTAA
  • HDD 80GB Samsung Sp0802N - 7200RPM, 2MB, ATA-100, 03/2005;
  • Windows XP;
  • Tempo de boot: 42s.
Minha "missão" era retomar esse HDD, que instalei na máquina apesar de ser um exagero para as necessidades de minha irmã, porque não tinha um menor funcionando. O "novo" HDD:
  • Fujitsu 17GB MPE3170AT - 5400RPM, 512KB, ATA-66, 03/2000.
Meu método para medir o tempo de boot varia de acordo com a necessidade do meu experimento. Neste caso, eu cronometrei do momento em que seleciono "Windows XP" no menu de inicialização até o momento em que o último ícone aparece na barra de tarefas, parando brevemente a contagem enquanto digito a senha do usuário. Não é um método preciso, mas serve para o meu propósito.

Notas:
  • É preciso esperar até o último ícone aparecer, e não por um ícone específico, porque a ordem de carga dos programas pode mudar de boot para boot;
  • Não se deve demorar para colocar a senha, porque o Windows XP executa alguns tipos de tarefas enquanto aguarda a senha. E se você demorar a contagem de tempo vai ficar furada;
  • É preciso entrar sempre como o mesmo usuário;
  • Pode ser necessário entrar algumas vezes com o mesmo usuário para o tempo de boot estabilizar. Pode ser necessário dar boot umas cinco vezes antes de começar a cronometrar;

A partição original de 8GB (apesar do HDD ser de 80GB eu sempre "confino" o Windows a partições com entre 8 e 15GB) foi clonada para o outro HDD com o Symantec Drive Image.

O tempo de boot de 42s aumentou para 77s.

Fiz nova experiência, repetindo o teste depois de acrescentar um pente de 256MB de RAM.

Resultado:
  • Com HDD Fujitsu: 60s - o tempo de boot caiu 17s, mas ainda assim está bem mais lento do que com um HDD novo e menos RAM (42s);
  • Com HDD Samsung: 36s - o tempo de boot caiu apenas 6s. Mais memória não faz tanta diferença se seu HDD é rápido;

Note que eu estou falando de tempo de boot. Quando você começar a carregar outros programas na máquina, ter mais RAM fará uma grande diferença, principalmente se você puder reduzir com isso o uso do arquivo de swap.

Para certas tarefas, essa lentidão é desprezível. Em um PC reservado para atividade de P2P, por exemplo, mesmo o HDD mais lento ainda não afetará a velocidade dos downloads. Mas quando você está sentado à frente da máquina e acostumado com máquinas mais modernas, um HDD lento pode desafiar sua paciência.

E ainda há um outro problema: o barulho. O HDD Samsung é quase inaudível. Faz menos ruído que a fonte do PC, mesmo com o gabinete aberto. Já o Fujitsu é tão barulhento que chama a atenção mesmo com o PC fechado e com outras fontes de ruído no recinto.

Eu vou tornar a mencionar esses problemas em textos futuros.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Periféricos HP: famintos por RAM

Caso 1: Um amigo meu tem uma pequena empresa, com apenas um funcionário administrativo e seu respectivo PC, que até bem pouco tempo atrás era um Pentium II com 64MB de RAM, rodando Windows 98. Ele até chegou a me perguntar se precisava fazer um upgrade e eu disse que não, porque para o que ele fazia com o PC, não precisava de nada melhor. Ele vinha usando esse mesmo PC há anos.

Mas aí ele comprou uma multifuncional HP OJ4355.



O PC ficou terrivelmente lerdo. Como eu já sabia que as porcarias que a HP instala no Windows provocam isso, comprei mais 256MB de RAM (PC133) para ele. Mas dei azar porque não serviu. Acabei emprestando um pente meu de 128MB, totalizando 192MB de RAM.

Mesmo assim o PC continou lerdo. Ele acabou perdendo a paciência e comprou um Dell Dimension com Windows XP e 256MB de RAM. Colocamos por fora mais 512MB (sai muito mais barato que na Dell) e finalmente ele ficou satisfeito.

Tudo culpa da multifuncional.

Editado: Não houve tempo para testar se 256MB seriam suficientes. Meu amigo queria "porque queria", colocar mais RAM.

Caso 2: Meses atrás um outro amigo me chamou para verificar por que a máquina do sogro dele, um Duron com Windows XP e 128MB de RAM, estava tão lenta. Ele suspeitava que fosse vírus. Quando eu vi a multifuncional HP sobre a mesa foi a primeira coisa que eu perguntei: "Ficou lento mais ou menos depois que você comprou a impressora?".

Como eu já esperava, ele confirmou.

Eu tenho um Duron com a mesma configuração, que é usado por minha irmã mais nova. E eu sei que é muito mais rápido que aquilo. Dava impaciência esperar o XP carregar.

Caso 3: Ainda na semana passada eu estava comentando algo desse tipo com um amigo que também tem uma multifuncional HP C3180 (parece que todo mundo que eu conheço comprou um monstrinho da HP)




Ele me contou que enquanto teve 256MB de RAM a impressora imprimia algumas linhas e depois ficava bem lenta. Muitas vezes travava antes de terminar a impressão. Bastou ele colocar mais um pente de 512MB para a impressora trabalhar normalmente.

Minha cisma com a HP por isso é antiga. Até a época do enorme (para os padrões de hoje) scanner HP scanjet 4C, o software da HP cabia em até 5 disquetes (menos de 10MB), assim como os softwares de todos os concorrentes. Poucos anos depois, qualquer driver de scanner que você precisasse baixar da HP tinha algo em torno de 100MB. E parece que só vem piorando.

Resumo: Se vai comprar um periférico da HP e seu PC tem pouca RAM (menos de 512MB), some ao preço do produto o preço do upgrade de RAM que você vai ser obrigado a fazer.


Caixas de som Clone MSU 10

Em resumo: uma porcaria.



Esse par de caixas me custou barato, menos de R$30, mas não valem nem isso.

[10/05/07] Seguindo o comentário de Hector, constatei que as caixas Samsung PLEOMAX PSP-800 devem ser clones destas. E custam R$75.

Eu fiz a compra no fim do ano passado, curioso para saber "se prestava". O que me chamou a atenção foi o fato das caixas terem apenas uma conexão ao computador: o cabo USB, por onde são alimentadas e recebem os dados de áudio. Não existe botão liga-desliga nem controle de volume, que é feito apenas pelo Windows. Tecnicamente são "caixas digitais".

O problema é que o som é ridiculamente baixo.

Não que eu não estivesse desconfiado disso desde antes da compra. Alimentadas pela porta USB elas não podem fornecer mais que 2,5W RMS (no total - 1,25W por caixa), mas não imaginei que alguém tivesse coragem de colocar no mercado algo tão ruim e esperava que houvesse algum diferencial que tornasse o conjunto usável. Mas se minha TV estiver ligada, não dá para ouvir nada vindo das caixas, mesmo no volume máximo. Colocadas em um notebook elas conseguem ter um volume mais baixo que o das próprias caixas embutidas no notebook.

No fundo da embalagem, a Clone "confessa" que a potência real das caixas é 2 x 1W RMS, mas o que fica em destaque é a Potência do Marketing Para Otários (PMPO) de 180W.

As caixinhas são até bonitas, tem bom acabamento, mas são ordinárias assim mesmo.


As caixas estavam há meses com um amigo. Emprestei a ele para ver se a experiência dele era melhor que a minha, mas não deu certo. Ele estava com as caixas guardadas há muito tempo porque também achou inúteis.

E meu notebook já era, mesmo.

Recebi o aviso de que o meu notebook, que foi danificado na mesma tempestade que meu roteador, não tem conserto. A placa principal estourou.

Vou ter que arrumar entre R$2000 e R$3000 (mais onças que no Pantanal) para comprar outro com a mesma configuração. Para tentar minimizar o prejuízo, vou vender as partes que não foram danificadas.

Eu vou ficar com:
  • Memórias (2 SODIMM de 256M DDR);
  • HDD de 40GB.
Todo o resto está à venda, incluindo:
  • Fontes - Tenho duas, sendo uma original e outra genérica;
  • Bateria - Só pega 1 hora de carga (o normal são duas);
  • Display LCD;
  • Drive de DVD com gravador de CD (QSI, modelo SBW-241);
  • Placa mini-pci WiFi 11b AMBIT Microsystems;
  • Drive de disquete interno;
  • Teclado US;
  • Touchpad;
  • Speakers Altec Lansing;
São partes de um HP Pavilion ZE5375. Acho que vou abrir um e-shop no Mercado Livre só para tentar vender isso. Ainda vou determinar preços e aceito trocas.

Editado: Já abri o e-shop. Está aqui.

Para quem for da Região Metropolitana do Recife, faço a instalação.

Lojas online de peças eletrônicas

Esse é para servir como referência futura. Eu vou atualizando à medida que for encontrando outras lojas.

Com preços

Com lista, mas sem preços

  • Displaymax - A única coisa que realmente chama a atenção é que o site é bilingue, mas a tradução para o inglês é bem amadora. Já comprei com eles.

Suporte grátis

Abaixo, uma tradução livre minha de um diálogo que encontrei no meio de uma lista de outros também muito interessantes. Eu escolhi esse por ilustrar uma argumentação que eu fiz nos comentários deste outro post.

Supostamente, o diálogo é real. E provavelmente é mesmo.

Usuário:
"Oi, eu comprei recentemente um computador e parece que tenho um problema."
Suporte: "Que tipo de problema."
Usuário: "Parece que nada funciona."
Suporte: "Hmmm, que tipo de computador é?"
Usuário: [diz a marca]
Suporte: "Na verdade, nós não vendemos essa marca de computador aqui."
Usuário: "Eu sei. Eu comprei de um amigo meu."
Suporte: "Posso perguntar por que ligou para nós?"
Usuário: "Vocês não são uma loja de Informática?"
Suporte: "Sim."
Usuário: "Bem, eu estive aí ontem."
Suporte: "E você comprou algo de nós?"
Usuário: "Não, mas vocês vendem computadores então deveriam consertá-los."
Suporte: "Nós vendemos seu computador a você?"
Usuário: "Não."
Suporte: "Nós vendemos alguma coisa a você?"
Usuário: "Não."
Suporte: "Por que daríamos suporte a algo que não vendemos a você?"
Usuário: "Bem, para quem eu deveria ligar?"
Suporte: "Provavelmente seu amigo ou o fabricante do seu computador."
Usuário: "Você não ajuda muito, sabe."
Suporte: "Eu lamento, mas não há muito que eu possa fazer por você, a menos que você queira trazer seu computador e pagar uma taxa de conserto."
Usuário: "Por que eu tenho que pagar a você para trabalhar no meu computador?"
Suporte: "Senhor, estou desligando agora. "


É para rir ou chorar?


Eu conheci uma empresa aqui em Recife (mais tarde, trabalhei para eles) que nem sequer checava se quem ligava para o Suporte era mesmo cliente. Em algumas visitas que fiz à Assistência Técnica ficou claro para mim que um técnico podia passar um loooongo tempo ajudando uma pessoa por telefone que nem mesmo era um "cliente na garantia", podendo muito bem ser o morador de uma casa vizinha ou um cliente cuja garantia já havia expirado há anos! Eu alertei um dos donos (aquele com quem eu me relacionava mais) para essa falha, mas ele não deu importância. Enquanto isso, o serviço de clientes legítimos ficava esperando na bancada, porque os técnicos faziam ambos os tipos de atendimento.

Nota: Esse não foi o único alerta meu que ele ignorou. E mais tarde ele teve a oportunidade de lamentar isso, quando descobriu que tinha acumulado cerca de 200 HDDs "perdidos" (multiplique pelo preço do HDD mais barato e segure o queixo). Mas essa é uma outra história...

Não era totalmente culpa dos técnicos. Simplesmente não havia um jeito seguro e prático de determinar quem era cliente. As máquinas não saíam com número de série, por exemplo.

E considerando a capacitação do usuário médio, atender só quem é cliente, na garantia, já é difícil. Imagine atender a qualquer pessoa que sabe seu telefone.

De volta aos 56Kbps

Bem... na verdade é algo entre 45 e 49Kbps :)

Com a ajuda do leitor Alexandre Cruz, que me enviou o Hardmodem USR 56K dele (obrigado!) , pude reparar de vez meu roteador Coyote Linux que foi danificado por uma tempestade há um mês. Já estou conectado há 42H a 45kbps.



O modelo é o 66174981. Supostamente um modelo OEM vendido para a Dell e cujo firmware pode ser atualizado com o Sportster Modem Flasher (SMF).

Para vocês que tem banda larga, isso deve ser insuportávelmente lento, mas ainda assim, melhor do que o limite de 33.6Kbps ao qual estive amarrado nos últimos 30 dias.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

E a Processtec pisa na bola comigo... De novo!

Alguns de vocês já devem saber que eu encomendei uma ATI Radeon Sapphire 9550 na Processtec, uma história que começou aqui.

Pois bem, a placa chegou no último dia 3, tem a mesma configuração pedida, mas é uma Powercolor.

Eis o que consta no meu pedido *e* na nota fiscal:
VGA AGP 256 MB ATI RADEON 9550 128BIT SAPPHIRE

Aparentemente, a Processtec acha que a "marca" do produto é um detalhe irrelevante para o cliente, porque eles não me telefonaram ou mandaram e-mail perguntando se eu aceitaria uma placa "similar". Simplesmente despacharam, cientes de que não foi o que eu comprei.

Eis a resposta deles ao meu questionamento:

Olá Jefferson

Existem casos que a disponibilidade do produto é alterada, e afim de evitar
demoras na entrega, despachamos produto similar ou superior.

Se em seu pedido contava com uma placa da Sapphire e despachamos uma Powercolor, o motivo pode ter sido muito provavelmente a indisponibilidade da Sapphire no distribuidor.

Sendo assim, contamos com sua compreensão sobre os fatos solicitando a manutenção do pedido, afim de evitar transtornos com devoluções ou trocas.


E, até onde eu pude pesquisar, a Powercolor tem uma construção inferior à Sapphire.

Ainda estou pensando no que fazer, mas a Processtec conseguiu marcar outro ponto negativo comigo. Outro dia eu conto o resto dessa história.

Editado: a história continua aqui.